capítulo 57

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Juliana narrando

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Juliana narrando.

Já tinha se passado um dia e o Cadu ainda não tinha aparecido, ninguém sabia de nada dele.

Ju: Por que não atende essa merda desse telefone?—jogo o celular no chão.— Inferno!

Sento na cama chorando.

Joca: Ju, calma, vei. Tu não pode se estressar assim.

Ju: Por que que ele tá fazendo isso comigo, meu? eu vou dar na cara dele hora que ele chegar aqui.

Pedro: —esfrega as mãos no rosto.— Eu vou ir atrás do Jesus lá na academia.

Ju: Eu vou contigo.

Pedro: Não. Tu já tá nervosa demais, isso não é bom pra nenê.

Ju: É o pai da minha filha!—bato o pé.—eu vou ir com você si...—sinto uma pontada na barriga e começo a ter uma terrível contração.— Ai, droga.—me sento na cama com dor.

Pedro: Que tá acontecendo? Cê ta bem?

Vivi: Amiga, que que você tá sentindo.

Ju: Calma.

Respiro fundo, com dor e me deito na cama até passar.

Ju: Sai todo mundo de cima de mim. Eu odeio isso.—falo chorando irritada.

Joca: Eu vou buscar as crianças no Gustavo e vou levar eles lá na minha casa. Bora Viviane comigo.

Ju: Não comenta nada com o Gustavo.—peço.

Vivi: Relaxa.

Eles saem de casa e o Pedro se senta ao meu lado.

Pedro: Escuta. Eu vou lá na academia e já eu volto aqui, tá bem?

Ju: Tá.—afirmo.

Ele se levanta e eu seguro sua mão.

Ju: Pedro..

Ele me olha e segura a minha mão.

Ju: Promete que vai voltar.—deixo descer uma lágrima.

Pedro: Prometo—beija minha mão.—já já eu tô aqui.

Afirmo com a cabeça e ele sai de casa.

Ju: Mas que droga, Cadu—começo a chorar em soluços.— por quê isso agora?

Me vem um enjoo terrível e eu sinto a necessidade de correr até o banheiro e colocar tudo pra fora. Eu tive dois, no máximo três enjoos durante toda minha gravidez, e esse veio carregado de raiva, tristeza e desespero.

Escovo os dentes e tomo um banho.

Ju: Calma, meu amor—aliso minha barriga.— vai ficar tudo bem—choro baixinho.— está tudo bem. A mamãe tá aqui. Papai já volta.—respiro fundo.

𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀Where stories live. Discover now