𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀

capítulo 18

Juliana narrando.

Ju: Não, então. Ela anda faltando as aulas e eu preciso conversar primeiro com ela antes de tomar qualquer atitude. O Luis está junto comigo nessa.

Cadu: Luís?

Ju: É, é um professor lá da escola também. Muito meu parceiro.

Cadu: Parceiro é?—dá um gole na cerveja com a sobrancelha franzida.

Ju: É, parceiro. A Giane não é tua parceira? Tua colega?

Cadu: Deus me livre e guarde, se esse chapa for teu colega igual a Giane é minha.

Me arrumo na cadeira.

Ju: Tu tá...

Cadu: Não. Eu só comi ela uma vez só.—ri.—mas tu não deu pra esse mano aí não né?

Por cima da mesa, dou um tapinha na cabeça dele.

Ju: Me respeita!

Cadu: Ué—ri.— então tá, vou ser mais delicado. Você não está fazendo amor com esse rapaz não né? Bom assim?

Olho pra ele brava mas acabo dando risada.

Ju: Tu sabe que não.

Ele levanta da mesa e estende a mão pra mim.

Ju: Tá fazendo o que? Senta.

Cadu: Bora dançar.

Ju: Nem vem. Já to me arrependendo de ter vindo.

Cadu: Tu ama dançar que eu sei. Ainda mais pagode. To te ouvindo cantar essa música.

Ele pega me braço e me puxa de uma forma brusca e delicada ao mesmo tempo.

Cadu: tô sem você, mas tô cheio de lalaia, tô sem você, mas tô cheio de lalaia.—canta no meu ouvido me puxando pro meio com as mãos na minha cintura.

Ju: Vou matar você.

Cadu: O marcin—grita o cantor.—sorta aí Pixote-Você pode, que eu vou dedicar essa musica pra essa muié aqui ó.—me gira.

Ju: Vidote!—dou risada me segurando nele.

O cantor faz um sinal de ok e então logo a música começa.Ele me vira fazendo eu ficar de costas para ele, e apoia o queixo em meu ombro, colocando as mãos na minha cintura.

Cadu: Eu não sei se você sabe, mas preciso tanto te dizer. Tô parado aqui pensando, onde é que anda você? Será que você tá na minha? Eu sei o que você quer. Sou teu fã de carteirinha, o que?—cantarola.

Ju: —rio.— Tudo bem, seja o que Deus quiser.—canto baixinho completando.

Ele me gira fazendo eu ficar de frente com ele.

Cadu: Mas tanto que eu te falei, falei e nada. Tantas vezes que eu te pedi, pedi e nada. E se pensa que é a dona da verdade, não é nada. E agora acha que é feliz, mas tá errada.—canta sorridente me olhando.

Entro na onda dele e faço um passo de dança.

Pagode é literalmente o meu vicio. Quando me dei conta já tinha dançado inúmeras musicas e tomado inúmeras cervejas.

O Cadu me arrasta para dentro do boteco e me faz sentar em um banquinho alto quando eu ameaço tirar o salto.

Cadu: Bebe água.

Ju: Por que?

Cadu: E não tira teu salto. Se não tu vai machucar esse pezinho de princesa e eu também vou ser obrigado a tirar a camisa, sabe...