ENRICO

XLI

Aline

Um mês depois.

Dois dias depois que soubemos da gravidez, descobrimos que nossa viagem por enquanto teria que ser adiada, pois Enrico entrou em contato com um médico que o prometeu que acabaria com o que mais o deixava mal: Suas cicatrizes do incêndio.

Ele estava indo regularmente em consultas com esse médico enquanto eu, com o passar dos dias me sentia ainda mais cansada.

Liz estava dando os seus primeiros passos, e por conta disso, se sentia extremamente livre para correr pela casa e cair sentada em seguida.

Eu ficava o dia todo correndo atrás dela, na esperança de que ela não rachasse a cabeça em uma parede qualquer conforme corria.

No último mês, fizemos coisas muito legais em família.

Fomos a um piquenique.

Enrico me trouxe flores.

Enrico trouxe chocolates para Liz que se lambuzou inteira.

Conhecemos lugares naquela cidade que antes estavam escondidos e descobrimos que estou grávida de gêmeos.

De dois filhos, teremos três.

Estávamos em um almoço em família, quando a irmã de Enrico apareceu ao lado de uma moça.

— Família querida, essa é Antonella, minha namorada.

A mãe de Enrico arregalou os olhos como se estivesse vendo uma miragem.

Sabíamos claramente de que ela era livre, amava beijar, sair de casa para se divertir, mas não imaginávamos que a mesma apareceria namorando uma mulher.

— Bem vinda à família, Antonella. - digo dando as boas-vindas.

— Obrigada. - a moça diz apreensiva.

— Cheguei a conclusão de que homem só pensa com a cabeça de baixo e que infelizmente ele nos traz muito problemas, então, decidi me assumir e enfim colar velcro com essa ''iti malia''.