Peripécias

67 5 2
                                    

ALISSA

Depois do pequeno almoço tomado pedi licença para me ir pôr à vontade, quando estava em casa gostava de vestir roupa desportiva, calçar uns ténis. Agarrei no meu iPad e dirigi-me para a sala, estava vazia, fui até ao pátio das traseiras dava para um jardim enorme muito bem arranjado, dali viam-se as montanhas áridas, era uma paisagem de tirar o fôlego, no jardim havia uma piscina enorme com pequenos chuveiros aos cantos que faziam pequenas cascatas, a volta da piscina chaiselongs e pequenas mesas, havia mais uns anexos, senão recebia muita gente em casa, para que a queria tão grande, eu podia muito bem perder-me ali. Sentei-me a apreciar a paisagem, precisava iniciar os textos, queria fazer a reportagem tipo diário, excluiria o tipo pergunta resposta… ouvi um resmalhar, olhei em volta, não se via ninguém provavelmente seria a aragem a bater na folhagem das árvores, ouvi novamente, levantei-me devagar e fui andando até onde o som provinha, baixei-me, definitivamente havia alguém ali, ouvia uns “gemidos”…  espreitei entre os arbustos, havia ali uma sebe de tamanho médio, esgueirei-me lentamente – ui – arranhei-me, chupei a mão fiz sangue,  olhei à minha frente e vi Sam a fazer uma série de exercícios sem t-shirt, novamente e em calções, estava suado a pele brilhava, estava embasbacada, tinha de sair dali não deveria estar a espiar, tentei sair sem ele dar por mim, mas fiquei presa na sebe, a blusa prendeu-se e por mais que eu puxasse não conseguia sair dali.
-Oh deus cristinho - se puxasse rasgava a blusa ela já era pequena.. Puxei mais uma vez e um dos ramos arranhou-me o braço, fazendo  sangue – santa mãe de Deus - aii.
-Alissa? – pronto já não conseguia escapar, mesmo que quisesse não conseguia – Alissa?
-oh Sam ajuda-me aqui por favor – já sentia os olhos a lacrimejarem – oh desculpa, ouvi barulho vim ver do que se tratava e fiquei presa na sebe. Ajuda-me estou presa.
- Céus, como é que te arranjaste? Porque não deste a volta, a sebe ali ao fundo abre. – chegou perto de mim a tentar desviar os ramos presos no braço e na blusa – estás a sangrar, olha vamos ter de rasgar a blusa. Senão também me pico. Deixa ver, devagar, ok.
- Sim, rasga por favor tenho o braço a arder e a mão – já chorava.
- ok, com calma, olha para isto. – pegou na manga e rasgou a blusa de lado, de repente lembrei-me que não trazia nada mais por baixo da blusa.
- hum Sam, fecha os olhos. – pedi-lhe.
-Fecho os olhos? , como é que fecho os olhos, depois não vejo o que estou a fazer, tenho de te desviar dos ramos.
- É que não tenho mais nada vestido por baixo – disse a choramingar.
-Bem moça tivesses pensado nisso antes de te meteres entre meio da sebe. – olhou para mim de sobrancelha levantada com um trejeitos irónico nos lábios. – ok vira-te assim, isso devagar – fiquei com o seio do lado direito de fora, os meus seios sempre foram avantajados e ali estava o mamilo castanho espetado no ar e eu a querer tapa-lo com a mão ferida, que agora gotejava sangue por todo o lado.
-Quieta moça, deixa lá a mama, já vi muitas, hum, uma a mais outra a menos, não é nada além de que estas-te a sujar toda de sangue, pronto já está, agora com cuidado passa para aqui, isso, cuidado com os pés. – assim que ele disse isso tentei sair o mais rápido possível de entre a sebe mas os meus pés estavam emaranhados nos ramos a baixo, rasguei as calças nas pernas e mais um arranhão grande e fundo – deus meu moça queres-te esvair em sangue, quem te vir pensa que te andei a esquartejar. – ria-se.
- Não te rias, está-me a doer o corpo todo. – lancei-me para a frente agarrando-lhe os ombros, ele enlaçou-me pela cintura e puxou-me ao mesmo tempo, caiu de costas comigo por cima dele, ele nu  e eu seminua, senti o meu seio no seu peito esborrachando-se nele, fiquei com a minha boca no seu pescoço, os meus lábios tocaram-lhe e senti o gosto salgado do seu suor as suas mãos agarram-me com força protegendo-me do chão, senti o baque reverberar pelos meus ossos. Dissemos em uníssono :
- aí, fuck. – deixei-me ficar ali colada por uns segundos, olhei para cima para lhe ver o rosto, e ele olhou para baixo para ver o meu, sequei os lábios com a língua fixando o olhar na sua boca, assim de perto era ainda mais bonita, via em pormenor os pêlos pequenos da sua barba, loiros  entre eles os lábios mais bonitos. Olhei-o nos olhos, ele alternava o olhar dos meus lábios para os meus olhos, tentei levantar-me, o meu seio fez um barulho de sucção ao descolar-se da pele dele, tentei cobrir-me sem muito efeito, tapei apenas o mamilo.
- desculpa, Sam. – olhou para a minha mama de fora e sorriu.
- Que nada Alissa, vamos lá tratar das feridas, para não infectarem. – olhei para o meu corpo estava toda marcada parecia mesmo que alguém tinha andado a mutilar-me, chorei mais ainda, ele ajudou-me a levantar e levou-me abraçada a ele com o rosto encostado no seu peito. Depois lembrando-se como estava suado fez menção de se desviar de mim, mas eu não deixei, com um braço à volta da sua cintura e outro a tapar o seio levou-me até casa, sentou-me numa  chaise-longue da piscina. – Senta-te aí já volto – não demorou muito e veio com uma pequena caixa de primeiros socorros, começou por me limpar os cortes com muito cuidado, parando de vez em quando para olhar para mim e limpar-me uma lágrima do rosto. – pronto, vá lá não chores. Não te preocupes moça, são cortes pequenos agora ardem um pouco mas depois passa.. – conforme colocava o betadine ia soprando muito suavemente. Depois dos cortes limpos, sentou-se ao meu lado e abraçou-me mais uma vez fazendo-me pequenas festas na cabeça – vá lá agora vai lá mudar de roupa, anda eu ajudo-te.
-Não é necessário obrigada – limpei as lágrimas da rosto, ele começou a rir-se. – o que foi?
-Nada – e continuou a sorrir a olhar para o meu rosto – só  que agora precisas mesmo de te lavar, se viesse aqui alguém pensaria mesmo que tínhamos andado em guerra, no queiras saber como está o teu rosto.
-o que tem? – perguntei passando mais uma vez as costas da mão no rosto.
-Parece que cometeste um assassínio Alissa, anda vem lá lavar-te. – levou-me até ao quarto e até à casa de banho, assim que entrei olhei para o espelho.
-Meu Deus, tanto sangue—o meu rosto estava coberto de sangue – será que arranhei a cara também?
- Não, isso foi de passares as mãos pela face. Vem cá. – chegou-me ao lavatório e passou água no meu rosto, com a toalha limpou o resto. – pronto aí está o teu rosto bonito outra vez moça. – olhei novamente para o espelho.
- Ah  sim esta já pareço eu. – sorri-lhe, com um ar triste.
- Sim, linda como sempre. – ficamos ali a olhar um para o outro através do espelho, vi-o baixar o olhar para o meu seio desnudo, esquecera-me completamente  daquela situação. Mas também já não meti a mão à frente, vi a sua maçã de Adão subir e descer rapidamente, como se lhe custasse engolir. De olhos semicerrados, por detrás de mim, subiu a sua mão e tocou-me ao de leve , tive um arrepio na pele e o mamilo cresceu e tornou-se duro. De repente subiu o olhar no meu, e desceu a mão. – vou-te deixar para que te arrumes. Saiu do quarto deixando-me ali a vê-lo  afastar-se pelo espelho. Sem dar por isso subi a minha mão e toquei-me, fechando os olhos.
-meu Jesus cristinho, este homem levantava uma morta.





Onde está o defeito? Where stories live. Discover now