T h i r t y - T h r e e

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T h i r t y  -  T h r e e 

{Sugestão musical; The quite, Troye Sivan}

Elaine

Era engraçado como tínhamos chegado a este ponto, um bando de adolescentes um tanto embriagados a correr no meio da estrada guiados por uma rapariga acabada de conhecer. Cabelos ao vento, gargalhadas de cortar a respiração, gritos de entusiasmo, libertação. Ao correr o mais rápido que conseguia, ainda tinha tempo para observar o espaço á minha volta; árvores, flores, arbustos, e uma ou outra habitação. O vento não estava muito forte nem muito frio, e isso era uma mais-valia para nós.

- Agora vamos escalar, caros amigos. – Larissa mordiscou o lábio. – Já chegámos, só precisamos de saltar a rede.

Observei a paisagem na minha frente, existia uma rede alta que nos proibia a entrada para o campo do outro lado. Pelo que conseguia ver com a iluminação fraca dos candeeiros noturnos, todo o espaço era coberto por relva, existiam outras plantas que não conseguia identificar e ao fundo conseguia ver uma minúscula cascata que enchia um lago com pouco mais de um metro e meio de diâmetro.

- Isto não é propriedade privada? – Stefanie perguntou olhando um pequeno sinal vermelho pendurado da rede que dizia "proibido a entrada".

- Alguém merece o grammy da estupidez pela majestosa descoberta. – Anna resmungou olhando-a.

Stefanie revirou os olhos e encostou-se mais junto de Niall que lhe sorriu e colocou um dos seus braços sobre os seus ombros. Respirei fundo e olhei o céu estrelado tentando manter a calma e não me irritar ao ponto de bater nos dois. Harry abraçou os meus ombros e beijou a minha têmpora reconfortando-me.

- Então, vamos? – Questionou Wendy esfregando as suas mãos uma na outra.

Acabamos por assentir e começamos a subir a rede ajudando-nos uns aos outros. Primeiro subiu a Larissa que não se importou minimamente em nos dar uma bela visão das suas cuecas brancas por de baixo do seu vestido. De seguida Wendy que subiu a rede com tamanha agilidade, puxando apenas os seus calções mais para baixo ao chegar quase ao topo da rede. Todos pareceram reticentes, e por isso suspirei agarrando-me a rede. Subi a mesma, ainda que com alguma dificuldade visto que não sou nenhuma perita em trepação de redes, enquanto tentava segurar o meu vestido evitando que alguém visse mais do que era suposto. Em cerca de quinze minutos todos estávamos dentro do campo, as raparigas todas se encontravam descalças excepto eu e a Wendy visto que fomos as únicas que não trouxemos saltos.

Acabamos por nos sentar numa roda a mando da Larissa que iria agora revelar a sua belíssima ideia que nos levou a correr um quilómetro a trepar uma rede, e a sujar as nossas roupas com relva húmida. Ela retirou uma garrafa de vodka da mochila pequena de cor azul que transportava e encarou-nos rindo levemente de seguida.

- Então, vamos jogar um jogo. – Sorriu animada enquanto abria a garrafa e bebericava. – O verdade ou consequência um pouco modificado.

Wendy gargalhou levemente e parecia saber do que se tratava quando arrancou a garrafa das mãos da morena e a tampou colocando a mesma no meio do círculo que fazíamos. Ela atou os seus cabelos com um elástico perdido no seu braço e olhou-nos.

- Basicamente não existem verdades, apenas consequências. – Encolheu os ombros. – E as consequências incluem tudo o que possam imaginar. Outra particularidade é que não têm três escolhas na consequência, apenas vos dão uma única consequência que tem de ser comprida, obrigatoriamente.

Racism | njhOnde as histórias ganham vida. Descobre agora