Cavalo À Solta

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Alissa
Depois de uma mulher olhar o céu da Escócia nos olhos de Sam Heughan, podia considerar-se perdida, não havia nada mais bonito, como ele diria nem a aurora boreal  se igualava, beijou-me com mestria, um beijo que me elevou e via-me lá de cima sentada numa estrela, olhava para os amantes lá em baixo, que se agarravam como se não houvesse amanhã, desci à terra lentamente, para o ouvir dizer :
- Levas-me à loucura, mulher. – sorri-lhe.
- Quero-te, preciso de ti – não parecia a minha voz, tão carregada de desejo. Sentia-o colado a mim, aquela parte da anatomia de um homem que não o deixa mentir quando diz que quer uma mulher, fez-me delirar, beijando – o apaixonadamente. Carregou-me no colo e levou-me para o meu quarto, despiu-me lentamente tocando-me onde eu mais necessitava de o sentir, ajudei-o a despir beijei cada centímetro do seu corpo, eletricidade pura, fazendo-me sentir calafrios por todo o corpo, nada nos impedia de dar rédeas ao sentimento e comanda-lo à nossa vontade, não havia impedimentos, éramos só nós os dois ali, entre murmúrios e afagos deixamo-nos ir como uma folha no vento, ao sabor do que cada um queria num movimento frenético, como cavalos à solta numa passagem para o breve instante da loucura, as mãos passando pela margem do seu corpo, uma alegria, uma amargura, uma coragem que saía de dentro de mim num crescendo de ousadia tudo dei, tudo fiz, tudo aceitei. Caí por cima do seu corpo extenuada e sonhadora, tremíamos os dois depois do clímax do amor, do sexo. Sem palavras porque não eram necessárias, não ali. Por mais de uma vez nos buscamos como náufragos no mesmo barco, sentindo que um complementava o outro, demos demais, tiramos demais, sem noção do tempo ou do espaço.
Com a manhã e o sol que hoje despontava nos céus da Escócia veio a certeza que não iríamos parar por ali, sem promessas sem grilhões, mas não iríamos parar por ali. Se teriam de ser 14 dias em cativeiro, não teria escolhido melhor companheiro de cela.
- Bem se qualquer um de nós estiver infectado o outro também já está. – disse numa voz mais  rouca que o normal.
- Não brinques, espero bem que não, ainda me quero divertir mais um pouco. – tinha a cabeça apoiada na minha barriga, enquanto lhe afagava os cabelos. – se calhar temos de nos levantar, hum? A tua mãe pode aparecer por aí e estranhar nenhum de nós estar levantado, principalmente tu, já deverias estar a correr naquela passadeira.
- Hum estou sem forças. – rodeava o meu umbigo com um dedo fazendo pequenos círculos à sua volta, plantando um beijo no seu centro. – Acho que hoje, fico aqui.
-OH estou a sentir-me importante. Sam Heughan o homem que não pára, desistiu de correr por uma mulher. – ri-me, senti-o apoiar  o seu queixo no meu umbigo.
- Bem, por uma mulher como tu, acho que qualquer homem fará sacrifícios, sou apenas mais um mortal.
-Bajulador… que queres tu mais do que não te tenha dado? Hum?
- Alissa,  quero essa mulher por inteiro.
-Não há mais de mim… - subiu beijando-me os seios, o pescoço, a boca, espalmei as minhas mãos nas suas nádegas rijas entalei-o entre as minhas pernas sentindo-lhe a erecção, - acordas sempre tão bem disposto?
- Sempre, de cada vez que tenho uma mulher linda que me agarra com tudo - pulsou contra mim, fazendo-me ir ao seu encontro.
-É uma sensação maravilhosa. –  disse-lhe, beijamo-nos novamente iniciando uma coreografia que tinha tanto de antiga como de voluptuosa, um desejo que não minguava, mesmo depois da noite de sensações que tivemos. Perdi-me no seu corpo deixei que me levasse novamente naquela torrente de paixão, Fizemos um poema!





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