Eu lhe agradeço por ter cruzado meu caminho, você vem ganhando importância em minha vida, a cada dia que se passa. Eu sou o tipo de pessoa ausente, eu posso até ficar dias sem aparecer, mas estarei aqui sempre que precisar, eu irei enxugar cada lágr...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Pedro narrando.
Dias depois da Ju ganhar neném, eu seguia cada vez mais firme na busca pelo meu amor.
Eu já descobri tudo. Eu tenho informantes dentro daquela academia e depois de meses eu consegui chegar a afirmação de que eles está sendo mantido em cárcere privado por uma gangue clandestina que tem acordos com a academia. Segundo o que me disseram, meu irmão recusou muitas lutas, lutas sujas que valiam uma grana preta do caralho, e agora ele está tendo que acertar as contas.
Ninguém sabe onde ele está mas eu não vou dormir direito enquanto não encontrar o meu irmão.
O pior é que a sujeira é tanta que ainda estão postando fotos nas redes sociais do Edu como se ele tivesse postando, com carros, piscina, a vagabunda da Giane e eu até bloqueei ele do instagram da Juliana pra ela não ver essa baixaria.
Pedro: —entro no quarto.— Dormiu?
Ela afirma com a cabeça sorrindo olhando pra pequena.
Pedro: Ela é lindinha demais, Ju.—sento ao lado dela na poltrona.
Ju: Sim—sorri boba.— ela é linda.
Pedro: Olha—tiro do bolso uma caixinha.— eu trouxe isso pra ela. Presente.
A Ju a coloca no berço e pega a caixinha da minha mão.
Ju: Meu Deus, Pedro—olha encantada.— que coisa mais linda.
Ela coloca a pulseira de ouro com o nome Marcela gravado no braço da neném.
Ju: Deve ter sido muito caro. Não quero que gaste com a gente assim.
Pedro: Oxi, cê tá loca? é minha sobrinha. Vou mimar de todas as maneiras possíveis.
Ju: —gargalha.— Você é demais. Obrigada.—se aproxima e beija meu rosto.
Ela da um beijo demorado e sem querer sinto um frio na barriga ao levar a mão na cintura dela.
Ju: Você é.. a pessoa mais incrível que eu já conheci no mundo.
Apoio o queixo no ombro dela.
Pedro: Você também.—sussurro.
Sinto ela sorrir e desfaço o abraço.
Pedro: Hã.. eu vou.. vou—droga, gaguejar?.— vou buscar alguma.. alguma coisa pra janta.
Ju: Ah, então vou ligar pro Joca e pra Vivi virem.
Pedro: Demorô.
Tropeço em um brinquedo e ela ri de mim. Saio rápido do quarto e pego a chave do carro.
Pedro: Querem ir buscar pizza com o tio?
Aninha: Eu quero ir!
Fabinho: Vou ficar cuidando da minha mãe.—se estica no sofá.
Pedro: Então bora Aninha.
É difícil, tá ligado? Ela é uma mulher muito bonita, é atraente, gata, humilde, simpática. É tudo de bom. Não é só corpo que atrai, é tudo. O jeito que ela fala comigo, o jeito que ela sorri, a risada dela, a cara de cansada de manhã depois de ficar à noite toda acordada cuidando da Mar, tudo nela é bonito.
Mas eu não posso, eu não... não posso. Meu irmão iria me matar e eu não faria isso com ele de novo, ainda mais agora.
Aninha: Você sabe onde está o panaca do Cadu.
Olho pra ela e não falo nada.
Aninha: Sei que sabe. E não disse nada a minha mãe porque ela jamais acreditaria na inocência dele.
Pedro: Tu é bem esperta.
Aninha: Não. Ela gosta de você.
Olho pra ela novamente sem dizer nada.
Aninha: Ela gosta de você como ela gostava do Cadu. Não só como amigos. Você entende. Mas ela sabe que você não quer nada com ela por causa do babaca do teu irmão que abandonou ela, é por isso que ela não te conta. Mas ela gosta de você.
Demoro pra falar alguma coisa.
Pedro: É, e ela está certa. Jamais teríamos alguma coisa. Não vou fazer isso com o meu irmão. Agora chega porque isso é assunto de gente grande, pequena—bagunço o cabelo dela.— você leva os refrigerantes e eu levo as pizzas, toma.
Aninha: Tá—pega os refrigerantes.— só deixa eu dizer mais uma coisa? Se não pode corresponder o que minha mãe sente por você, é melhor que saia das nossas vidas, pelo bem dela.
Pedro: Aninha, eu...
Aninha: Nossa você pediu pizza de bacon, é minha preferida!
Entro no carro e suspiro.
Pedro: Coloca o cinto.
Voltamos pro apartamento e o Joca já está lá com a Vivi.
Joca: E aí, irmão.—me cumprimenta.
Pedro: De boa?—cumprimento ele.— tudo bem, Viviane?
Vivi: Tudo, Peu. João vem pra cá vem.
João é o filho do Joca, mas a Vivi também trata como se fosse dela.
Ju: Hmmm, coloca ali na cozinha—fala sobre as pizzas.— to terminando de arrumar a mesa.
Vivi: Gente vocês já sabem pra quem vão votar nessas eleições?
