Capítulo 8: E lá vem ele

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Especial dois capítulos.

Abri meus olhos. O quarto estava escuro, mas isso não me impedia de me sentir em seus braços. Estávamos enrolados em um cobertor, e eu me sentia no lugar certo, tendo seus batimentos tão próximos do meu ouvido.

O coração de Thomas batia calmamente, como uma doce melodia. Bocejei ainda sonolenta e aos poucos minha visão foi se adaptando à escuridão do quarto, desta forma, pude ver seu rosto adormecido, qual logo me fez sorrir largo.

— Ei... — sussurrei.

Seus olhos tremeram, e aos poucos, o azul confuso se fez presente. Thomas sorriu ao me ver. Então, fui apertada entre seus braços. Afundei meu rosto em seu peitoral e fechei meus olhos enquanto absorvia seu perfume.

— Bom dia, rainha.

Suas palavras me fizeram sorrir como uma boba, e por sorte, não foi possível que Thomas me visse de tal modo. Apertei-me ainda mais em seu abraço, e soltei um suspiro, desejando que tudo ficasse bem entre nós dali em diante.

— Eu não queria sair dessa cama por nadinha no mundo, mas, a Lola está nos esperando em casa. — cochichei.

— Tem razão.... Estou com saudades da princesa.

— Eu amei nossos dias aqui, foram extraordinários.

— Ah, podemos ficar na cama em Seattle, se quiser.

— Acho que essa é uma ideia incrível. Devemos com certeza colocá-la em prática, por favor! — exclamei.

Rimos juntos. E sem mais delongas, levantei-me e fiz minha oração. Thomas ainda se encontrava na cama quando terminei de orar, então, aproveitei que o banheiro estava livre e me coloquei a tomar um banho bem quente.

A noite havia sido romântica e especial. Com certeza essa viagem me ajudou a conhecê-lo melhor, e isso nos deixou mais próximos. Mesmo depois de esquecer toda a nossa história, eu estaria me apaixonando novamente?

Eu sabia que seu sentimento por mim era verdadeiro. Cada vez que eu olhava em seus olhos, eu sentia que todas as suas palavras e que cada eu te amo era sincero. Tudo o que eu queria, era retribuir da mesma maneira.

Me perguntava se foi tão confuso descobrir se estava apaixonada. Eu não era a mesma menina de quando o conheci, e apesar disso, não conseguia decifrar o que estava sentindo. Era uma mistura enorme de sensações.

Saí do banheiro, usando um sobretudo branco fechado, meia calça preta e botas de cano longo. Thomas estava lendo a bíblia distraído e brevemente direcionou seu olhar para mim, sorrindo contente ao ver o meu resultado.

— Sua mãe ligou. — avisou.

— Vou retornar a ligação.

— Ok. Depois do café da manhã, nós saímos.

— Ótimo, já fez o pedido?

— Já. Logo chega. — assentiu.

Peguei meu celular e Thomas seguiu para o banheiro. Abrindo nas mensagens, vi que Claire e Julian diziam que estavam com saudades, fazendo meu coração saltar de alegria. É, eu também estava louca para vê-los outra vez.

Disquei o número de mamãe mas apesar de chamar diversas vezes, ninguém atendeu. Deixei uma mensagem, e após isso, coloquei as últimas peças de roupa que restavam na mala. Então, tudo estava pronto para partir.

{...}

O café da manhã de despedida foi ainda mais delicioso, e com isso, acabei comendo além do esperado. Thomas acertou todas as contas e saímos juntos do hotel, mas, antes de entrarmos no carro, acabei por ter uma ideia.

O Milagre: LembrançasWhere stories live. Discover now