Prólogo

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Whitby - Inglaterra, 1790

Elsie Dixon, completava 15 anos e estava muito feliz sendo preparada para sua festa. 

Uma de suas amas, Mary Davies, agora com 30 anos, estava nos aposentos de Elsie ajudando com suas vestimentas.

Quando estava pronta, Elsie dispensou as empregadas e deixou somente Mary lá, ela precisava conversar em particular.

"Senhora Davies, estou com medo, conhecerei meu pretendente hoje.. " disse aflita ".. e se eu não gostar dele?!". 

Mary riu, amava aquela menina como se fosse sua. Quando, aos 15 anos também, foi recebida no casarão, ela foi designada a cuidar de Elsie, pois era a única que a fazia dormir. 

" Oh minha filha, vem aqui.. " ela disse a chamando. Quando ninguém estava por perto, elas se tratavam como mãe e filha. "Trouxe um presente pra você". 

"Oh mãezinha não precisava! Sei que não tem recursos e ainda se preocupa comigo assim!" Elsie disse indo até a poltrona onde ela estava. Agachou à sua frente e Mary tirou um lenço do bolso. 

Elsie o abriu e dentro encontrou um medalhão, o mais lindo que ela já tinha visto. Era dourado, com flores gravadas, mas quando abriu não tinha fotos e sim umas ervas amarradas. 

"É uma jóia de família e não tive filhos, como sabe.." começou emocionada ".. a senhorita é como uma filha pra mim, então por favor, fique com ele" disse colocando em seu pescoço. 

Elsie estava com os olhos marejados e abraçou sua ama e amiga. "Para que servem as ervas dentro?". 

"Elas vão te proteger minha menina. Se um dia se encontrar em alguma situação que precise fugir, segure ele junto ao coração e peça com sua alma. Seu desejo irá se concretizar". 

"Oh.. Obrigada!" Elsie disse olhando para o medalhão. "Mas não use esse pedido em vão, somente se for algo que precise muito fazer ou encontrar.. Ele saberá quando o desejo for feito profundamente." 

Elsie sabia que ela mexia com ervas e fazia curas, mas tinha medo que alguém a chamasse de bruxa e que ela fosse condenada, então nunca comentou com ninguém as conversas que tinham e seus segredos. 

Entendeu a profundidade do presente e o escondeu em seu decote. Se sentia protegida agora e sem medo do que estava por vir. 

"O senhor Taylor é um homem bom, não precisa ter medo. Vejo a bondade em seus olhos." Mary disse. 

"Se a senhora diz, então eu acredito". Respirou fundo sorriu e, finalmente pronta, desceu para conhecer seu destino. 

London London III - Uma Vitoriana no Século XXI Место, где живут истории. Откройте их для себя