XXV

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Aline

Após uma noite mal dormida em que o dia seguinte parecia não chegar, ele enfim chegou e só me dei conta porque a campainha de casa tocou.

Com os olhos repletos de olheira e com Liz atarracada em mim, abri a porta e fui surpreendida com um enorme buquê de rosas vermelhas.

— Qual deles será que mandou? - perguntei ao rapaz que me entregou.

— Você é linda, deve ter sido o que mais a ama.

— Esse é o problema, nenhum dos que eu estou pensando me ama. - dou um sorriso forçado. — Obrigada. - agradeci.

— As ordens princesa. - jogou-me uma piscadela e entrou no carro.

Liz estava tão encantada quanto eu pelas rosas, a coloquei sentada no sofá e me sentei ao seu lado para procurar algum cartão ou coisa do tipo.

Enquanto eu procurava de um lado, Liz tentava comer as rosas do outro.

— Filha não pode.

E aí ela fez um bico e em seguida ameaçou a chorar.

Por fim, encontrei o cartão com letras douradas, logo imaginei a música do Gian e Giovani, onde o cara canta que em letras douradas em um papel bonito, chorou de emoção por ver que era um convite de casamento, mas, neste bilhete dizia:

'' Desculpa por tudo. Estou disposto a tentar, quero ao menos ter a chance de fazê-la feliz. Atenciosamente, Enrico.''

Com os olhos cheios de lágrimas e um coração duvidoso, olhei pra Liz que como se soubesse o que estava acontecendo, abriu um sorrisão e em seguida soltou um gritinho.

Minutos depois a campainha voltou a tocar, a deixei sentada no chão e ao abrir a porta dei de cara com Enrico de braços cruzados.

— Vim em busca da minha resposta.

E ele teve não de um jeito comum, mas sim em forma de um beijo.

Talvez fosse a hora de ser feliz de verdade.

ENRICOWhere stories live. Discover now