- Destruída -

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Zayn piscou algumas vezes, como se ainda não houvesse notado que Crown continuava a sua frente, vivo, sem manchas de sangue, sem aquele habitual sopro fúnebre de morte... Estremeceu, dando um curto passo para trás, tentando captar a frustração. Ele olhou para a arma como se estivesse quebrada, examinando e possuindo a idéia para si.

Seus ossos congelaram por um segundo.

Crown piscou também, atordoado e... Incrivelmente feliz por mão haver dor, nem sangue. Ele verificou sua camisa, olhando para um vazio particular.

A idéia aplaudiu em sua mente, o fazendo despertar. Crown se remexeu no acento, o sorriso nascendo dentro de seu estômago. Observou o garoto com os olhos semicerrados, então preencheu o silêncio com sua risada rasteira e aguda – alta e alarmante. Sua mão prendeu a de Zayn com força, diminuindo aquele meio espaço entre ambos, e o empurrou fazendo o revólver sem balas cair. O ruído parecia explosões na cabeça de Zayn. Servindo apenas para matar sua toda aquela coragem que ele havia reunido para empunhar a arma... A palavra que sua mente tentava descodificar é Atenção, mas Zayn apenas pensava em quão frustrante aquela cena fora.

Bufou sentindo-se derrotado por si próprio. Mas Zayn ergueu o rosto ao ouvir as pernas de Crown tamborilando no chão.

– Eu queria te ver livre – Crown se ergueu com um pulo estável, e marchou na direção de Zayn. Agarrou a arma nas mãos trêmulas de um Harry descrente e debilmente pálido. – Eu queria que o filho de um dos meus amigos de tempos atrás ficasse vivo – avançou sobre o tapete e os escombros jogados ao chão, pisando nos cacos de vidro como se fossem seu particular Red Carpet levando-o por entre as pessoas para a entrega de um prêmio.

Zayn cambaleou para trás, tropeçando em seus próprios pés, mas se manteve firme sobre suas pernas em passos trepidantes. Realmente se sentido vencido.

– Eu realmente estava planejando mente-lo próximo – retratou Crown, o tom relutante em sua voz o mantendo firme e sério (mesmo com o sorriso blindando seus lábios contra qualquer coisa) – como um ajudante, um, como vocês dizem? Ah, um colega – seus dentes bateram, uns contra os outros forçando um ranger incômodo e metálico. – Estava até mesmo planejando deixar sua queridinha sã, viva, livre desses velhos nojentos e podres de tão ricos... Eu sinceramente estava apto a torná-lo próximo, como um segundo Harry.

Cambaleando para trás, com as mãos tocando os poucos moveis que continuavam de pé, Zayn tentava fazer o suor não brotar, frio, em sua nuca. Mas uma mão estava perto de mais de seu pescoço e uma arma estava escandalosamente posta entre os dedos de seu suposto raptor para ele se preocupar em molhar a camisa já suja de sangue. Zayn endureceu enquanto suas tentativas de fuga iam se esmigalhado, uma a uma, em sua mente, o tornando uma estatueta humana.

– Planejei o enlace perfeito; continuaria com minhas idéias de ganhar dinheiro, com meu trabalho sujo – o homem sorriu –, e vocês me forneceriam as mulheres. Estava tudo certo, Zayn, certo até o ponto em que você tentou me matar. Certo até que... – ele encheu a mão para esbofetear um Zayn perplexo.

Harry se pôs de pé, boquiaberta, enquanto a expressão de Zayn mudava e seu rosto recebia uma mancha vermelha.

Zayn sentiu o rosto aquecer, levando uma das mãos até o mesmo para se certificar de que ainda estava ali. Sentiu a pele quente fumegante sob seus dedos e sua palma, como se estivesse prestes a derreter feito um homem de chocolate no sol escaldante. A raiva lhe tomava assim como o contentamento tomava conta de Alfred Crown.

Cerrando os punhos, o Malik estendeu um soco no olho de seu agressor, impiedosamente.

Crown desenhou uma linha invisível no local que rapidamente se tornou uma mancha azul, para depois se transformar em roxo. Mas não ficaria assim. O homem golpeou Zayn no estômago, então lhe deu uma coronhada certeira, fazendo o rapaz desabar entre gemidos.

Sim, ele estava armado, mas Crown não perderia a incrível chance de inflamar suas frustrações com seu jogo agressivo e inevitável.

– Que merda é essa? – Harry sussurrou, mas Crown não se preocupou em virar-se para dar atenção ao rapaz, trocando o peso de uma para a outra perna.

– Vai mesmo querer me enfrentar? – o homem perguntou a Zayn, com um sorriso crescendo em seu rosto até tomar conta das extremidades de seus lábios. Ele balançou o revólver na mão quente em sua leve sensação de formigar.

Zayn sentiu a dor picar seu rosto e se mover, gingando para o lado numa frustrante tentativa de se mover.

– Está mesmo afim de lutar?

– Eu lutaria até o último dia da minha vida para te ver morto – Zayn levou suas mãos até as costas encontrando uma haste pesada de ferro, que talvez tenha caído ali durante seu impasse conta Harry. O incômodo objeto se tornou um aliado preciso.

O sorriso curvou uma linha na mente de Zayn.

– Lindas palavras para quem está tão perto de morrer – Alfred balançou sua arma mais uma vez, para mostrar que ainda a carregava presa firmemente entre os dedos brancos e longos.

O rapaz suspirou em reprovação, um sorriso brando e até mesmo alegre. Mister Crown ponderou sobre aquele sorriso por tempo suficiente para prever um golpe, mas tarde de mais para se esquivar.

A barra de ferro foi de encontro com uma das suas pernas e o fez cair, Zayn se ergueu utilizando a mesma barra, inclinando-se para ler as feições do homem abatido no chão. Ele ergueu a arma, mas Zayn tirou o rosto da frente, sentindo o tiro atravessar o teto.

– Merda – Harry disse outra vez, parecia atônito, caminhando em círculos irregulares, como se uma guerra entre duas pessoas não estivesse acontecendo. As mãos na cabeça.

– Cala-te – Zayn segurou sua voz, firme, então acertou Crown nas costelas quando ele tentou se erguer. O homem gemeu. – Onde está Célia?

– Fodendo com algum velhote – Crown recebeu um outro golpe, e isso foi rumo o que ele precisava, antes de gemer entre dentes, Alfred agarrou a barra de ferro e puxou Zayn para o chão, se erguendo gloriosamente, mas um tanto torto, sentindo algumas costelas fraturadas se balançarem dentro de si.

Mesmo dolorido, um sorriso seco brilhou em seus finos lábios banhados de um rosa pálido e fantasmagórico.

As mãos de Zayn buscaram alguma coisa para se agarrar, tudo o que ele tinha era um pedaço de tapete que de modo apático ele tocou.

Crown ergueu a mão com sua arma empunhada como uma espada, descendo até apontar diretamente para o local entre os olhos castanhos e marejados de Zayn.

– Como eu disse, o amor destrói – suspirou o homem, a arma dançando em suas mãos, atrás dos dedos curvos o gatilho parecia gritar uma canção maldita para Zayn.

Crown observou, Zayn antes de tentar selar sua sentença.

– Ele também vai te destruir.

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Até eu estou nervosa! SOCORRO ALGUÉM AJUDA O ZAYN!!!

Vou deixá-las em mais um frustrante fim de capítulo de sucesso algum para o lado de Zayn.

Beijocas de algodão doce (^o^)

Amo-vos imensamente e até já ✈

- SSMissing ❤

MORE THAN WRONGWhere stories live. Discover now