Um lar para Maria

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POV Sabrina

Depois que saímos do restaurante, a Alice já estava mais "confortável" com seu minúsculo vestidinho florido. Toda hora eu via uma beiradinha da fralda aparecendo. E a medida que ia fazendo xixi, a fralda ia inchando. Mas parece que Alice se esqueceu desse detalhe. Ou se não esqueceu, estava aproveitando pra se exibir.

E pelo jeito, a Maria está seguindo o exemplo da Alice. Ela já tem uma senhora bunda, e com a fralda fica maior ainda. E como nós, a sua fralda fica pra fora da calça. Mas a sua blusinha não está ajudando muito. Toda hora aparece uma beiradinha da fralda.

Será que eu sou a única ajuizada nessa turma? E olha que eu uso fralda a mais tempo doque todas. Era pra eu ser mais relapsa em relação a esconder a fralda.

Mas voltamos pro serviço e terminamos o dia de trabalho com tranquilidade. Em seguida falei:

- Parece que temos um trabalho pela frente né meninas.
- Isso mesmo - concluiu Alice.
- Uai, oque seria? - perguntou Maria coçando a cabeça.
- Vamos olhar um lugarzinho pra você morar, sua bobinha - disse pegando na bochecha dela.
- Nossa, é mesmo. Tinha até me esquecido - lembrou Maria, alegre com a notícia.
- Então vamos - disse Alice dando um tapinha no bumbum da Maria.

Dentro do carro eu falei:

- Marquei com um corretor num loft, um pouco a frente da minha casa. Daqui a vinte e cinco minutos.
- Eita menina eficiente !!! - disse Alice me dando um beijo no rosto.
- Nunca vou conseguir pagar oque estão fazendo por mim - disse Maria.
- Ei...deixa disso garota - disse Alice - amiga é pra essas coisas.
- Você não deve nada pra gente viu...fazemos isso porque te amamos - disse eu arrancando o carro.

Chegamos lá, e pra nossa surpresa era uma corretora. Era uma mulher de uns trinta anos, loira e muito bonita usando um terninho social.

- Boa tarde - disse eu, adiantando e cumprimentando a mulher - tinha marcado com o Marcos.
- Isso mesmo, mas ele não pode vir e pediu pra eu substitui-lo. Meu nome é Débora.
- Essa é Alice , minha namorada - disse pegando na mão da Alice - e essa é quem está querendo alugar o imóvel. A María.
- Muito bom. Permita-me mostrar o loft.

Subimos de elevador até o quarto andar e saímos por um corredor estreito. Entramos na última porta a direita. Era uma salinha bem pequena conjugada com a cozinha. Um quarto e um banheiro. Era bem simples.

Olhando pra Maria eu vi que ela não esboçou nenhum sorriso. Percebi na hora que ela não estava gostando daquilo. Mas antes que eu pudesse falar, ela mesma se manifestou.

- Olha Débora. Eu morei a minha vida toda na roça. Você por acaso, teria uma casinha que tivesse um pedacinho de chão?

Olhamos surpresas pela iniciativa dela. Débora revirou alguns papéis, falando:

- Tem uma casa próximo daqui. Mas como ela não está em boas condições as pessoas costumam não se interessar.
- Podemos ver? - quis saber Maria.
- Claro, vamos lá - respondeu Débora.

Não precisou nem de entrar no carro novamente. Era a três quarteirões dali.

Paramos em frente a um muro coberto com uma planta trepadeira formando uma decoração rústica e bonita. Entrando nos deparamos com uma casinha simples com uma escadinha, e uma varandinha. Mas estava com a pintura desbotada e a porta pichada. Débora subiu na frente e abriu a porta. Eu subi por último atrás da Alice que deixou a sua fralda toda a mostra ao subir nos degraus. Ainda bem que só tinha eu atrás dela. "É uma doidinha mesmo", pensei.

Entramos na casa e ao acender as luzes, o lugar se mostrou bem decadente. Passamos por uma sala pequena, uma cozinha bem grande e dois quartos tamanho médio. Ao sairmos numa porta dos fundos demos com um lote com uma grama e um pé de mexerica e outro de abacate mais ao fundo.

Quando olhei pra Maria ela estava com um sorriso de canto a canto no rosto. Antes que ela falasse qualquer coisa eu me adiantei:

- O lugar precisa de uma reforma, concorda Débora?
- Sim , sim, com certeza. Nós podemos providenciar isso num prazo de um mês ou vocês mesmas contratam uma empreiteira e mediante a nota fiscal, nós abatemos no valor do aluguel.
- A segunda opção nos parece melhor - olhando pra Maria, eu perguntei - oque você acha ?
- Eu também acho melhor. Não quero ficar tanto tempo assim em hotel.
- E o preço? - quis saber minha namorada?
- Está o mesmo preço do outro imóvel que olhamos - respodeu a corretora.
- De acordo Maria? - quis saber da nova vizinha.
- Sim... parece justo - disse a sorridente Maria.
- Perfeito. Amanhã mesmo lhes mando a papelada pra assinar e as chaves da casa.

Voltamos até onde tinha deixado o carro, que não era longe da minha casa. Entrando no carro Maria disse:

- Meninas, é o seguinte. Eu trabalhei no interior e como só tinha eu e minha mãe, eu mesma fazia pequenos reparos na nossa casa. E olhando essa casa ela está fácil. Se aplicar uma massa corrida em alguns pontos e tinta, a casa fica nova. Eu observei bem, e não tem nada estragado. Depois de tudo limpo e pintado vai ficar linda.
- Tem certeza disso? - disse Alice.
- Enquanto vocês conversavam com a Débora, eu fiz uma vistoria em todos os cômodos. E tá fácil de arrumar. Que empreiteira que nada. Eu mesma faço isso.
- Maria - disse eu olhando ela pelo retrovisor - você não existe menina.
- Mas se a Maria reformar tudo, como vamos receber o desconto do serviço?- quis saber minha namorada.
- Tenho um primo que tem uma firma de reforma de imóveis em geral. É só pedir, que ele manda um funcionário fazer um orçamento e ele mesmo gera essa nota fiscal pra mim.
- Sabrina, você é simplesmente maravilhosa . Estou pasma.
- Simplesmente sem palavras meninas - falou Maria soltando o corpo no encosto traseiro do carro.
- Mas tenho uma condição...quero ajudar na reforma - falei .
- Siiimmmm !!! - falou Alice entusiasmada.
- Nada disso - protestou Maria - já me ajudaram bastante.
- Se não deixar a gente ajudar, nunca mais trocamos sua fralda - disse dando uma cartada final.
- Puxa... aí foi golpe baixo viu - respondeu Maria, se dando por vencida.
- Uau...isso vai ser muito divertido !!! - falou Alice eufórica.

Primeiro levei Maria no seu hotel e depois fui pro apê da minha namoradinha linda. Já tinha avisado minha mãe que ia demorar um pouquinho mais. Saímos do carro e fui atrás dela vendo a sua fralda que aparecia por baixo do vestidinho. Já não aparecia esporadicamente com mais cedo, mas aparecia permanentemente. E ela parecia nem se importar com isso. Mas não posso negar que estava linda. Confesso que aquela fraldinha linda aparecendo por baixo daquele vestidinho me deixava doida pra agarrar ela e não soltar mais. Estava encantadora.

Entrando no seu apê, logo avistamos a figura linda da Sofia. A sua irmã dá uma inclinadinha, olhando a fralda aparecendo e diz:

- Não acredito que você estava na rua desse jeito.
- Eu falei pra ela, mas essa sapeca não me ouve - disse levantando as duas mãos em defesa.
- Alice... você está ciente que sua fralda está a mostra? - insiste sua irmã.
- Ai gente... vocês são exageradas. Não tem nada aparecendo aq... - interrompe a frase ao olhar no espelho de costas.
- Oque você ia dizer mesmo? - continua Sofia com a mão na cintura.
- Bem... talvez um pouquinho - fala Alice continuando a observar a fralda no espelho, que pela fisionomia, estava gostando doque via.
- Meu amor - disse eu calmamente - sei que você está linda. Mas não pode sair desfilando por aí de fralda. A gente não sabe as reações das pessoas.
- Tá bom...tá bom...vou tomar mais cuidado.
- Não acredito, mas , fazer oque né. É você que vai passar vergonha - fala Sofia sentando no sofá enquanto analisava a fralda da sua irmã.

Alice pega uma chupeta que estava em cima de uma mesinha, põe na boca deixando ela mais fofa ainda. Em seguida ela senta ao lado da irmã e fala fazendo charminho:

- A maninha tá blava com sua bebezinha ? Fica blavinha não. Bebê boazinha - falou a minha namorada, abraçando sua irmã, na qual retribuí o abraço puxando ela mais próximo a si.

Fiquei com um sorriso no rosto vendo aquela cena linda. E Sofia olhando pra mim disse:

- Venha aqui bebezinha linda - e levantou o outro braço pra que eu me assentasse ao lado dela. É claro que não pensei duas vezes. Sentei ao lado de Sofia abraçando ela, e do nada ela colocou uma chupeta na minha boca. Amei.

Se fosse tirada uma foto de nós três, iria ficar linda, com a linda Sofia no meio e duas bebezinhas, uma de cada lado abraçadas a ela com chupetinha na boca.

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