Terminamos a decoração quase no final de semana. No sábado, mamãe deu uma pequena festa com os amigos mais próximos - isso incluía as famílias de Julie e Benny - para mostrar o nosso trabalho e celebrar. Minha melhor amiga e eu passamos a noite inteira tentando tirar informações do meu vizinho sobre seu novo romance, mas ele alegou que sequer lembrava de quem estávamos falando.
- Eu a vi com a sua mãe outro dia. – falei. – Vai mesmo insistir que não tem nada acontecendo?
Benny Bu arqueou as sobrancelhas.
- Anda me espionando? – brincou. – Isso é assustador, Liz.
- Queremos a verdade. – Julie cruzou os braços.
Com a desculpa de que precisávamos conversar com ele, afastamos o garoto das demais pessoas da festa, para que pudéssemos fazer o interrogatório em paz. Nossos pais estavam na sala, bebendo vinho e conversando animados.
- Eu não sei de quem vocês estão falando.
Juntas, começamos a mostrar as anotações que reunimos durante a semana: todos os dias e horários que vimos os dois juntos.
- Malucas. – ele segurava o papel com as nossas anotações. – Eu poderia denunciar vocês duas, sabiam?
- Não fizemos nada demais. – Julie fez biquinho.
Benny cruzou os braços e nos olhou, sério.
- Se vocês pudessem se ver...
Pensando bem, ele estava certo, era de fato assustador, mas não nos importávamos, só queríamos confirmar nossa teoria de que Bendyk estava apaixonado.
- Responde a nossa pergunta. – pedi.
- Não tem nada acontecendo. – ele garantiu. – Ela é só uma garota com quem eu curti ficar. Só isso.
Julie semicerrou os olhos, mostrando que não estava convencida.
- Eu contaria para vocês por dois simples motivos. – Benny suspirou. – O primeiro é que não faço ideia de como agir em um relacionamento, já que nunca tive vontade de ter um. E o outro é que as mocinhas são tão curiosas que acabariam descobrindo de qualquer jeito.
- Obrigada por reconhecer nossas habilidades de investigação. – Julie piscou.
Decidimos deixá-lo em paz durante o resto da noite de sábado, mas passamos o domingo bisbilhotando o quarto dele, esperando ver a garota. Como não tivemos nenhum sinal, deduzimos que talvez não fosse realmente nada demais.
No início da semana seguinte, fomos até a escola para falar com a senhora Smith sobre o contrato das vendas dos quadros e acertar os últimos detalhes.
Ao chegar na sala do clube de artes, Rose veio ao nosso encontro.
- Recebemos uma oferta para outro quadro. – ela sorriu.
- É mesmo?
Ela tirou um papel do bolso e me mostrou: quase mil pratas.
- Isso é muito dinheiro! – exclamei surpresa.
- Garota, você é talentosa. – Julie piscou para mim, orgulhosa.
Rose disse que eu não precisava me preocupar com nada e que ela cuidaria de todos os trâmites do negócio.
- Por que é você quem está cuidando disso? – Julie quis saber. – Não deveria ser a senhora Smith?
- Cuidar das vendas do projeto vai contar como serviço comunitário para me ajudar na faculdade. – ela explicou.
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Arte & Guerra
RomanceElizabeth é uma aspirante a artista e pretende ingressar na faculdade de artes junto com sua melhor amiga. Jonathan joga no time de hóquei da escola e sonha em servir ao exército. Duas pessoas que aparentemente não tinham nada em comum, começam a se...