Quem é essa garota?

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Atenção: Queridos leitores. Visando buscar uma amplitude maior na história, eu resolvi (pela primeira vez), alternar a narrativa entre outros personagens. Me falem oque acharam da mudança.

POV Maria

Eu saí antes mesmo da Sabrina e a Alice entrarem no carro. Pensei em voltar pro hotel, mas depois pensei. Que hotel que nada, eu vou é passear um pouco. Vou aproveitar que estou de fralda cheia e dar uns giros por aí. Só espero não me perder. É só ir prestando atenção nas lojas que for passando. Tudo era novidade. Tudo me encantava. As lojas, as vitrines, aquela multidão de pessoas e acima de tudo estar de fralda no meio disso tudo. E mais ainda, uma fralda toda cagada. Estava no auge da minha realização.

Fui andando sabendo que tinha um shopping por aqui, fui andando, andando, até que...achei. O shopping acabou se tornando o meu lugar preferido de passeios. Tem de tudo. Roupas, sapatos, acessórios, make, eletrodomésticos, livraria, lanches, cinema. Sem contar que cada loja é mais linda que a outra.

Fui numa livraria bem grande e bonita. Fiquei fascinada. Tinha todos o livros que antes eu só tinha acesso pela internet. Acabei comprando dois. Depois comprei uns acessórios numa lojinha toda rosinha com as vendedoras lindas com uma roupinha muito fofa. E por fim passei em frente a um outro lugar que me chamou a atenção. Uma farmácia. Entrei e fiquei boba de ver o tanto que era grande. Passando pela sessão infantil, não resisti e acabei comprando uma chupeta linda. Era rosinha transparente com desenhos infantis e também comprei uma mamadeira no mesmo tom da chupeta. Depois achei oque eu realmente precisava: pomada anti-assadura, lenços umedecidos e talco. Quando cheguei na sessão de fraldas adultas eu fiquei pasma. Nunca tinha visto tanta variedade de fralda daquele jeito. Eram tantas marcas. Resolvi levar da mesma marca que as meninas tinham me dado, pois uma vez elas me falaram que tinha muita marca ruim. Peguei dois pacotes. Quando estava passando no caixa fiquei imaginando: se ela soubesse que tudo isso é pra mim. Depois resolvi comer um Xbacon na praça de alimentação. Peguei tudo e quando sentei, senti meu bumbum amassando o cocô dentro da fralda. Não sei porque, mas invés de nojo, eu senti um grande prazer naquilo. Me sentia livre. Lanchei calmamente e sai, apreciando as lojas imaginando oque iria comprar nos próximos dias. Nós próximos pagamentos... pois não podia esbanjar demais. Tinha de guardar minhas reservas pra equipar a minha nova casa. Esse pensamento me trouxe uma alegria de pensar que teria meu cantinho pra viver como sempre sonhei.

Estava compenetrada nesses pensamentos quando saia do shopping, quando, de repente levei uma lufada de vento de baixo pra cima que veio de dentro desses motores que ficam debaixo do chão coberto por grades. O vento levantou todo meu vestido deixando minha fralda totalmente a vista.  Nem teve jeito de abaixar o vestido pois estava com as duas mãos ocupadas com sacolas das compras que tinha feito. Saí rapidamente de cima do gradil, olhando em volta se alguém viu a cena. Se viram, não pareceram se importar. A não ser uma mocinha adolescente muito bonitinha que passou por mim e piscou o olho. Esbocei um sorriso e ela me mandou um beijinho. Depois ela sumiu na multidão.

Lembrei de uma grande vantagem de cidade grande. Se alguém me ver de fralda, eu nem vou ligar, pois na maioria das vezes são pessoas que não te conhecem. Aí eu ligo o "dane-se". Creio que a Alice é desse mesmo pensamento pois ela é muito ousada com a fralda dela. Já vi a fralda dela aparecendo várias vezes. Ela nem liga.

Voltei pro hotel sem dificuldade. Quando entrei no saguão eu notei uma garota com essas roupas de funcionárias do hotel me olhando fixamente. Era muito bonitinha com cabelo ruivo Chanel com sardas abaixo dos olhos. Era mais baixa que eu e meio cheinha. Ela também olhava pra sacola maior que estava carregando. Quando observei melhor, notei que a sacola era meio transparente e dava pra ver nitidamente os pacotes de fralda dentro dela. Como ela olhava sem parar, eu dei um sorriso e um tiauzinho, no que ela retribuiu com entusiasmo, com um sorriso que fez ela ficar mais bonita ainda.

Quando eu entrei no quarto eu notei que estava tudo arrumadinho. Eu tinha deixado meio que uma baguncinha. As fraldas que deixei espalhadas estavam cuidadosamente arrumadas no cantinho do armário. E minha mala que estava aberta, estava fechada dentro do armário. As roupas dobradas e toalhas trocadas. Como nunca tinha ficado num hotel, eu não sabia que era assim. E se alguém arrumou, esse alguém viu minhas fraldas. Quem seria? Tive uma ideia. Fui até a recepção e perguntei:

- Quem arrumou o quarto 305?
- Algum problema?
- Não. Pelo contrário. Eu deixei uma bagunça e deixaram tão arrumadinho que queria agradecer pessoalmente.
- Que legal. Não é sempre que acontece isso. Geralmente quando vem aqui é só pra reclamar ou pedir alguma coisa. Foi a Thaís.
- Thaís?
- Sim . É fácil de identificar. É uma menina ruivinha.
- Ah sim...acho que vi ela quando entrei aqui hoje. Ela já foi embora?
- Não. Ela está no plantão noturno. Pegou as dezenove horas e vai até às sete da manhã.
- Nossa. É bem puxado heim.
- Mas trabalha noite sim, noite não.
- Ah sim.
- Por falar nela, olha ela lá na frente.

Olhei através de um corredor e vi a ruivinha lá no fundo.

- Vou lá, obrigada viu.
- Disponha querida.

Fui em direção a Thaís. Ela estava de costas pra mim trocando o saco de uma lixeira. Quando me aproximei e vi, eu fiquei pasma. Fiquei paralisada, fiquei observando, ou seja, desfrutando de uma das cenas mais lindas que já vira. Não podia acreditar que estava vendo uma fralda aparecendo acima da calça da Thaís. Não tive coragem de interromper aquela cena. Esperei ela terminar com toda calma, enquanto eu assistia. Quando ela terminou e virou, ela levou um susto. Tadinha. Morri de dó dela, tentando ajeitar a roupa pra trampar a fralda.

- Desculpa meu bem... você é a Thaís né.
- Si...sim...sou eu - disse ela baixinho e vermelha de vergonha.

Nossa, que menina mais fofa, pensei.

- Eu vim te agradecer por ter arrumado meu quarto com tanto capricho.
- Nossa, obrigada...eu só fiz o meu serviço.
- Mesmo assim, eu queria agradecer. Ficou tudo tão arrumadinho. Você é muito caprichosa.
- Obrigada Maria.
- Uai, como sabe o meu nome?
- É que... é que a gente sabe o nome de cada hóspede do quarto onde vamos limpar - disse ela desconcertada.
- Olha Thaís...foi um prazer te conhecer viu.
- Igualmente.

Na volta passei novamente pela recepção.

- Se eu quiser alguma coisa, vocês levam pra mim no quarto?
- Claro...com todo prazer.
- Qual de vocês que faz a entrega no número 305 ?
- A escala desse quarto está com a Thaís.
- É só isso que queria saber... obrigada.
- De nada. Qualquer coisa é só pedir.

Cheguei no quarto e caí deitada na cama processando tudo oque tinha acabado de ver. Parecia inacreditável. Era coincidência demais. Uma funcionária que usa fralda foi justamente a que entrou no meu quarto e viu minhas fraldas e ainda arrumou elas direitinho. Ela é tão fofinha. Tenho de conhecer melhor essa garota.

Levantei, tirei meu vestido e vi minha fralda bem estufada. Quando tirei a fralda fiquei surpresa do tanto de cocô que eu tinha feito. Enrolei a fralda e joguei no lixo, mas antes eu coloquei dentro de um saquinho pra abafar o cheiro. Em seguida lavei meu bumbum com a duchinha no vaso pra tirar o excesso. Depois dei uma caprichada no chuveiro com sabonete cheiroso. Fiquei limpinha. Peguei minha compra que tinha feito e a ajeitei a pomada anti-assadura e o talco do meu lado. Abri uma fralda, deitei em cima. Primeiro passei a pomada onde achava necessário e depois o talco. Fechei a fralda com cuidado deixando ela bem justinha. Em seguida vesti um babydool que deixa a fralda totalmente visível. Tirei as fraldas de dentro da sacola e coloquei em cima da cama bem a vista. Peguei minha nova mamadeira e minha chupeta e coloquei na gaveta do guarda roupa. Então peguei o telefone e ligando pra recepção, pedi uma latinha de guaraná.

A história de Alice Onde as histórias ganham vida. Descobre agora