Nas próximas semanas, as coisas começaram a voltar para os trilhos, mesmo que lentamente. Max, Benny e Jonathan pareciam mais animados, tentando retomar seus afazeres, até voltei a ver meu vizinho e Heather juntos pela janela de casa; Julie conversava com Ryan e mantinha as esperanças de que ele ficaria bem. Além disso, usamos esse tempo para decidir nossas aulas na faculdade e conhecer o campus; Rose continuava vendendo alguns dos meus quadros, o que era ótimo, pois me permitia comprar materiais novos de pintura; visitávamos Natally de vez em quando e a garota estava cada dia progredindo mais.
É claro que ainda sentíamos falta de Seth. Todos sabíamos que, independentemente de quanto tempo passasse, o vazio que ele deixou em nossos corações continuaria lá para sempre.
Como era nosso último fim de semana antes que a faculdade começasse, Julie, Max e eu demos uma festa do pijama noite passada e planejamos dormir até bem tarde nessa manhã de sábado. É claro que isso não aconteceu.
Acordei com Julie gritando. Ela praticamente estava pulando de tanta animação. Sentei na cama e esfreguei os olhos, perguntando aos céus o porquê de meus amigos nunca me deixarem dormir até o meio dia.
- O que aconteceu? – papai perguntou, abrindo a porta. Pela expressão dele, os gritos também o pegaram de surpresa.
- Ryan voltou! – ela correu até meu pai e o abraçou.
Meu pai devolveu o gesto. Depois de anos de convivência, a loucura de Julie não nos surpreendia mais.
- Onde ele está? – Max levantou a cabeça, sonolento. Os dois dormiram em colchões no meu quarto.
- Chegando em casa. – ela abriu a gaveta com roupas dela no meu guarda-roupa. – A mãe dele acabou de me ligar.
Julie pegou uma jaqueta e saiu pelo corredor, sem ao menos se despedir.
- Ela sabe que está de pijama, né? – papai arqueou as sobrancelhas e saiu de lá, fechando a porta atrás de si.
Max e eu trocamos um olhar.
- Espero que ela nos conte como ele está. – falei.
- Depois de todos esses anos de convivência você ainda tem alguma dúvida? – Max riu. – Julie não consegue guardar as coisas por mais de vinte minutos.
- Tem razão. – concordei.
- Agora vamos voltar a dormir. – ele deitou.
Quando estávamos quase pegando no sono de novo, Benny entrou no quarto e nos atrapalhou.
- Acordem, meus amores! – falou. – Preciso da ajuda de vocês!
Max soltou um grunhido frustrado.
- Perdemos dois ajudantes oficiais, já que Jonathan e Julie estão indo visitar Ryan. – Benny explicou. – Precisamos iniciar os preparativos antes do previsto ou nada ficará pronto até a hora que o pessoal começar a chegar.
Resolvemos dar uma última festa antes da faculdade começar, já que depois desse fim de semana estaremos ocupados demais estudando.
Levantamos e seguimos Benny até a casa dele, onde começamos a traçar nosso plano para mais tarde. Se Bendyk fosse tão sério nos estudos como é com a organização das festas, seria um dos maiores gênios que a humanidade poderia conhecer.
Max e eu compraríamos os comes e bebes, enquanto Tommy e Benny limpariam toda a casa e trancariam os cômodos em que os convidados não poderiam entrar.
Chegamos no supermercado e percebemos que todas as pessoas do mundo também decidiram fazer compras naquela hora.
- Quanta fila. – Max reclamou.
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Arte & Guerra
RomanceElizabeth é uma aspirante a artista e pretende ingressar na faculdade de artes junto com sua melhor amiga. Jonathan joga no time de hóquei da escola e sonha em servir ao exército. Duas pessoas que aparentemente não tinham nada em comum, começam a se...