Eu lhe agradeço por ter cruzado meu caminho, você vem ganhando importância em minha vida, a cada dia que se passa. Eu sou o tipo de pessoa ausente, eu posso até ficar dias sem aparecer, mas estarei aqui sempre que precisar, eu irei enxugar cada lágr...
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Juliana narrando.
Joca: Já saiu do resguardo?
Ju: Idiota—dou um tapa nele.— já.
Vivi: —gargalha.— Então pode tomar vinho com a gente.
Pedro: Toma.—me entrega uma taça sorrindo.
Coloquei as crianças pra dormir e fechei a porta. Ficamos até quase três da manhã tomando vinho e dando risada. Fazia tanto tempo que eu não me divertia daquele jeito.
Eu me controlei no vinho, mas o Pedro, a Vivi e Joca se esbaldaram.
Joca: O vei, tô bebo. Minha gata, cê dirige.
Vivi: ah não, amor. Nem vem -estica as pernas no colo dele- tô com sono.
Ju: Oxi, dorme aqui.
Pedro: O duro é o espaço. O Fabinho quebrou o sofá, fica desconfortável dormir ali.
Ju: Dá a sua cama pra eles e você dorme lá no meu quarto.
Pedro: Tá maluca, não vou te tirar da sua cama.
Ju: Eu durmo mais na poltrona do quarto da Marcela do que na minha cama. Fica tranquilo.
Pedro: Nada disso.
Joca: Dorme os ceis dois na cama da Ju então e eu e a Vivi dorme no quarto do Pedro,fechadão.
Vivi: É ué, vocês são amigos. Dá nada não.
Pedro: Eu não..
Ju: Pode ser então. Pega lá teu travesseiro que eu uso os meus dois.—brinco.
Ele me olha meio sem graça e coça a cabeça.Conversamos por mais uma meia hora e então a Vivi e o Joca foram pro quarto e fecharam a porta.
Coloquei as taças de vinho na pia e ouvi o Joca tomando banho no banheiro do corredor. Fui pro quarto da Marcela que estava quase acordando e dei de mama pra ela, que logo pegou no sono de volta.
Ju: Minha princesinha—ajeito ela no berço.— mamãe ama tanto.—aliso o rostinho dela.
Vou pro meu quarto e coloco um pijama, e logo o Pedro aparece.
Pedro: Ó,eu durmo no chão. Não tem problema.
Ju: Larga de ser besta, deita aqui.—falo terminando de passar um creme nas mãos.
Ele dá os ombros e encosta a porta, em seguida vem do meu lado.
Pedro: Acho que a gente precisa conversar...
Ju: Não—interrompo.— não precisa não. Não agora. Está tudo bem.
Deito a cabeça no peito dele e o abraço.
Ju: Somos amigos.—beijo o rosto dele.
Ele passa a mão nos meus ombros e beija o topo da minha cabeça.
