Cadu narrando.
Ouço uma movimentação e então consigo ouvir uns disparos.
Cadu: Chegaram.—sorrio.
Abro minha porta e logo um capanga aponta o fuzil pra mim. O golpeio e bato com a arma em sua cabeça. O cara vai no chão e eu pego o fuzil, coloco nas minhas costas e dou de cara com o Senegal.
Senegal: Quem te deu permissão pra estar com esse fuzil, rapaz?
Dou um golpe na região de suas pernas e ele cai no chão, soltando um rugido terrível.Pego o fuzil e coloco em seu pescoço, o sufocando.
Cadu: Vai parar todo o teu exército agora, se não eu não vou ter piedade em te encher de bala. Tá entendendo?
Com falta de ar, ele concorda com a cabeça e ouço os gritos de uma voz que eu conheço bem. Corintiano.
A sala é invadida por uma chuva de bala e arrasto o Senegal pra um canto, pois ele foi atingido.
Estávamos em meio de um tiroteio terrível, eu não enxergava nada, só ouvia gritos e tiros e pessoas caindo o tempo inteiro. Fazia tempo que eu não passava por uma coisa dessas.Pedro: Edu.—me grita.
Largo o homem lá e olho pro Pedro com uma arma na mão.
Cadu: Pedro.—sorrio ao vê-lo.
Vou de encontro com ele quando sou atingindo por uma bala na barriga.
Solto um gemido de dor e caio em cima de uma mesa.Ouço uma gritaria e o Pedro corre até mim.
Pedro: Edu? Edu tá me ouvindo?
Cadu: Tá tudo bem.—falo com falta de ar e coloco a mão na barriga.
Pedro: Vou te tirar daqui. Ajuda.—grita.
Cadu: Eu tô bem—respiro fundo.—me ajuda levantar.
Ele tira a camiseta e me dá a mesma pra eu poder estancar o sangue. Consigo me levantar e pegar um fuzil pra ajudar.
Pedro: Vem por aqui.—me empurra.
Cadu: Tu nunca pegou numa arma, moleque. Vai que eu te dou cobertura.
Pedro: Tu tá ferido, irmão. Anda logo.
Afirmo e passo na frente, quando ouço um grito dele atrás de mim. Ele cai no chão cuspindo sangue e eu vejo que ele está com uma bala no peito.
Cadu: Pedro—me apavoro e volto correndo até ele.— Pedro.—puxo ele no meu colo.
Pedro: Deixa...—cospe sangue.— me deixa aqui. Precisa sair.
Com dificuldade ele tira do bolso a chave de um carro e da na minha mão.
Cadu: Que porra de sair daqui, tu vem comigo. Precisa respirar e ficar vivo, seu filho da puta.—puxo ele.
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𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀
Teen FictionEu lhe agradeço por ter cruzado meu caminho, você vem ganhando importância em minha vida, a cada dia que se passa. Eu sou o tipo de pessoa ausente, eu posso até ficar dias sem aparecer, mas estarei aqui sempre que precisar, eu irei enxugar cada lágr...