- Revelada -

1.1K 104 324
                                    

• Crown na mídia

__________________________________




Após atravessar os enormes portões escuros e infiltrar-se entre as árvores podadas em formatos diferentes do lindo jardim já coberto por uma fina geada, o carro parou em frente a uma enorme mansão cor de marfim, com janelas de madeira escura, e desenhos de caracóis rodeando-as.

Crown desceu primeiro, ajeitando os óvulos escuros e desnecessários, logo estendendo a mão para ajudar Célia a sair do veículo. Com cuidado, Célia se pôs de pé do lado de fora, observando seu valioso fim coberto pela luz tênue da madrugada.

Harry, o motorista da vez, estacionou o carro mais a frente e então desceu do mesmo, portanto-se ao lado de Célia, olhando para os lados como se avaliasse o local. Sorriu por fim, debilmente.

O cacheado adiantou-se para abrir as portas enormes e escuras para que ambos pudessem entrar. Subindo a pequena escadaria com cuidado, Célia se impressionou ainda mais com a beleza da sala iluminada por um lustre enorme e delicado, com velas invés de lâmpadas.

As paredes carregam um papel de parede verde escuro com traços bonitos e repetidos em dourado.

O barulho alto da porta se fechando fez Célia dar um leve sobressalto e sorri, meio desengonçada.

Alguns espelhos seguiam até dar espaço a uma porta estreita pela qual o vestido foi amassado. Crown sorriu ao notar o jeito meigo e tímido de Célia perante a grandeza do lugar.

A sala, diferente das outras, é de uma modernidade incrível. Espelhos sem moldura revestindo as paredes, um grande cubo de vidro de dois metros e meio de altura por uns três de largura, como um aquário gigante, estava encostado a parede.

Cadeiras estofadas com couro vermelho se exibiam na beira da grande mesa de vidro. Haviam bandejas com frutas, croissants e chocolates a parte, empilhados em um prato quadrado com pequenos pés de porcelana.

Algumas jarras faziam o cheiro de chá e café preencher o ambiente. Xícaras bonitas estavam espalhadas, uma a frente de casa cadeira.

Algumas revistas exibiam lindas garotas de biquíni, ao lado de vidros pomposos de whisky, vodka, dentre outras tantas bebidas.

Célia foi levada em direção a uma porta de duas partes, um pouco maior.

– Sente-se, princesa – disse Crown, sorrindo de canto ao vê-la contemplar o lugar com tanto apreço. Lhe subiu até mesmo um certo remorso, mas ao balançar a cabeça essa dúvida do que fazer ja se esvaia. – Quando eu chamar, você sobe aquela escada e faz o que eu disser. OK? Harry ficará aqui com você.

Célia o olhou dentro dos olhos.

– O que vai acontecer comigo? – soou como gemido. A garota parecia uma boneca de porcelana, ameaçando rachar ao saber a verdade que a aguarda.

Crown levantou-se, se portando firme como um general, e então disse desviando o olhar para Harry, como se o pedisse silêncio:

– Eu não farei nada com você – ele realmente não faria nada, os outros fariam.

Uma garota de madeixas loiras se esquivou, bisbilhotando Célia e Harry sentados em suas cadeiras estofadas.

Se aproximando, ela baixou o olhar, como se mais tristeza a preenchesse.

– Também vai ser chamada pelo Crown, não vai? – Célia balançou a cabeça, confirmando. – Desgraçado – sussurrou a menina.

Ela parecia ter a mesma idade que Célia, ou até menos. Grandes olhos azuis e um jeito inquieto. Seu longo vestido azul-turquesa brilhava como montes de lâmpadas de natal, mas ela não parece contente.

Alguns longos minutos se passaram e Célia estava atordoada, enfim, feliz ou infelizmente, seu nome ecoou pelas paredes, vindo de algum amplificador.

Célia subiu a escada devagar, tentando não cair dos soltos enquanto Harry a seguia como um belíssimo guarda costas – mesmo que mau – a seguia de perto, analisando seu belíssimo deslizar. Abriu uma porta de duas partes, Célia estremeceu ao se ver dentro do grande aquário da sala ao lado, sendo observada por homens com seus quarenta e todos, ou cinquenta e poucos; todos com olhares de desejo e mistério. Célia piguareou.

– O que estou fazendo aqui? – Célia sorriu amargamente, um tanto receosa. Ouviu um click vindo da porta atrás de si. A garota se voltou para ela e puxou a maçaneta com força, sacudindo a porta de lá para cá. – Me deixa sair! Harry, abre! – grunhiu, mas sua voz não podia ser ouvida do lado de fora.

– Célia, eu preciso que você fique parada – a voz de Crown soou em um amplificador. O rosto dos senhores de terno sorrindo a fizeram congelar.

– O que...? – gritou, deixando Crown atordoado.

– FICA PARADA E FAZ TUDO O QUE EU MANDAR! – rugiu Crown, todos na sala o olharam, mas desviaram os olhares a Célia.

Primeiro, pediram para ela virar umas duzentas vezes enquanto comentavam algo indecifrável, um homem elevou um papel ao rosto e baixou os óculos negando. Não parecia convencido. Crown torceu o nariz e adiantou-se a pedir que Célia desfizesse o penteado tão bonito. Seus cabelos negros e grossos caíram como cascatas negras sobre seus ombros estreitos. Célia estava se sentindo horrível após mover-se de tantos lados e ter que encarar aqueles homens todos fitando-a com ar de desejo e, tantas vezes, de reprovação. Célia suspirou, olhando para as portas abertas, tentando buscar um caminho de fulga, caso consiga sair.

Depois Crown pediu para Célia sorrir, ela o fez um tanto triste. Cansada de ficar sobre aquele salto.

Os olhos de um homem caíram sobre Crown e o pediu alguma coisa em cochichos no ouvido. Crown se recompôs e sorrindo pediu:

– Agora, Cé, preciso que você tire a roupa.

_____________________________________

Sem comentários :o

Espero que tenham gostado do capítulo, e, teremos capítulo novo amanhã ou hoje a noite ☺

Beijocas de algodão doce (^o^)

Votem, comentem, compartilhem, reclamem... Kkkkkk

All the love ❤

- SSMissing ❤

MORE THAN WRONGWhere stories live. Discover now