capítulo 41

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Juliana narrando

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Juliana narrando.

Ju: Ah eu não acredito que você veio me acordar uma hora dessa pra falar de Cadu. A gente brigou tá legal? Aquele idiota terminou comigo.

Ela mexe no celular e então me interrompe.

Vivi: Ju, o Cadu tá no hospital.

Ju: O que?

Pego o celular da mão dela e vejo uma mensagem do meu primo: "eu trouxe ele p hospital, tava muito machucado. Manda a Ju vir pra cá e fica aí com as crianças".

Ju: O que que aconteceu, Viviane?—falo nervosa.

Vivi: A gente encontrou ele desmaiado no meio da rua. Parecia que tinha sido espancado, olha... Ju, vai pro hospital. Eu fico aqui com as crianças.

Me sento na escadinha do meu portão e coloco as mãos sobre a cabeça.

Ju: Eu não aguento mais, eu não aguento mais—falo chorando.— o que que tá acontecendo com a minha vida?

Vivi: Amiga—me abraça.— para com isso. Isso é só uma fase ruim, vai passar. Eu tô aqui contigo, Ju.

Continuo chorando mas resolvo parar.

Ju: Tudo bem eu... eu vou lá trocar de roupa e ir nesse hospital ver que que esse imbecil fez pra apanhar na rua.

Ela entra pra dentro comigo e já pega um pijama meu emprestado. Coloco uma calça jeans e uma blusa de alcinha branca, pego uma jaqueta por estar de madrugada e ser mais friozinho.

Coloco uma sandália de salto e só escovo os dentes rapidinho. Pego minha bolsa e coloco carteira, carregador, celular e o necessário.

Ju: Não precisa mandar as crianças pra escola não, tá? Hora que eles acordarem coloca o desenho aqui no quarto e faz uma mamadeira, se tu não souber a Aninha te ajuda, ela sabe.

Vivi: Ok, eu me viro. Não se preocupa—me dá um beijo no rosto.— vai cuidar do teu homem.

Ju: Não é mais, a gente tá brigado.

Vivi: Juliana!—repreende.

Pego as chaves do carro e tiro o mesmo da garagem. Vou até o hospital que a Vivi disse, dou meu nome e logo consigo entrar no quarto.

Joca: Que bom que tu veio.—me abraça.

Ju: O que aconteceu?

Joca: Não sei, ele não acordou ainda. Mas apanhou e apanhou feio.

Vou pra perto do Cadu e me sento na cama ao seu lado.

Ju: Eu estou aqui, querido.—beijo o rosto dele.

Faço um carinho em sua bochecha e deito em seu peito.

Joca: Ju, eu vou mandar trazer uma coberta pra você. Tá meio frio.

Concordo com a cabeça.

Joca: Tem certeza que vai ficar bem?

Ju: Tenho, obrigada viu.

Ele dá um beijo na minha testa.

Joca: Qualquer coisa liga.

Ele sai de lá e eu me ajeito no sofá com um travesseiro e uma coberta. Fico mexendo no celular até pegar no sono.

Acordo assustada, e olho o horário no celular. Oito e meia.

Levanto do sofá meio sonolenta e vou olhar o Cadu.

Ju: Droga, ainda não acordou.—passo a mão no rosto dele

Vou pro banheiro e quando volto fico mexendo na minha bolsa, até ouvir ele se mexendo.

Cadu: Ju..—fala grogue.

Levanto rápida do sofá e vou até ele. Me sento na cama ao seu lado e pego na mão dele.

Ju: Oi, meu amor.—beijo o rosto dele.

Cadu: Cui.. cuidado.—fala com dor.

Ju: Ai, desculpa. Eu vou chamar uma enfermeira.

[...]

Dr: Vamos te manter aqui em observação mais alguns dias, Carlos Eduardo. Houve ferimentos na costela, no joelho, nos braços também. Peço que seja paciente no processo de recuperação.

Ju: É, ele vai ser.

Ele me olha bravo e logo o Doutor sai da sala.

Cadu: Tá fazendo o que aqui? A gente terminou.

Ju: A gente já voltou.

Cadu: Quem disse isso?

Ju: Eu to dizendo. E para de chatice, acordou faz meia hora e já tá ranzinza.

Ele continua com a cara fechada e eu corro sentar ao seu lado na cama.

Ju: Cadu... quem fez isso contigo.

Ele respira fundo.

Cadu: Sei lá, eu tava bêbado.

Ju: Bêbado?

Cadu: É, ué. Tinha largado da muié, tava mal, carquei os caneco no bar, aí me fecharam quando eu tava indo pra casa. Tava em uns... oito peão.—fala dolorido.

Ju: Ô meu amor.—faço um carinho nele.

Cadu: Juliana...

Ju: Vai um pouquinho pro lado, devagar.

Ele rola os olhos e faz o que pedi. Me deito ao seu lado e o abraço, deitando a cabeça em seu peito.

Cadu: To falando sério contigo, mano. Nois acabou.

Ju: Cadu, vamo deixar isso pra lá, meu gato. Foi uma briga. Casais tem brigas assim, e depois se resolvem. Você tá machucado e tu querendo ou não eu vou cuidar de ti.

Cadu: Mas tu..

Ju: Não! já chega.

Olho pra ele.

Ju: Me dá um beijo aqui.

Cadu: Isso tá ridículo. Coisa de adolescente.

Dou os ombros e roubo um beijo dele. Depois de uns tempos começamos a conversar.

Cadu: Ninguém nesse morro tem motivo pra fazer isso comigo... eu acho.

𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀Onde as histórias ganham vida. Descobre agora