From Hell - Saga Maurêveilles - Livro dois

Preparation

Não! Você nunca estará só

Quando a escuridão vier

Eu iluminarei a noite com estrelas

Ouça meus sussurros na escuridão

Não! Você nunca estará só

Quando a escuridão vier

Você saberá que nunca estarei longe

Ouça meus sussurros na escuridão

Whispers in the dark - Skillet

Dezenove e de novembro de 1888, segunda-feira, (...?) Inglaterra.

Assim que cruzamos uma porta qualquer estamos de volta ao já conhecido hall da casa Nonsense, Marcel nos espera sorrindo, Chess aparece e imita Marcel em sua pose rígida.

- Eu tive uma ideia. – Cheshire começa.

- Não gosto quando você faz isso. – Marcel rebate, troco um olhar com Barbie que dá de ombros. – O que seria e por que disse na frente dessas coisas? – Ele resmunga com desprezo.

- Por que não dá para as coisas a chave da parte de veraneio da casa? – Chess ri dengosamente suas pernas começam a sumir. – Elas estão com os melhores professores...

Chess desaparece, Marcel ergue as sobrancelhas e encara Jaken e Bankotsu parecendo avaliar o pensamento, ele dá um sorriso mínimo e vasculha algo dentro de seu terno.

- Você vai mesmo nos dar a chave? – Jaken diz chocado.

- Por que não? – Marcel enfim acha um molho de chaves e começa a fazer outra busca. – O orfanato fica em Whitechapel devido à grande incidência de acidentes que aconteceram quando essas crianças resolveram se aventurar lá fora acho justo elas terem alguma arma e Caleb é claro. – Caleb fecha a cara. – A tarde é toda de vocês.

Marcel entrega uma chave enferrujada a Jaken e sai andando como se tivesse apenas nos convidando para o chá, me viro para Jaken que sorri radiante, ele afaga meus cabelos e começa a caminhar sendo seguido de perto por Bankotsu, dou de ombros e os sigo também.

XXX

Vamos até a cozinha e descemos pela mesma escadinha precária que desci com Yue até que chegamos a sala de armas, Caleb solta uma exclamação de surpresa e Bankotsu ri, de fato é impressionante a sala parece uma de caça, espaçosa e aconchegante, mas ao invés de presas empalhadas pela parede existem armas, espadas, facas, pistolas e outras que eu nem sei nomear...

- A melhor sala da casa Nonsense! – Bankotsu se abaixa e segura uma espada de esgrima. – Ou melhor antessala, vamos meninos escolham algo! – Ele bate palmas animado.

- Uma arma...? – Sussurro olhando em volta. – Você me deu um punhal da última vez...

- Exato. – Bankotsu solta a espada e continua olhando em volta.

- Quer dizer que esse idiota te deu algo, e você aceitou? – Jaken diz calmamente, Bankotsu se vira para ele e ergue as sobrancelhas. – Bem eu vou escolher uma arma que combine perfeitamente com minha pequena dama. – Ele sorri. – E você não deveria ser tão possessivo.

Bankotsu cora e desvia o olhar, então realmente há algo entre eles. Quando nos encontramos a primeira vez eu achei estranho a aproximação dos dois, mas depois de tantas coisas estranhas na minha vida acho que essa é a que menos me preocupa. Caminho olhando as prateleiras e caixas cheias de armas letais, engulo em seco, eu mal encostei no punhal daquela vez o que realmente me salvou foi a arma... Encaro as paredes, algumas armas de fogo estão penduradas um par delas me chama atenção elas são iguais e compridas, leves e bonitas com uma empunhadura de madeira tão vermelha quanto o sangue... Sinto alguém parar ao meu lado e me viro pra ver quem é.