capítulo 59

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Juliana narrando

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Juliana narrando.

Pedi ao Gustavo que não fale nada com ninguém sobre mim. Enquanto o Pedro pegava sua bolsa dentro de sua casa, eu fui ajudar as crianças a colocar o cinto.

Fabinho: Pa onde a gente vai?

Ju: Não se preocupe com isso, amor. Deita a cabecinha no travesseiro e tenta dormir.

Dou a chupeta pra ele e ele logo fecha os olhinhos.

Ju: Filha, tudo certo com o cinto?

Aninha: Sim.—ela respira fundo.—eu te disse que aquele homem não prestava.

Não respondo nada e fecho a porta dela.

Volto pro meu banco e espero o Pedro que não demora muito pra vir.

Pedro:Já entreguei a chave da casa pro dono. O que vai fazer com a sua?

Ju: Não quero pensar nisso agora.—deito a cabeça no banco.

Já se passava das onze da noite e o Pedro lembrou que ainda tinha seu antigo apartamento que ele comprou quando chegou aqui no Rio.

Pedro: Não é muito grande mas acho que serve até procurar uma coisa maior.

Ju: Tá ótimo, Pedro.

As crianças assistiram desenho no meu celular, sentados no sofá, enquanto eu e o Pedro passávamos um pano no chão e abria as janelas, trocava a roupa de cama e tirava o pó.

Fizemos só o necessário, bem rápido.

Coloquei lençóis limpinhos nas camas e travesseiros que eu tinha levado, fiz a mamadeira das crianças e os coloquei pra dormir. Arrumei outra cama no outro quarto pro Pedro e eu dormiria com as crianças mesmo.

Pedro: Tem certeza que não quer a cama pra você? Eu durmo no sofá.

Ju: Não, acha. Eu me mexo à noite toda e levanto, por causa da barriga—rio.— tudo bem. Precisamos descansar.

Pedro: Demorô. Qualquer coisa me chama.

Ele me dá boa noite e eu fecho a porta.Abro minha mala e me ajeito para dormir.

Ju: Ai, Cadu. Eu sinto tanto a sua falta—me sento na cama olhando para as crianças.— porque fez isso com a gente? Porque fez isso comigo, Cadu? Com a sua filha..—limpo o rosto.— volta pra mim. Volta me explicar isso, eu... eu preciso que olhe nos meus olhos e fale isso.—soluço e aliso minha barriga.

Cubro as crianças e fecho um pouco da janela.

Me deito para dormir mas não consigo. A Marcela está chutando sem parar e me dá muita falta de ar e desconforto.

Amanhã preciso ir atrás de uma casa ou um apartamento. Torcendo para que a bolsa não estoure.

Cadu narrando.

Senegal: Notícias pra tu, filho.—abre a cela.

Olho pra ele com a cara fechada.

Senegal: A dona flor de seus dois maridos caiu direitinho na história de que tu tá todo ticudão com Gigi e que quer que ela se foda com a criança e teu irmão.—solta uma risada longa.

Acerto seu rosto com um soco e cuspo no mesmo, e logo os capangas dele já vem pra cima de mim.

Senegal: Não devia fazer isso, filhão. O pai cuida tão bem de ti—ri.— mas só pra tu saber, Juliana deixou o morro ontem, com seus três filhos e... seu irmão querido—sorri e da os ombros.— te avisei que ela era uma vadia. Não tem nem 3 meses que tu sumiu e ela já botou a fila pra andar.—gargalha grande.

Começo a gritar o xingando de tudo quanto é nome e me prendem de volta.

Cadu: Vai pagar por isso—grito balançando as grades.—vai pagar por isso seu filho da puta.

Dou três murros na parede e minhas mãos começam sangrar.

Giane: Cadu para com isso, Cadu! Para! é pior.—grita me abraçando.

Deito a cabeça em seu ombro soluçando de chorar dizendo coisas das quais eu nem sei, só estou... com o meu coração quebrado. Um tiro, por Deus que está no céu, um tiro doeria menos.
Eu não vou suportar isso. Eu prefiro morrer, eu prefiro me matar do que viver assim. E se eles vacilarem eu juro por Deus que pego a primeira arma e atiro em mim mesmo.

Começa a me passar pela cabeça todas as imagens da Juliana, nossos momentos juntos e ao mesmo tempo uma raiva repentina me consome. Como assim ela foi embora com o meu irmão?

Será... será que... será que ela tendo alguma coisa com ele, não... não pode ser meu Deus não faz isso comigo.

A Giane me abraça forte e eu precisava de um colo agora se não eu ia me destruir

Giane: Calma—passa a mão na minha nuca.— vai passar, Vidote. Tudo passa. Tudo vai ficar bem.—aperta o abraço enquanto eu sigo chorando com a cabeça em seu ombro.

𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀Where stories live. Discover now