LD

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POV Thaís

Minha tia tinha deixado umas trinta fraldas em cima da minha cama. Disse que eram LD, leves defeitos. Falou que essas fraldas seriam descartadas. Não podiam vender... então ela trouxe e mandou eu ver se serviam pra mim. Após analisar eu fiquei surpresa e muito feliz pois os leves defeitos eram leves mesmo. As vezes faltava uma fita, um pequeno corte na aba ou o indicador de humildade ficou fraco. Ou seja, coisinhas que não atrapalhava o uso. Se continuar assim, nem vou precisar de comprar mais fraldas. Bastava minha tia trazer as fraldas LD pra mim.

Organizei elas num cantinho do guarda roupa, pois o armário que virou depósito de fraldas estava lotado. Deixei uma de fora. Tirei minha roupa e minha fralda molhada e fui tomar banho. Aproveitei e lavei o cabelo fazendo uma hidratação, já que estava com tempo. Depois de seca eu peguei minha caixinha de baby como eu gostava de chamá-la e coloquei ao lado da  fralda já aberta na cama, e deitei em cima dela. Passei pomada e talco e fechei a fralda. Essas fraldas eram muito gostosas. Vesti uma bermuda vermelha que não tampava toda a fralda e uma camisetinha branca que também mal chegava na cintura.

Coloquei minha chupeta na boca e fui terminar de me arrumar. Dei uma ajeitada no cabelo e preparei um lanche pro intervalo da noite no hotel. Como estava na cozinha já preparei uma mamadeira de leite em pó. Fui organizando minha bolsinhas de lanches. Por fim coloquei uma rasteirinha de couro. Peguei minha bolsa e ajeitei meu uniforme cuidadosamente e coloquei duas fraldas pra emergência. Pelo menos uma eu sabia que ia precisar. Sempre trocava no horário de intervalo.  Depois coloquei minha bolsa de documentos com cartão de ônibus e cartão de crédito.

Quando estava tudo pronto, eu peguei minha mamadeira, tirei a chupeta da boca e mamei um leitinho gostoso deitada no sofá. Depois levantei e escovei o dente. Antes de sair eu fiz uma maquiagem bem simples com um batom clarinho. Peguei minhas coisas e saí.

Andei um quarteirão e sentei no banco do ponto de ônibus. Quando cismei de colocar a mão atrás eu percebi que tinha uns quatro dedos de fralda a vista entre a bermuda e a camiseta. Tentei puxar a bermuda inutilmente. Puxei a camiseta pra baixo, mas quando soltava, ela voltava onde estava antes. Constatei que estava impossibilitada de esconder a fralda. Olhei o relógio e vi que não dava tempo de voltar em casa pra trocar. Nisso o ponto foi enchendo de gente. Quando o ônibus veio chegando, tomei uma decisão rápida, de subir na frente de todos mundo. Como as mulheres são as primeiras a subir, se eu subir antes, vai ser uma mulher que vai ver minha fralda. Prefiro uma mulher vendo minha fralda doque homem. Quando chegou eu fui logo subindo. Atrás de mim veio duas mulheres de meia idade. Percebi que cochicharam alguma coisa. Consegui entender duas palavras só...novinha e fralda. Fui pro último banco, assim quando levantasse não ia ter ninguém atrás de mim, me olhando. Depois que sentei, sentou uma moça muito bonita do meu lado. Ficou mexendo no celular. Teve uma hora que dei uma olhadinha rápida e apareceu uma foto de uma moça de fralda, mas ela mudou de página rápido. Mas eu sabia oque tinha visto, mesmo sendo rápido. Depois dei uma olhadinha despistada e vi a foto da Mariana, uma Youtuber mexicana muito fofinha que usa fralda. Só tinha a foto do rosto na Mariana. A menina bonita deu um like e depois mudou de página.

Finalmente chegou meu ponto e tinha de descer. Levantei pedindo licença. Como passei com a bunda praticamente a menos de um metro da cara da moça foi impossível ela não ver minha fralda. Vi os olhos dela arregalados olhando fixamente minha fralda e em seguida ela olha pra mim. Como não tinha mais oque fazer, dei um sorrisinho pra ela, e ela retribuiu na hora. Ficou olhando pra mim o tempo todo. Quando eu desci ela arredou pro banco da janela e ficou me olhando até não ter mais jeito. Parece que tinha visto a coisa mais interessante da vida dela. E a danada da menina era muito bonita. Tinha os cabelos castanhos e ondulados com várias mechas de azul. Tinha os olhos cor de folha seca e um sorriso encantador. Estava usando uma saia soltinha estampada e uma blusa branca com um coletinho chumbo por cima.

Cheguei no serviço tampando a fralda com a bolsa. A Aline entrou no hotel alguns segundos depois de mim. Entrei no vestiário e logo depois ela entrou logo após fechando a porta e rachando de rir. Olhei pra ela sem entender:

- Oque foi ?!! - perguntei intrigada.
- Nossa Thaís, você é uma gracinha. Vim te acompanhando desde que desceu do ônibus. Vi sua fralda lindinha a mostra pra todo mundo e quando foi chegando aqui perto você tacou e bolsa nas costas pra tampar a fralda. Foi muito engraçado pois na lateral ficou tudo a vista.
- Sério? Disse eu pondo a bolsa nas costas e olhando no espelho. Realmente não tava tampando nada.
- Mas deixa eu ver - disse Aline me rodeando - essa fralda é diferente das outras que você está acostumada a vir.
- Nossa miga...ou você é observadora ou fica de olho nas minhas fraldas - disse com as mãos na cintura.
- Acho que é a segunda opção ruivinha - disse ela beliscando minha bochecha de levinho.
- Quer dizer que admite que fica de olho nas minhas fraldas?
- Claro que fico...como não ficaria com uma coisinha tão fofa. Vou te confessar uma coisa. Todo dia eu aguardo ansiosa por esse momento em que você tira sua roupa e fica só de fraldinha pra vestir o uniforme. Você é a menina mais fofinha que conheci em toda a minha vida.
- Está me cantando ? - disse indo pro lado dela rebolando.
- Olha ruivinha, eu já te disse. Não me teste não, porque com você, eu posso esquecer que sou hétero viu.
- Isso sim foi uma cantada - disse rindo.

Tirei minha roupa, mas agora observando o quanto a Aline fica me olhando. Como somos amigas a anos, eu não me importo. Até fiz uma horinha pra ela, sabendo agora, que ela gosta tanto de me ver assim. Ela por sua vez tem um corpão que deixam os homens com cara de bobos. Só usa fio dental, sempre. A Aline é uma gata e tanto. Sinto que se ela fosse lésbica e eu não tivesse namorada, poderia ter alguma coisa entre nós. Mas a Aline é mais doque uma amiga. É aquela pessoa em que se pode contar tudo sem medo de ser julgada. É quase uma confidente. É como se fosse a irmã que não tenho.

Depois que trocamos de roupa, ela me olhou e disse:

- Tome cuidado viu amiga. Depois que mandou diminuir a barra da sua blusa de uniforme, de vez em quando sua fralda aparece.
- Ainda bem que só temos nós duas nesse horário.
- Sim, mas tem os hóspedes.
- Não ligo, estão de passagem.
- Parece que não está ligando mais pra esconder a fralda heim garotinha. E foi depois que voltou da sua viagem. Oque aconteceu lá em Tiradentes heim ?
- Ahnn ? Nada uai - disse eu, não convencendo ninguém.
- Aí tem coisa - disse Aline balançando o dedo indicador.
- Ai, aí - disse eu revirando os olhos.

Sem querer lembrei do meu vestidinho transparente. Mas não podia contar isso pra Aline, senão não ia me dar sossego. Mas contei oque tinha acabado de acontecer no ônibus. Ela ouviu atentamente e concluiu:

- Ruivinha, está claro que essa menina bonita, como você disse, ficou caidinha por você. Se você viu ela pesquisando esse assunto, é claro que quando te viu com a fralda a vista na cara dela, ela pirou.
- Também acho.
- Melhor não contar isso pra sua namorada.
- Nem pensar. Ela é hiper ciumenta.
- Eu também seria se tivesse uma namorada tão linda assim.
- Ai Aline, você é um amor, sabia - disse passando o braço no ombro dela.
- Você que é - disse me dando um tapinha no bumbum.

Passei uma noite de serviço muito agradável na companhia da Aline. Minha amiga de verdade.






































A história de Alice Onde as histórias ganham vida. Descobre agora