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Espere, vire-se, não vá por aquela porta

Há versos deixados que você não conhece

Espere, há um medalhão aqui na minha mão

Ele está quebrado como a canção que

Eu cantei pela primeira vez na noite em que você deitou

Passe a noite e nós vamos conhecer os nossos fantasmas

Eles vão estar à deriva através do chão

Pisando suavemente em volta da cama

Ghosts – Crywolf

Vinte e quatro de novembro de 1888, sábado, (Whitechapel) Inglaterra.

Quando acordo me lembro que não fui ver os integrantes do circo na noite anterior, Jaken disse que íamos encontra-los de manhã e que talvez seja perigoso para eles continuarem a nos dar informações por isso temos que cortar laços, mas eu não quero fazer isso senão eles vão ficar sem dinheiro e na rua de novo.

Suspiro enquanto encaro a xícara de chá preto na minha frente.

- Não está bem?

Ergo o olhar, Toby sorri e encolhe os ombros.

- Estou pensativa... – Sussurro. – Eu nem ao menos lhe dei atenção nem a Manson desde quando chegaram, né...?

- Ah não... Não precisa o que é isso... – Toby ri. – Sabe eu ainda não me acostumei a beber leite sem água. – O encaro confusa. – Você nunca bebeu leite com água? – Nego. – No orfanato faziam isso pra render.

- Que cruel... – Bufo. – Na fábrica do meu pai também tem crianças pobres que nem comida devem receber, eu acho que Londres está podre.

- Não só Londres... – Toby suspira e apoia o rosto na mesa.

- Seus poderes, como funcionam? – Ele se levanta assustado e cora, dou risada. – Eles são incríveis, nunca vi alguém controlar os poderes do Outro Lado assim.

- Eles não são bem poderes eu só escuto vozes e consigo fazer o tempo andar devagar... Mas eu não sei controlar isso muito bem, alguns segundos são tudo que eu consigo.

- É demais! – Me encosto na cadeira. – O Cain não consegue controlar nada do que faz, às vezes ele fica com unhas grandes e afiadas... Outras ele cospe uma gosma preta inflamável... – Faço uma careta e Toby ri. – Mas ele sempre fica muito mal com isso...

- Como ele é? – Toby sorri. – Sabe todos na casa falam dele e você e seus amigos também o tempo todo.

- Chato. – Fecho os olhos e sorrio. – Cain tem um péssimo gênio, ele só reclama e grita, mas... – Abro os olhos e vejo Toby se inclinar pra frente. – Ele tem um bom coração e é muito atencioso.

- Ele é o Dragão? – Toby ergue os indicadores e coloca ao lado da cabeça simulando chifres. – Aquele que foi morto em Wonderland?

- Ele mesmo. – Bebo um gole do meu chá amargo. – Quer sair comigo?

- Sair? – Toby cora, dou risada, vai ser bom ter um amigo hoje.

XXX

A neve começa a cair e esfrego as mãos esperando os integrantes do circo, Toby está ao meu lado com roupas novas bonitas e quentinhas, ele se inclina e faz uma bolinha de neve para jogar em mim, mas Caleb estica sua mão e a pega.

From Hell - Saga Maurêveilles - Livro doisWhere stories live. Discover now