25. COMO O GRINCH ROUBOU O NATAL

86 12 289
                                    

BRIANNA


A luz quente da hora dourada invadiu o quarto pelas cortinas entreabertas, fazendo com que Brianna despertasse. Ela piscou e se esticou preguiçosamente, sentindo um calor que não tinha nada a ver com o brilho do sol que entrava pela janela e que definitivamente estava relacionado com a pessoa que a abraçava por trás, traçando um caminho de beijos desde o pescoço até o ombro descoberto dela.

— Você já está acordado? — perguntou ela, com a voz levemente rouca como sempre ficava após despertar.

Brianna se virou e deitou de costas contra o travesseiro enquanto John se debruçou sobre ela. Os olhos dele estavam um pouco inchados e o cabelo bagunçado caía por cima da testa. Ela não conteve o impulso de levar a mão até eles, deslizando os dedos pelas mechas escuras dele.

— Eu sonhei com você — disse ele, com um sorriso torto se formando no canto de seus lábios — Acho que foi a forma de meu cérebro lidar com a saudade que sinto de você quando estou dormindo.

Ela soltou uma risadinha, achando graça.

— Você estava com saudade de mim, é? — Bree indagou, erguendo as sobrancelhas, ainda acariciando os cabelos macios de John — Eu estou bem aqui. Como isso é possível?

John pareceu ponderar por um momento, como se ele mesmo estivesse tentando entender.

— Não sei — respondeu ele, por fim — Se tratando dos meus sentimentos por você, eu já parei de tentar entender há muito tempo.

Brianna revirou os olhos e estava prestes a responder com um comentário sarcástico quando ele a interrompeu com um beijo, fazendo com que ela se esquecesse até do próprio nome. Nada mais importava no mundo, muito menos o que ela iria dizer.

Ela já sabia que, depois de perceber que o amava, nada mais seria como antes. Era como se tudo que ele fazia ela sentir tivesse se intensificado de uma forma que ela nem mesmo sabia que era possível. Brianna não acreditava que aquele tipo de amor realmente existisse na vida real até experimentá-lo– ela sentia como se uma pequena supernova acontecesse dentro de si toda vez que John a tocava ou a beijava, mas o que eles tinham era muito mais do que sexual. Ela poderia apenas olhar para ele e seria capaz de sentir até em seus ossos o quanto ela o amava.

John afastou o rosto do dela em um movimento súbito que a assustou. Ela ia protestar, mas ele foi mais rápido.

— Eu amo você — disse ele. — Você sabe disso, não sabe?

Ela congelou, atônita. Quais eram as chances de ela estar ouvindo coisas ou delirando?

— Não — ela falou, depois de alguns minutos em silêncio e em choque — Você nunca disse.

Isso o fez sorrir.

— Era realmente necessário que eu dissesse? — perguntou ele com ironia — Achei que estivesse bem óbvio, principalmente considerando o quanto você é inteligente e tudo mais.

Como ele podia fazer uma piada com aquilo? Brianna estava perplexa demais para contestar. Ela odiava se sentir desorientada daquele jeito, mas sequer conseguia formar uma frase coerente depois de todo o tempo em que havia ficado na negação sobre o que sentia por ele, sofrendo por antecipação e com medo de toda a dor que aquilo lhe causaria em algum momento.

— Não estava — ela esclareceu, sentindo o coração batendo tão forte que ela quase conseguia ouvir o som, como de um tambor, dentro de seu cérebro.

O sorriso de John aumentou, como se ele estivesse se divertindo bastante com a expressão de puro choque que ela sustentava. Ela queria xingá-lo, socá-lo e beijá-lo, nessa ordem, mas não conseguiu fazer nada além de encaixar a palma da mão no rosto dele, sentindo a barba pinicando em sua pele e o calor que ele emanava, apenas para se certificar de que aquele momento era real e não apenas fruto de sua imaginação.

{PT} Brianna and John's Things-to-Do ListWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu