capítulo 66

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Cadu narrando

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Cadu narrando.

Ouço uma movimentação e então consigo ouvir uns disparos.

Cadu: Chegaram.—sorrio.

Abro minha porta e logo um capanga aponta o fuzil pra mim. O golpeio e bato com a arma em sua cabeça. O cara vai no chão e eu pego o fuzil, coloco nas minhas costas e dou de cara com o Senegal.

Senegal: Quem te deu permissão pra estar com esse fuzil, rapaz?

Dou um golpe na região de suas pernas e ele cai no chão, soltando um rugido terrível.Pego o fuzil e coloco em seu pescoço, o sufocando.

Cadu: Vai parar todo o teu exército agora, se não eu não vou ter piedade em te encher de bala. Tá entendendo?

Com falta de ar, ele concorda com a cabeça e ouço os gritos de uma voz que eu conheço bem. Corintiano.

A sala é invadida por uma chuva de bala e arrasto o Senegal pra um canto, pois ele foi atingido.
Estávamos em meio de um tiroteio terrível, eu não enxergava nada, só ouvia gritos e tiros e pessoas caindo o tempo inteiro. Fazia tempo que eu não passava por uma coisa dessas.

Pedro: Edu.—me grita.

Largo o homem lá e olho pro Pedro com uma arma na mão.

Cadu: Pedro.—sorrio ao vê-lo.

Vou de encontro com ele quando sou atingindo por uma bala na barriga.

Solto um gemido de dor e caio em cima de uma mesa.Ouço uma gritaria e o Pedro corre até mim.

Pedro: Edu? Edu tá me ouvindo?

Cadu: Tá tudo bem.—falo com falta de ar e coloco a mão na barriga.

Pedro: Vou te tirar daqui. Ajuda.—grita.

Cadu: Eu tô bem—respiro fundo.—me ajuda levantar.

Ele tira a camiseta e me dá a mesma pra eu poder estancar o sangue. Consigo me levantar e pegar um fuzil pra ajudar.

Pedro: Vem por aqui.—me empurra.

Cadu: Tu nunca pegou numa arma, moleque. Vai que eu te dou cobertura.

Pedro: Tu tá ferido, irmão. Anda logo.

Afirmo e passo na frente, quando ouço um grito dele atrás de mim. Ele cai no chão cuspindo sangue e eu vejo que ele está com uma bala no peito.

Cadu: Pedro—me apavoro e volto correndo até ele.— Pedro.—puxo ele no meu colo.

Pedro: Deixa...—cospe sangue.— me deixa aqui. Precisa sair.

Com dificuldade ele tira do bolso a chave de um carro e da na minha mão.

Cadu: Que porra de sair daqui, tu vem comigo. Precisa respirar e ficar vivo, seu filho da puta.—puxo ele.

𝐉𝐔𝐋𝐈𝐀𝐍𝐀Where stories live. Discover now