Alana narrando.
Depois de deixarmos Maressa em casa, fiquei aliviada em saber que meu irmão não estava lá e que Sabrina ia cuidar dela e coloca-la para dormir.
Diego estava quieto em todo caminho para a casa de Shawn, eu queria lhe perguntar o porquê do silêncio repentino, mas minha cabeça estava pensando nas milhões de mensagens que Lorena havia me deixado antes.
Mais uma vez, durante o caminho, meu celular vibrou e eu abri a mensagem:
Cecilia: Eu estava seguindo seu irmão até agora. Acho que ele é mais estranho do que imaginei.
Alana: Por que?
Cecilia: Ele entrou em um... bar? Eu acho.
Cecilia: Ele está com aquele cara que trabalha com ele..., mas não é um bar do "nível" dele, é... estranho.
Alana: Sério?
Estranhei. Se eu podia dizer algo do meu irmão era que ele não ficava em lugares de "baixo nível" e que denegrissem sua imagem perfeita.
Cecilia: Vou mandar uma foto.
Cecilia: Foto.
Eu abri a foto que ela me mandou. Era realmente Carlos e meu irmão num beco escuro e sujo. O letreiro do bar estava quebrado, mas ainda estava lá.
Alana: Venha para o endereço que vou te mandar.
Eu mando para ela que em seguida diz estar indo. Tínhamos que ir logo para a casa de Shawn... Eu já não aguentava mais a ansiedade, eu tinha que saber quem é a esposa misteriosa do meu irmão.
Diego seguia em silêncio e aquilo já estava me incomodando para falar a verdade. Eu não sabia se estávamos chegando, então decidi puxar assunto:
— A Ceci me mandou uma foto de onde meu irmão está agora. – Digo a ele, que apenas balança a cabeça, me ignorando completamente.
Como alguém muda o humor de uma hora para outra assim? E ainda dizem que mulheres que são inconsistentes.
— Diego... – Coloco a mão em seu ombro e ele balança a cabeça, como se espantasse algum pensamento.
— Han? O que você disse? Desculpa, eu...
— Eu sei, você não está aqui. O que foi? – Coloquei a mão na dele, que estava livre.
— É que... – Ele me olhou de canto e voltou a por seus olhos na estrada.
Foi então que me lembrei. Mais cedo Maressa o chamou de "papai". Provavelmente está pensando nisso desde então.
— Meu bem – Sorrio. — Você sabe que você não precisa tomar essa responsabilidade para você né? – Ele arqueou a sobrancelha, como se não entendesse. — De ser pai da Mari. Eu sei que vamos nos casar, mas você não precisa se sentir forçado a sentir-se pai dela, o carinho e amor que você já dá a ela é o suficiente para mim. – Explico.
Ele caiu na gargalhada depois de eu dizer isso. Aí que eu não entendi nada.
— Você acha que estou me sentindo forçado a ser pai da Maressa? – Perguntou, depois de estacionar o carro na frente de um prédio espelhado.
— Agora que você disse isso, acho que não. – Ri de leve.
— Presta atenção em mim. – Ele pegou minhas mãos e as uniu. — É uma honra ser amado por aquela menina, eu a amo. Só estou preocupado de não atender as expectativas dela. – Ele estendeu-se um pouco e beijou a ponta do meu nariz.
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O preço de amar a Cristo
SpiritualO primeiro livro se chama "O preço de ser cristã". Leiam primeiro ele e depois aqui. Agora, de volta ao Brasil depois de alguns anos, Alana terá que enfrentar o desafio de conseguir o perdão de seus amigos, ela também vai experimentar mais uma vez...