XI - Trabalho e estilo puro

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Queridos leitores, queria me desculpar por esse atraso com o capítulo, mas eu tive um bloqueio criativo desastroso. Prometo que as coisas vão voltar ao normal a partir de agora. Obrigada pelas 400 leituras, vocês são incríveis. Toda leitura, voto e comentário é importante. Um beijo ❤️

 Um beijo ❤️

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Caminhei pelos corredores do orfanato, sentindo que estava quase aprisionada nos meus pensamentos. Não conseguia esquecer o dia anterior, Adam e eu correndo para a caminhonete, gritando desesperadamente enquanto éramos perseguidos por armários.

Ou talvez eu tivesse gritado um pouquinho mais que ele, mas isso não importa.

Notei que a porta da sala de dona Mercedes estava entreaberta. De início suspeitei que ela tivesse esquecido a porta aberta, mas então reconheci as vozes de Emma, Adam e a própria dona Mercedes. Eles estavam conversando.

Me aproximei devagar, tentando ao máximo não chamar atenção. Alguns podem me chamar de fofoqueira, mas
eu não ia sair espalhando nada para ninguém. Só queria saber o que estava acontecendo. Afinal, vai que eles estão falando de mim?

- Fui levar o Simon no médico dele hoje cedo com o Jordan. - Adam dizia. - Foi meio preocupante, Mercedes. A consulta hoje foi mais demorada e o médico estava com uma cara estranha.

- Ele não disse nada? - Mercedes perguntou.

Eu me estiquei para ver melhor, ainda tomando cuidado para não ser vista.

Adam encolheu os ombros com a pergunta de Mercedes. Ele olhou para Emma antes de responder e os dois suspiraram, virando-se para Mercedes ao mesmo tempo.

- Ele disse que está ficando pior. - Adam contou. - O plano do orfanato não cobre a cirurgia e nem metade do tratamento que ele precisa. E sem isso tudo, Simon pode acabar ficando cego.

Engoli em seco para não soltar um palavrão. Não tinha ideia de que o que Simon tinha era grave assim. Tudo bem que ele enxergava meio mal mesmo com os óculos fortes, mas eu não imaginava que ele pudesse ficar cego sem a cirurgia e o tal tratamento.

Me apertava o coração a ideia de uma criança perder a visão por não ter o dinheiro para fazer o tratamento. E eu tinha o dinheiro, eu tinha todo esse dinheiro do tratamento, mas não aqui. Eu não podia fazer absolutamente nada.

Encolhi os ombros e decidi sair dali. Não ia me servir de nada ficar ali, apenas ouvindo como a situação estava piorando, sem poder dar um centavo para contribuir com o tratamento.

Quero voltar para casa Where stories live. Discover now