Quem poderia Imaginar

Envelope

Alguns dias se passaram desde o capítulo anterior...

PIETRO MONTELLATO

Peguei meu celular pela quarta vez para conferir as horas mas quando olhei os números na tela pude notar que havia se passado apenas dez minutos.

Eu estava inquieto, sentia um incômodo dentro do peito, tinha algo de errado, Maria não passava tantas horas assim sem dar notícias. Peguei o controle da televisão que estava jogado ao meu lado sobre o sofá e desliguei a Tv, eu não estava conseguindo prestar atenção em nenhum conteúdo.

Me levantei do sofá e passei as mãos pelos cabelos e quanto respirava fundo. Comecei a andar de um lado para o outro pela sala tentando me acalmar. Hoje quando eu estava no trabalho a uma hora em ponto da tarde, Maria me enviou uma mensagem dizendo que iria ao shopping e agora são 23:46 da noite e ela ainda não chegou em casa. Estou tão preocupado que meu coração chega a doer.

Desde que Maria sofreu aquele acidente e perdeu a memória, minha preocupação com ela aumentou muito mais, se antes eu já era um namorado superprotetor e possessivo agora sou ainda mais. Tenho medo que algo aconteça a minha menina, ela é como um jóia preciosa e frágil a qual eu faço de tudo para proteger. Peguei meu celular e quando estava prestes a pegar as chaves do carro para ir procurá-la ouvi a campainha soar. Com pressa caminhei em direção a porta e antes que eu me aproximasse o suficiente para abri-la um envelope pardo foi jogado por baixo da porta.

Franzi o cenho olhando aquele pedaço de papel, o peguei do chão e antes de abrir destranquei a porta e meus olhos vagaram pelo corredor a procura de quem havia entregado mas não encontrei ninguém. Voltei para dentro do apartamento e fechei a porta logo atrás de mim e comecei a abrir o envelope.

Quando meus olhos foram de encontro ao conteúdo que estava dentro do envelope, eu senti como se uma mão forte esmagasse meu coração causando a dor mais excruciante de toda minha vida e o ar começou a faltar em meus pulmões me deixando sufocado.

Continua....