capítulo 45

9.1K 590 87
                                    

Flashback 7| 18 anos

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Flashback 7| 18 anos.

Carlos Eduardo acerta um soco no rosto do irmão que cambaleia pra trás.

Carlos: Vai se fuder, tá legal? Vai se fuder! pau no cu do caralho.

Pedro: Tu me deu um soco.—limpa o sangue da boca, irritado.

Carlos vai para seu quarto, nervoso.

Pedro: A mãe vai saber disso, tá me ouvindo?—entra no quarto do irmão aos gritos.— A mãe vai saber disso!

Carlos: Ótimo!—cruza os braços.— Ótimo, conta tudo. Eu sempre sou o tão ruim da história né? o filho desgostoso, a ovelha negra da família, né não? não sou eu? enquanto o Pedro Lucas é o bom filho, o dedicado a família, né? o preferido...

Pedro: Sério isso, cara? ciúmes? Edu, tu tem ciu...

Carlos: Que porra de ciúmes o que—diz irritado.— só a minha vó pra mim já me basta. Faço caralho de questão nenhuma dessa vadia que a gente chama de mãe, que só presta pra trazer vagabundo pra dentro de casa.

Pedro: Não chama a mãe assim!—grita nervoso.

Carlos: É sim! Ela é e tu sabe disso, que não passa de uma vadia que chega bêbada ai...

Pedro avança para cima do irmão, e dessa vez quem levou socos e ponta pés foi Carlos.

Carlos: Filho da puta.—acerta um soco no irmão.

Pedro: Viado do caralho, nunca mais fala mal da minha mãe—grita enquanto se batem.— nunca... nunca mais.

O sangue de Carlos sobe e ele não mede forças.

Carlos: Tu não fica satisfeito com porra nenhuma! me tirou a minha mãe, me tirou meu pai, a maioria dos meus irmãos e a Vitória...

Pedro: Ah! tá explicado—fala tentando se defender dos socos.— a sua raiva é a Vitória ter preferido a mim do que você. Mas é claro, quem ia querer namorar um cara chato e grosseiro como você.

Pedro: Ninguém gosta de você, ninguém! Tu é um peso na família.

Naquele mês, os irmãos tiveram inúmeras brigas sérias, de ofensas um ao outro, mas nunca chegaram a se espancarem.

Pedro consegue sair debaixo do irmão que arrebentava seu rosto, e quebrou um vaso de vídeo na cabeça de Carlos, que caiu no chão.

Pedro: Não era pra ser assim, cara—grita chorando.—porra! —dá um soco na porta.

Sem que Pedro veja, Carlos levanta do chão, dessa vez totalmente consumido pela raiva.

Carlos: Tu nunca teve responsabilidade na vida. Moleque, tu é um moleque. Tu não cresce, vive e vai viver pra sempre na asa da puta da tua mãe.—diz nervoso.

Pedro: A gente tem dezoito anos, mano! Era pra ser tudo diferente—diz chorando.—era pra sermos parceiros, me diz, Edu, me diz quantas vezes saímos juntos? SEIS, seis vezes e isso porque eu insisti muito! tu nunca foi um irmão amigo. Tu é um monstro.

Carlos: Babaca—limpa o sangue da boca.—a vida toda eu tive que aliviar a porra da tua barra, tu é um moleque.—grita nervoso.

Pedro: —afirma irritado.— É, é eu sou um moleque? então quer saber de uma coisa? a única nessa casa que gosta de tu é a vó, e ela só fica do teu lado porque ela tem dó de você! ela tem pena! porque tu é um ser humano horrível, desprezível, sem amor. Ela não tem nada mais do que pena de você, por isso que ela fica do teu lado em tudo.

Nesse momento a mãe e a avó entram na casa e veem os irmãos naquele impasse.

Carlos: Eu vou matar você!—grita e parte para cima de Pedro novamente.

Sem dó e nem piedade, ele deposita toda sua raiva e toda sua força nos socos que dava no irmão, e dessa vez Pedro mal conseguia se defender.

Marcia: Para!—gritava tentando tirar um filho de cima de seu outro filho.— para com isso, Carlos Eduardo!—berrava em desespero.

Rosa: Meu filho, pare disso.—chorava enquanto tentava ajudar a mãe tirar Carlos de cima de Pedro.

Marcia: Você vai matar ele!—gritava em desespero tentando puxa-lo.— você vai matar o meu filho!

Rosa: Para por favor, Edu.—soluça.

Cadu ouve o pedido da avó mas essa hora já era tarde. Carlos Eduardo havia espancado o irmão Pedro Lucas ate o mesmo desmaiar.

Marcia: Desgraçado!—grita xingando Carlos.— filho, meu filho acorda.—chora ao lado de Pedro.

Rosa: Edu—chora acalmando Carlos.— porque fez isso, meu filho? Porque você fez isso?

Marcia: Vai embora daqui!—grita com Carlos.— some dessa casa, essa casa não é sua mais! Infeliz, imbecil. Eu odeio você.—grita com Carlos.

Ele afirma com a cabeça.

Carlos: Eu vou. Eu vou mesmo. Eu to cansado desse inferno.

Rosa: Não! não, por favor, querido. Não vá.

Carlos Eduardo começou arrumar uma mochila.

Flashback off|

𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀Where stories live. Discover now