IV

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IV

Aline

Após a unha de Catarina, ainda fiquei por mais um tempo, pois tinha que fazer as de sua mãe e de sua irmã, ela ofereceu-me um valor para que eu pudesse vir toda semana até sua casa ao invés dela ir até o meu salão e eu prontamente aceitei.

Liz dormia tranquilamente em seu bebê conforto, não me dava um pingo de trabalho, a única coisa que fiz durante esse tempo foi parar por alguns minutos para alimentá-la.

Estava sozinha na sala, zelando pelo sono de minha filha, quando senti o cheiro de perfume masculino. Olhei para trás e lá estava ele, de moletom escuro, mãos dentro do bolso da calça e com os olhos vidrados em mim.

- Ela é linda, parabéns. - disse referindo-se a Liz.

- Obrigada. - respondi.

Ele ameaçou um sorriso como se estivesse lembrando-se de algo.

- A única que não teve medo do monstro.

Foi irônico.

- Você não é um monstro. - respondo-lhe.

Ele revira os olhos.

- Você não sabe de nada.

É, talvez eu realmente não soubesse de nada, porém, quisesse saber ou quem sabe descobrir.

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