Cadu narrando.
Ouço a porta abrindo e de imediato levanto, e tenho a visão... não, escuta só o que foi que eu vi porque de momento eu achei que eu tava ficando louco.
Vejo a Juliana de primeira instância, com o rosto machucado, a boca sangrando, a roupa meio rasgada também e com o salto na mão, acompanhada de um boa pinta engomadinho, e uma menina do lado com umas bolsas.
Ela me olha e balança a cabeça negativamente. Antes que eu voe pra cima dela, ela vem até mim.
Ju: Tá tudo bem.
Cadu: Que em o que, Juliana? Aquele verme bateu em ti? É isso? Ele te bateu e tu tá me falando que tá tudo bem?
Pego minha chave da moto, apressado, e vou pra sair da casa, mas parado bem no meio da porta estava o cara bacana que deve ser o tal do professor Luís, mas que se foda também quem ele é ou deixa de ser.
Ju: Vidote, onde você vai?—fala vindo atrás de mim.
Cadu: O seu mula, vai ficar parado aí na minha frente e eu vou ter que passar por cima de você mesmo?—falo pro cara.
Luís: Desculpa.—abre passagem.
Ju: Volta aqui.—fala indo atrás de mim.
Cadu: Eu te disse que tu não devia ter ido lá sozinha, porra. Ninguém machuca assim você e sai ileso não, tá me entendendo? Eu vou acabar com a raça desse filho da puta.
Ju: Cadu, para—entra na minha frente.—para. Agora não—ela coloca as mãos no meu peito.— por favor, ele ficou desacordado lá, eu... eu sei me defender, cara—ri.— se tu for lá agora, a mulher dele vai chamar a polícia e vai falar que foi tu que fez a merda.
Cadu: Merda, Juliana? Ó a merda aí—aponto pra dentro da casa dela.— então esse boçal desse professor de matemática tava lá pra tu e eu não? -falo estressado.
Ela ri e abaixa a cabeça.
Ju: Cadu, entra pra dentro comigo. Depois a gente vê o que faz. Tá tudo bem, eu prometo.—deposita um beijo demorado em meu rosto.
Continuo com a cara amarrada.
Cadu: manda esse cara vazar, ele já fez o que tinha que fazer já. Quem cuida de ti agora sou eu -falo bravo-
Ela ri e afirma com a cabeça. Volto pra dentro da casa com ela.
Ju: Obrigada por tudo viu -sorri-
Luís: Tem certeza que vai ficar bem, Ju?—diz preocupado.
Me seguro pra não responder à pergunta dele. É claro que ela vai ficar bem, seu bosta, eu tô aqui com ela agora.
Ju: venha, querida—chama a garota.— pode usar o banheiro do corredor que eu vou tomar um banho no do meu quarto.
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𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀
Teen FictionEu lhe agradeço por ter cruzado meu caminho, você vem ganhando importância em minha vida, a cada dia que se passa. Eu sou o tipo de pessoa ausente, eu posso até ficar dias sem aparecer, mas estarei aqui sempre que precisar, eu irei enxugar cada lágr...