capítulo 49

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Juliana narrando

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Juliana narrando.

Entramos e a música estava torando. Eu odeio essa boate porque tem muita prostituta, mas tirando isso, é aqui que tem a bebida mais gelada. E eu vou direto pro bar.

Ju: Moço, faz favor—tiro o dinheiro da bolsa.—uma corona pra mim.

Pedro: Deixa que eu pago o dela.—coloca dez reais no balcão.

Ju: Pedro—sorrio.— tu aqui?—cumprimento com um abraço.

Pedro: Eu tô morando duas ruas aqui baixo. E tu aqui? sozinha?

Ju: É... eu vim com umas amigas.—aponto pra eles e ele as vê.

Pedro: Só a nata em!

Dou uma gargalhada com a cara que ele faz e me sento ali.

Ju: E tu tá com quem aqui?—dou um gole na cerveja.

Pedro: Sozinho. Só vim beber. Mas é meio tenso a coisa aqui em.—ri olhando para umas prostitutas.

Ju: —gargalho.— Pronto, elas já me viram aqui com você e não vão vir mais dar em cima de ti.

Pedro: E esse poder todo vem de onde?

Ju: Provavelmente elas estão achando que tu é o Vidote. E eu já acabei com raça de duas que entrou aí no meu caminho.

Pedro: Que isso em.—ri.

Ju: Mas vem—me levanto.—vou te apresentar minhas amigas. Tem uma super solteira, super gata.—dou risada.

Pedro: —gargalha.— Ixi. Sei não hoje em.

Ju: Pra descontrair.—pisco pra ele.

Por um momento acabo lembrando de quando eu conheci o Cadu, de quando a gente se encontrou em uma boate assim. Foi igualzinho, eu arrumei ele pra uma amiga minha e hoje eu fui pedida em casamento por ele. É até engraçado.

Carla: Oxi, Vidote. Cê veio?

Ju: Não! gente, esse é o irmão do Cadu. Pedro Lucas.

Vivi: Jesus na cruz!—coloca a mão na boca.

Luana: Mentira, vei!—olha pro Pedro.

Carla: É muito igual.—diz impressionada.

Elas ficaram de queixo no chão, mas logo eles já se enturmaram e começamos a nos divertir juntos. Eu, Carlinha, Vivi, Luana, Gabi e o Pedro.

Pedro: Mano, tenho 28—ri.—e você?

Carla: 22.—torce a boca.

Pedro: Ixi, novinha em.

Ju: Ê! tô de olho em, resenhando meu cunhado.

Luana: Mais bonito que o Cadu, só dois dele. E agora tem dois!—ri.

Ju: Ah, falando nele, deixa eu contar! Ele me pediu em casamento hoje.—rio e mostro o anel.

Gabi: Ai que tudo!!!—me abraça.

Pedro: Olha só.—ri e ergue a cerveja em sinal de brinde.

Vivi: Um brinde aos pombinhos!

Fizemos um brinde com a cerveja mesmo.

Fui com o Pedro até o bar buscar mais uma cerveja mas no caminho uma moça esbarrou em mim e acabou derrubando cerveja no meu vestido.

Ju: Mas que droga!

Ela só pede desculpa e sai. Mal educada.

Pedro: Vai manchar. Vamo limpar.

Chego com ele no bar e ele pede uns guardanapos e água.

Ju: Ai que coisa, eu tenho uma sorte.—falo enquanto limpo meu vestido.

Ele molha um guardanapo com água e me ajuda limpar. Naquele tumulto, alguém tromba nele e ele dá um passo pra frente, ficando muito mais próximo de mim.

Ele continua limpando e então eu o olho e respiro fundo.

É muito estranho porque mesmo ele e o Cadu sendo iguaizinhos fisicamente, são duas pessoas completamente diferentes. O jeito de falar, a maneira de agir, a calma e a paciência que o Pedro tem, o riso fácil, a serenidade no olhar. Tudo o contrário do Cadu.

Acho que ele percebe que eu estou o olhando e ele me encara ainda limpando o meu vestido.

Ju: Hã..—respiro fundo e limpo a garganta.—obrigada.—falo sem graça.— espero que não fique a mancha mesmo.

Pedro: Vai ficar não.—diz olhando em meus olhos.

Cadu narrando|

Não consigo pegar no sono de jeito nenhum, então levanto e tomo um banho, resolvo me arrumar pra ir na boate que a Juliana está.

Eu pedi ela em casamento hoje, na verdade nem era pra ter sido hoje, mas eu não ia saber fazer de outro jeito. Ela me conhece e sabe que eu sou um zero à esquerda quando o assunto é romantismo.

Termino de me arrumar e pego a moto, indo em direção a boate. Pago a entrada e logo vejo a Vivi.

Cadu: Beleza?—a cumprimento com um beijo no rosto.

Vivi: Tudo bem, fofinho. A Ju tá ali no bar com o teu irmão ó.—aponta.

Cadu: Como é que é?

Vou indo em direção ao bar e meus olhos já pegam fogo de raiva. Eu não to acreditando que ela marcou de sair com esse cara. A história vai se repetir tudo de novo? Tá de brincadeira com a porra da minha cara.

Chego até eles que nem notam minha presença porque batem um papo com risadas. Isso me deixa com mais raiva do que eu já estava.

Cadu: Que porra é essa aqui?—chamo a atenção dos dois.

𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀Where stories live. Discover now