capítulo 19

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Juliana narrando.

Acordo com a luz do sol fortíssima em meu rosto. Sento na cama esfregando os olhos e depois de cinco segundos ainda dormindo sentada, abro os olhos.

Vejo o Cadu desmaiado ao meu lado, e sem camisa. Olho pra mim e me vejo com uma camiseta masculina e uma boxer.

Ju: Ai, ai, ai, ai meu Deus!—levanto correndo da cama.— Vidote acorda.—empurro ele.

Cadu: Pera só um pouquinho.—diz rouco.

Ju: Pelo amor de Deus, que que a gente fez.—falo desesperada procurando minhas roupas.

Ele coloca o travesseiro na cara e vira de costas dormindo.

Ju: Cadu, acorda.—falo apavorada mexendo com ele de novo.

Cadu: Que, Ju? Pera aí, carai, tá cedo.

Me sento na cama ao lado dele e tiro o travesseiro de seu rosto. Ele se vira bravo e me olha com cara de sono.

Cadu: Não, Juliana, não. A gente não trans.. na verdade a gente nem beijou. Tu bebeu mais do que devia, arrumou confusão com o teu ex e com a Giane no boteco porque tu chamou ela de empata foda, te trouxe pra minha casa, tu tomou banho e apagou. Ah, e eu to aqui por que tu pediu pra eu deitar contigo, suavão, não fizemos nada, patroa. Agora deita aqui e dorme, é que hora agora?

Ju: Sete.—falo digerindo tudo o que ele contou.

Me jogo ao lado dele na cama.

Ju: Que vergonha, Cadu—tampo o rosto.— meu, que vergonha. Eu sou mãe de família...

Cadu: Ju—passa o braço no meu pescoço.— dorme. Depois nois toma café ali no tio João e nois conversa direito.

Levanto pra fechar a cortina que dava toda claridade pro quarto e depois me jogo na cama ao lado dele novamente.

Ju: Meu Deus Carlos Eduardo que vergonha—falo arrumando o edredom.— eu não sei onde vou enfiar a minha ca...

Cadu: —gargalha gostoso.— Cala boca.—me puxa pro lado dele.

A gargalhada dele acaba me fazendo sorrir leve, eu estou morta de vergonha mas é impossível não se arrepiar com uma risada dessa tão pertinho de mim.

Nem acredito que não beijei ele.

Ju: A gente não se beijou mesmo?

Ele abre os olhos e me olha.

Cadu: Quer que eu te beije agora? Eu só vou escovar os den...

Ju: Para.—rio.

Ele ri e se arruma no travesseiro.

Cadu: Não, a gente não se beijou, mina. Não ia fazer nada contigo pra depois tu dar as cria e botar a culpa em mim ainda, mulher é mestra nisso.

Cadu narrando.

Acordamos novamente era onze horas da manhã. Tomamos café ali em casa mesmo porque ela não queria sair daquele jeito.

Na hora de ir embora, ela colocou o vestido dela e por cima uma camiseta minha, pelo decote ser enorme e ela não querer sair assim na rua.

Cadu: Beleza, vai lá. Manda um beijo pras crianças.

Ju: Tá bom. Obrigada por tudo viu.—fala desfazendo o abraço.

Cadu: É nois, patroa.

Ela ri e eu abro o portãozinho.

Cadu: Direto pra casa em.

𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀Onde as histórias ganham vida. Descobre agora