ENRICO

XXXII

Aline

— Você sabia que temos muitas coisas ao nosso favor? - ele diz e eu não entendo.
— Como por exemplo...?
— Minha família. - sorriu. - Elas super nos apoia, contei de você pra minha mãe e ela disse que eu estou apaixonado, você acredita?
— Uau.
Aquilo foi tudo que eu consegui dizer.
— Elas acreditam, assim como eu que você e Liz apareceram na minha vida no momento certo, sabe? Quando eu estava desacreditado da vida, você com a sua luz e Liz com o seu brilho único, apareceram pra me fazer acreditar que eu ainda tenho um pouco mais de tempo para viver e que de algum jeito eu preciso valorizar isso.
— E o que você sente Enrico? - pergunto virando de frente para ele.
— Bom... Se pensar em você toda hora, pensar em como seria em minha vida ao lado de vocês duas, pensar em como seria bom fazer parte do crescimento de Liz, talvez não como pai, mas como alguém próximo, seja estar apaixonado por você, eu acredito que esteja muito apaixonado.
Meu coração deu uma leve aceleradinha.
— Quando fui atrás de você eu realmente estava disposto a tentar, eu queria entender o que estava acontecendo dentro do meu coração e agora tendo você tão próxima, ele falta sair pela boca. - sorrimos. — Desculpa se pareci precipitado e por ter dito que não era recíproco o sentimento que você sentia, é que eu realmente não estava entendendo nada e fui um tolo. Quero recompensar isso, quero ter você e Liz por perto de preferência todos os dias. Quero retornar todas às minhas atividades, à minha empresa, à minha vida pois só com você ela faz sentido, a propósito, não teve um dia desde que você chegou que ela foi tomada pela escuridão de antes.
Por dentro o meu coração transbordava de pura emoção e acredito que também de mais pura felicidade.
— Acredito que ficar é coisa de adolescente. Você quer namorar comigo, Aline?
Mais convicta do que nunca, acabei dizendo:
— Sim, Enrico.