ENRICO

Epílogo

Epílogo

Enrico

Nunca me passou pela cabeça a ideia de que após aquele incêndio eu poderia me encantar e tampouco me apaixonar por alguém e sequer passou pela minha cabeça que todo o sentimento que eu pudesse chegar sentir um dia, seria recíproco.

Aline veio no momento mais incerto da minha vida mas que ao mesmo tempo era certo.

Eu demorei a entender o que estava sentindo, a quis longe mas ao mesmo tempo a quis por perto, era como se eu sentisse a necessidade de tê-la e admiro a paciência que a mesma teve comigo, pois nem nos meus piores dias, Aline fora capaz de me abandonar.

Com ela, descobri que o amor não tem aparência, pois se realmente tivesse, ela nunca, em hipótese alguma ficaria comigo, pois estava destruído de todas as formas por causa daquele incêndio. Descobri que o amor é paciente e que se soubermos cultivá-lo, ele se torna ainda mais bonito, saudável e nos gera frutos, o nosso resultado? Nossos filhos.

Eu senti amor por Liz desde a primeira vez em que bati os olhos nela. Aquele bebê, tão inocente, fez com que meu peito pudesse por muitos momentos encher-se de uma alegria jamais sentida.

Além do amor que sinto pelas duas mulheres da minha vida, fica em mim, a eterna gratidão.

Sou grato por tudo que Aline fez por mim, por tudo que me ajudou a passar mesmo que indiretamente e sou grato acima de tudo, por ela e Liz fazerem com que eu veja que a vida pode ser linda se quisermos viver.

Elas são a minha vida.

Hoje/agora, após meses e meses de uma imensa escuridão e tentativa de aceitação, me olho no espelho daquele consultório, nu, sozinho e com a aparência totalmente diferente.

Voltei a ser quem eu era antes.

Agora, olhando no espelho eu quase não me reconheço, pois me acostumei com todas aquelas marcas que um dia me fez muito mal.

Estou feliz.

- E aí Enrico, o que achou? - o médico pergunta entrando no quarto após eu ter vestido uma camisola que me foi entregue.

- Estranho. - sou sincero. - Passei tanto tempo perdido entre cicatrizes que agora eu mal me reconheço doutor, porém, estou feliz e louco para mostrar a minha real aparência à minha namorada.

- Ela não saiu da sala de espera desde que você entrou, aparenta muito te amar. - ele diz com os braços cruzados.

- E eu a amo, pra caramba! - sorrio ajeitando levemente o meu cabelo.

- Vamos lá? - perguntou.

Após ele dizer isso, comecei a me sentir inseguro. Temi pelo o que Aline pudesse achar, mesmo que, ela já tenha visto e apreciado de perto todas as minhas imperfeições.

Meu queixo, braços, barriga e todas as demais partes que foram queimadas, foram restaurados.

Vesti o mínimo de coragem e esperei que o doutor abrisse a porta.

Andamos pelo longo corredor e ao chegar na sala de espera, Aline papeava com uma senhora e esta acariciava sua barriga.

Ao me ver, os seus olhos arregalaram-se e sua boca abriu-se em formato de ''O'' demonstrando total surpresa.

- Muito ruim? - perguntei tentando quebrar o gelo.

Ela levanta e se aproxima de mim.

- Enrico. - ela diz emocionada tocando meu queixo restaurado.

- Sou eu, amor. - digo como se fosse óbvio.

- Você está... - fica sem saber o que dizer. - Lindo amor! Muito lindo.

Após dizer isso, me beija com selinhos rapidamente.

- Todas as partes queimadas foram restauradas, estou novo, em folha meu anjo.

- Que felicidade meu amor! - ela diz alegremente.

E diante de todas as poucas pessoas que ali estavam, tomei a melhor atitude da minha vida.

Ajoelhei-me aos seus pés, beijei sua barriga e soltei:

- Aline, você quer viver sua vida para sempre comigo? Se disser que sim, estará aceitando o meu pedido de casamento.

E então, ela fez uma cara de dor, mas que logo se normalizou.

- As crianças pareceram gostar da ideia, pois acabaram de me dar um chute imenso. - diz sem graça. - E sim, eu aceito viver a minha vida para sempre contigo.

E então, eu a beijei sem me preocupar com os olhares do doutor e daquela senhora que aparentava ser tão simpática.

- E como gratidão, quero que você, doutor Rossi seja o meu padrinho de casamento no civil.

- E pela recém-amizade, gostaria que você, Bernadete, fosse minha madrinha de casamento no civil.

- Eu aceito! - os dois disseram em uníssono.

Sorrimos e nos abraçamos.

Aquela além de o começo de uma ótima amizade seria o início de todo o restante de uma vida ao lado de Aline.

(FIM)

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Agradecimentos Finais:

Agora, chegamos ao fim com Enrico, finalmente que diz? Quero agradecê-las por toda paciência que tiveram comigo em todos esses meses, por perdoarem os meus sumiços, os meus bloqueios e não desistirem de ler a história desse casal divino.

Espero, de coração que vocês tenham gostado do livro. Que possam continuar me acompanhando em todas as demais histórias que estão por vir.

2018 foi um ano de muitas conquistas e uma delas, foi ter conhecido vocês e ter concluído mais um livro.

Obrigada, por tudo!

Terminamos Enrico hoje, dia 31/10/18 com quase 5.000 visualizações.

Até a próxima.

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