capítulo 60

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Meses depois

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Meses depois

Juliana narrando.

Pego ela no colo, se esgoelando naquele choro ardido e eu perco a noção das lágrimas no meio do sorriso.

Ju: Meu amor—beijo a mãozinha dela.— você é tão linda.—choro sorrindo.

Ela vai se acalmando e coloca a mãozinha no meu rosto. Eu fico sem ter de onde tirar tantas lágrimas, eu... eu estou muito feliz.

Eles a tiraram de mim e depois de uns quinze minutos eu fui pro quarto.Foi aquela festa com as crianças, o Pedro chorou junto, o Fabinho ficou apaixonado e a Aninha foi carinhosa com a irmã.

Eu não conseguia, eu não conseguia parar de olhar pra ela e agradecer a Deus por ela ter nascido tão linda, tão saudável.

Ela mamou bastante duas vezes e as enfermeiras estão o tempo todo vindo aqui. O médico também já fez a visita, já a levaram pra fazer todos os testes e ela está vem por centro saudável.

Quando tudo se acalmou, a euforia passou, o Fabinho e a Aninha dormiram no sofá e o Pedro saiu para comer alguma coisa, eu tentei afastar os pensamentos sobre o Cadu da minha cabeça. Mas parecia que naquele momento ficava impossível olhar pra ela e não lembrar dele.
Marcela. Ele que escolheu.

Ainda não dá pra saber com quem ela parece mais ou menos mas... pensar nele me deixa muito triste, me deixa... arrasada.

O Pedro não se convence. Ele diz que o irmão jamais faria isso comigo e que tem alguma coisa de errada mas não... ele não está desaparecido. Ele posta fotos e fotos e mais fotos na luxúria com aquela vagabunda barata. Eu nunca, nunca vou perdoar ele por isso, e ele não vai chegar perto da minha filha.

Vivi diz que isso é errado porque ele errou comigo e não com a Marcela. Mentira. Ele errou com a minha filha sim. Errou com ela quando abandonou a mãe dela sozinha, grávida, pra ir embora com uma vadia que estragou a nossa vida. Ele errou com a minha filha quando ousou duvidar se ela era realmente filha dele.

A raiva que eu tenho, o ódio, o nojo... isso vai ficar pra sempre e não há o que ele fale que vai me fazer mudar de ideia.

E o dia que ele aparecer, SE ele aparecer, ele não vai chegar nem perto da minha menina.

Ju: A mamãe te ama—beijo a mãozinha dela.— muito muito muito.—sussurro enquanto ela dorme nos meus braços.

Cadu narrando.

Senegal: Tudo preparado, que hoje é dia de fotos.

Cadu: Chega dessa merda. Não vou mais fazer isso.

Ele dá risada e não fala nada.

Senegal: Tá linda nesse vestido, querida.—olha pra Giane que sorri.

Giane: Pode sentar aqui.

Senegal: Não, fique na porta do carro assim—arruma ela.— Cadu, venha, filho.

Cadu: —cruzo os braços.— Não—falo firme.— isso é ridículo. Tá o mundo todo me julgando e dizendo o quanto eu sou o cara mais idiota e babaca, tu tá manchando minha imagem, eu tenho uma mulher, eu tenho filha, que tipo de monstro é você?

Senegal: Cadu...

Cadu: Não, vai se fuder, não vou fazer isso.

Seis pias carregam seus fuzis e apontam pra mim.

Cadu: Vai, atira, filho da puta—olha pra um deles.—mata logo, mata que eu prefiro isso, pior que tá não vai ficar, aqui que é o inferno. Mas se eu morrer eu volto pra te buscar, seu verme do caralho.—olho pro Senegal.

Senegal: Abaixem as armas.

Os moleques teimam.

Senegal: Abaixa essas porra, caralho!—grita firme.

Senegal: Carlos Eduardo. O pai vai falar mais uma vez contigo. Gigi tá te esperando para as fotos.

O afronto e encaro firme.

Cadu: Não vou tirar porra nenhuma de foto.

Senegal: Não vai?

Nego com a cabeça.

Senegal: Então tá. Então não vai.

Relaxo os ombros e ele se levanta da cadeira.

Senegal: Traz meu telefone.

Em dois minutos ele abre o celular e vem até mim, entrega na minha mão com o sorriso mais leve do mundo.

Senegal: Sabe quem é?

Olho pra foto de um neném recém nascido e meu olho arde.

Senegal: Sabe quem é, seu imbecil?—repete bravo.

Cadu: —engulo seco.— Quem?

Senegal: A pequena Marcelinha—sorri.— filha da querida Ju... sua.. sua filhinha também.

Cadu: Nasceu—sussurro olhando pra foto.— nasceu.—deixo uma lágrima escapar.

Ele traz a mesma foto, revelada em tamanho médio.

Tomo a foto da mão dele e fico olhando, é a Juliana em um quarto de hospital com a neném no colo, em uma roupa clarinha, quase branca, meu irmão do lado segurando a Aninha e do outro lado da Ju o Fabinho.

Senegal: Se levantar essa bunda dessa cadeira e ir tirar as fotos com a Giane, essa foto aí é toda sua. Caso continue fazendo mal criação, eu tomo essa foto de você e tu não vê nunca mais. Tá entendendo, caralho?

𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀Where stories live. Discover now