A história de Alice

Maria

Saímos de casa dando a parecer que eu e a Sabrina éramos apenas amigas. Não queria abusar da bondade dos meus pais. Eles foram muito legais com a gente e não queria complicar as coisas. Povo do interior fala demais.

Chegando na casa da Maria, bastou apenas uma campainha e ela já veio. Estava linda com um cropped vermelho cheio de babados e uma bermudinha jeans curtinha desfiada na barra. Estava de cabelo solto que era bem preto e liso batendo no meio das costas. Ela veio toda sorridente:

- Vocês vieram mesmo !!!
- Uai, a gente falou que vinha né !
- Vamos pra outro lugar. Aqui em casa não é muito bom pra conversar.

Resolvemos ir até ao refúgio, como a Maria apelidou o lugar. Andamos por uma rua até chegar no cerrado. Entramos em uma trilha e depois de um tempo saímos em uma clareira com uma grama verde e fofinha. Em volta era cercada de árvores e flores. Era um lugar encantador.

- Sempre que quero ficar sozinha eu venho aqui. É ótimo pra relaxar - disse Maria já sentando no chão gramado.

Fizemos o mesmo que ela sem cerimônia e bem a vontade deixando a fralda aparecendo pois a Maria já tinha visto e era sobre isso mesmo que a gente ia conversar.

- E então Maria. Oque faz aqui em Caetanópolis?
- Ai menina. Nada. Nem emprego eu tenho. Trabalho de babá pra uma ou outra mulher conforme vão precisando.
- Porque não vai pra BH? Lá tem mais oportunidades de emprego.
- Estou pensando isso mesmo.
- Olha eu por exemplo. Nem faculdade eu tenho, mas tenho um ótimo emprego. Fiz um portfólio caprichado e fui a luta.
- Estou juntando um dinheiro pra quando for pra BH, eu ter um lugar onde morar e ter uma segurança até conseguir alguma coisa.
- Tenho certeza que vai conseguir. Vou te indicar como modelo onde eu trabalho. Você é muito bonita.
- Nossa, sério?
- Estão precisando de gente nova. A Letícia me disse essa semana - comentou Sabrina.
- Nossaaaaa !!! - exclamou Maria.
- Bonita do jeito que é vai conseguir fácil.
- Obrigada pelo "bonita". Estão me deixando sem jeito.
- Mas é bonita mesmo uai ! - disse Sabrina.
- Tudo bem - disse mudando o tom - mas quero falar de outra coisa.
- Já sei, já sei, te devo uma explicação né.
- Não me deve nada, mas eu gostaria. Meninas, que coisa mais linda ... vocês usam fraldas.
- Você acha bonito?
- Claro...foi a coisa mais linda que já vi. Vocês não acham?
- Achamos - disse rindo.
- Deixa eu ver de novo?
- Claro, sem problema, já que gostou - disse  ficando de costas pra ela sentada mesmo, e a Sabrina fez o mesmo.
- Uau, uau, uau, que maravilha. Posso tocar?
- Claro, fique a vontade - respondi.

Ela veio devagarinho e tocou a parte da fralda que sobrava pra cima, que naquele dia era muita, tanto em mim como na Sabrina. Depois tocou na fralda da Sabrina falando:

- Nossa Sabrina. Você é tão fofinha, tão linda.
- Olha - disse eu, energética - tira o olho. Essa aí já tem dona !!!
- Vocês duas são lindas.
-  De onde vem esse fascínio por fralda? - quis saber eu.
- Nem eu mesma sei. Sempre gostei. Mas um dia vi umas fotos na internet de moças da minha idade usando. Fiquei maravilhada. Aí fui pesquisando mais e mais. O resultado foi um amor sem tamanho por fralda.
- Você também usa? - quis saber minha namorada.
- Aí Sabrina, é o meu sonho. Mas em cidade pequena, como vou explicar o porque e pra quem que estou comprando aquela fralda.
- Tadinha !!! - emocionou Sabrina.
- Oque eu faço as vezes é pegar algumas fraldas das crianças que eu olho. Como não cabem em mim, eu ajeito elas dentro da calcinha. Não deve ser a mesma coisa, mas é oque posso fazer. E vocês?
- Bem, no meu caso eu tenho um probleminha que eu não consigo segurar o xixi. Então fui obrigada a usar.
- Ai minha nossa...desculpa Alice...eu não sabia...
- Calma menina, relaxa. Apesar de ser obrigada a usar, eu sou apaixonada por fralda. Amo de paixão, usar. E a Sabrina é igual você. Nasceu esse amor pelas fraldas e decidiu usar.
- Mas ela pode usar né - comentou Maria.
- Alguém sabe desse seu gosto?
- Não, ninguém. Por isso fiquei tão doida quando vi vocês duas de fralda. Um dos motivos que quero morar em BH é saber que lá vou poder usar. Mal posso esperar por esse dia. Outra coisa que fiquei fascinada é saber que são namoradas.
- Sim...somos. Quer saber como começamos a namorar?
- Quero sim... quero muito.

Então contamos toda nossa história. A medida que íamos falando ela ia mudando a expressão. Estava fascinada. Terminamos com a conversa recente que tive com meu pai.

- Meninas...a história de vocês é muito linda. Daria um livro.
- Daria sim - respondi - mas queria saber uma coisa.
- Pode falar.
- Você gosta de menina ou aquele nosso beijinho foi uma coisa impensada?
- Sua doidinha... você contou aquilo pra sua namorada?
- Eu não liguei não - acudiu Sabrina - foi bonitinho.
- Uau... vocês são muito legais.
- Não respondeu a nossa pergunta garotinha.
- É o seguinte Alice. Eu até cheguei a beijar um garoto, mas foi péssimo. Não senti nada.  Mas quando lembro daquele selinho nosso, eu fico toda arrepiada.
- Já respondeu - e rimos todas.

Ficamos ali naquele "refúgio" um bom tempo. A Maria sempre de olho em nossas fraldas e sempre elogiando. Marcamos de nos encontrar a noite. Voltamos pra casa só pra tomar um banho e trocar de roupa. Chegando em casa, meus pais tinham saído com a Sofia. Então tive uma ideia e  pergunto pra sabrina:

- Amor, quantas fraldas você trouxe a mais?
- Tenho três sobrando. Até já imaginei oque você está querendo fazer.
- Isso mesmo. Eu tenho quatro que trouxe a mais.

Liguei pra Maria e disse:

- Oi Maria. Você pode vir aqui um pouquinho?

Quando Maria chegou, eu já tinha colocado as sete fraldas arrumadinhas dentro de duas sacolinhas.

Maria entra intrigada:

- Oque foi? Nosso passeio está de pé ainda?
- Claro - respondi - venha aqui no quarto.
- Oque vocês duas estão aprontando? - disse entrando no quarto.

Sabrina já estava com o pacote na mão, estendeu pra Maria falando.

- Não é um pacote inteiro, mas você falou com tanta paixão das fraldas que não poderíamos deixar de te dar isso.
- Espera aí...não pode ser - foi abrindo o pacote emocionada.

Quando viu oque era, começou a chorar. As lágrimas corriam pelo seu rostinho. Não aguentamos... e correndo, abraçamos ela juntas. Ficamos ali um tempinho até ela se recompor. Ela olhou pra nós enxugando o rosto com as mãos.

- Vocês são demais...nem sei oque falar.
- Não precisa falar nada. Mas a gente queria que você usasse uma hoje a noite no nosso passeio. Você tem coragem? - disse eu.
- Tá doida menina, é claro que eu tenho.
- Vamos nós três de fralda...até pra nós vai ser uma novidade. Nunca tivemos companhia de fralda. Vai ser a nossa primeira vez - enfatizou Sabrina.
- Nossa, que privilégio.
- Esqueci de perguntar...tem onde guardar isso lá na sua casa?
- Já pensei num lugar totalmente seguro.
- Que bom. Sabe colocar direitinho?
- Já vi tantos vídeos que acho que sim.
- Na prática é diferente viu - avisou Sabrina.
- Sim, mas eu consigo. Qualquer coisa eu chamo vocês - disse rindo já mais calma.

Maria saiu abraçada com o pacote de fralda como se carregasse um tesouro que por anos tinha procurado. Nós nos apressamos em tomar banho e trocar nossas fraldas já molhadas. Colocamos uma roupinha mais descontraída pois íamos numa feirinha que tinha todo sábado na praça principal da cidade. Usamos calça jeans e blusas de malha coloridas. Quando vimos a Maria ela abriu um sorriso lindo, e veio quase correndo em nossa direção. Estava com uma calça jeans e uma bata com estampas de gatinhos. Estava muito fofa.

- Meninas - começou ela segurando nossa mãos - oque que é isso ? - perguntou pausadamente.
- Gostou ? - perguntou Sabrina toda sapeca.
- Gente... sério...eu nunca usei nada tão gostoso, tão fofo, tão confortável, tão delicado. Confesso que fiquei excitada enquanto colocava a fralda.
- Foi difícil? - perguntei levantando a beiradinha da bata e vendo a fralda pra fora da calça toda certinha igual a nossa.
- Foi tão gostoso que não vi dificuldade. Quando vi já tava de fralda. Não tenho palavras pra descrever o tanto que gostei. Parece que estou num sonho. Nunca imaginaria isso. Além de estar de fralda, tem duas meninas lindas igual eu. As cenas que tantas vezes via na internet está agora acontecendo comigo.
- Vamos passear então uai - disse eu animada.

Saímos às três. Três garotas de 20 anos cada uma, e que ainda usam fraldas. Toda hora a Maria apalpava o bumbum pra sentir a fralda. Estava deslumbrada com tudo. Minha irmã preferiu ficar em casa com meus pais. Na feirinha tinha várias barraquinhas de lanches e artesanato. Acabei comprando uma bolsa de tecido no tamanho que dava pra carregar pelo menos três fraldas. Era muito bonitinha com desenho da gatinha Marie. Comprei algumas pulseirinhas de contas. A Sabrina e a Maria compraram algumas bijuterias. Depois lanchamos cachorro quente e salgados com refrigerante e doces pra finalizar. Ficamos até tarde passeando pelos arredores trocando ideia sobre o mundo das fraldas e o prazer que isso proporciona.