Eu lhe agradeço por ter cruzado meu caminho, você vem ganhando importância em minha vida, a cada dia que se passa. Eu sou o tipo de pessoa ausente, eu posso até ficar dias sem aparecer, mas estarei aqui sempre que precisar, eu irei enxugar cada lágr...
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Cadu narrando.
Ju: Preciso voltar pra casa—ri.— as crianças já devem estar perguntando de mim.
Cadu: Tá. Pode ir.—sorrio.
Ela se vira e coloca o queixo no meu peito, me olhando.
Cadu: Que?
Ju: Posso ir?
Cadu: Pode uai.—dou os ombros rindo.
Ela se senta na cama com o lençol enrolado no corpo e me olha rindo com as sobrancelhas arqueadas.
Ju: Então eu vou embora.
Ela ameaça sair da cama e então eu a puxo, fazendo com que caia em cima de mim logo depois ataco seus lábios com um beijo.
Pra falar a verdade, eu ainda estou custando acreditar que eu tô nessa cama com essa mulher.
Eu pensava que ela era massa, tá ligado. Porque ela é gostosa e pá, é uma mina firmeza. Mas depois do sexo eu vi que eu estava enganado.
Ela não é massa, é sensacional. Tudo de bom ela tem. E eu tenho que tomar cuidado com isso aí, paixão não tá em cogitação.
Entre amassos e risadas, a hora passava que a gente nem via.
Ju: Mas é sério—fala rindo.— eu tinha sei lá... 16 anos.
Cadu: Meu Deus, Juliana. Não aproveitou nada a vida.
Ju: Ah e você?
Cadu: Eu beijei pela primeira vez eu tinha sei lá.. 12 anos—gargalho.— era por aí, mano. Quando eu era moleque eu catei muita mina nada ver, só por pegar tá ligado? Maior sem graça—rio.— também a favela naquele tempo era diferente.
Ju: Cresceu na favela?
Cadu: Aham. Mas eu tive muita luta na minha vida. Tanto que eu sei brigar não é porque eu treinei nada não, aprendi pra me defender mesmo tá ligado? Tu tem que apanhar pra aprender bater.
Ju: Tu nunca me conta de você—fala mexendo no meu cabelo.— da tua família e tal.
Cadu: Ah, uma hora eu te conto. Eu não gosto de falar sobre isso.
Ju: Tem alguma pessoa que tu ama? Tipo, amar de verdade mesmo.
Cadu: Minha vó. Mas ela não gosta de mim porque fala que eu sou do mundo.—ri.
Ju: E não é?—ri beijando meu rosto.
Cadu: Talvez. Cê não é?
Ju: Eu não, eu sou mãe de família.
Ela dá risada e eu a agarro novamente a beijando.
[...]
Ela foi embora era quase à noite já. Ela vem me dar um beijo de despedida e eu viro o rosto.
