Dorme na minha casa amor...

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POV Maria

Alice deixou a Sabrina olhando as malas e veio em nossa direção:

- Meninas, eu e a Sabrina precisamos de uma troca de fralda urgente. Então vamos dar uma passada ali no banheiro.
- Tudo bem. Vou levar a Thaís na casa dela - disse eu.
- Obrigada pelo passeio. Esse, eu nunca mais vou esquecer - disse Alice.
- Eu é que agradeço por aceitar nosso convite - falei beliscando a bochecha dela.

Em seguida a Alice deu um beijo na minha bochecha e na bochecha da Thaís. Quando estava indo embora a Sabrina deu um tiauzinho e fez um coraçãozinho coreano.

- Então vamos embora né, bebezinha - disse olhando pra fofa da Thaís.
- Vamos sim amor - respondeu a ruivinha puxando a alça de sua mala.
- Vamos pegar um Uber. Essas malas estão pesadas.

Peguei o celular e digitei o endereço da Thaís. Três minutinhos pra chegar. Por sorte a motorista era uma mulher. Pâmela.

Quando chegou, a Pâmela já viu nossas malas e se prontificou em abrir o porta malas pra gente. A Pâmela era uma moça de no máximo uns trinta anos e bem bonita. Era magrinha e usava uma legging preta e uma camisa cinza. Tinha os cabelos castanhos e lisinhos, que estavam presos por uma tiara. A minha namorada fofinha levantou a mala e quando colocou no porta malas, a bermuda desceu um pouquinho revelando sua fraldinha de ursinhos. A Pâmela olhou sem entender e mal teve tempo de raciocinar, eu já fui ajeitando minha mala ao lado da mala da Thaís deixando minha fralda bem visível também. Eu dei uma olhadinha de rabo de olho e vi que ela estava de olho na minha fralda também.

Ela veio e fechou o porta malas e entramos no banco traseiro. Ela arrancou o carro e ficou em silêncio por uns minutinhos. Mas depois não aguentou sem perguntar:

- Olha, eu sei que não é da minha conta, mas fiquei muito curiosa. Vocês usam fralda? - falou receosa.
- Sim - respondi - tem algum mal nisso?
- Não, não, de forma alguma. É que vi vocês tão a vontade sem se importar se alguém estivesse vendo.
- Você usa absorvente, certo ? - perguntei.
- Claro, quando estou nos dias.
- Você sente vergonha disso?
- Não, porque é uma necessidade - diz Pâmela nos olhando pelo retrovisor.
- E pra nós também é uma necessidade - disse levando em conta nossa necessidade psicológica.
- É que é diferente...
- Ficamos feias de fralda? - perguntei.
- Não. Vocês duas podiam usar qualquer roupa que ainda assim seria impossível de ficarem feias. Vocês são, é lindas demais. E com a fralda ficaram fofas.
- Muito obrigada Pâmela. Você também é muito bonita.
- Também acho - disse a Thaís que até aquele momento ainda estava calada.
- Além de bonitas são um doce de meninas -  falou Pâmela com uma entonação amorosa na frase.
- Antes a gente ficava muito preocupadas em esconder a fralda, mas depois de um tempo, decretamos nossa liberdade - falei.
- Estão mais doque certas - disse Pâmela - se formos ligar pra que os outros pensam, a gente não vive.
- Foi o que pensamos...e somos felizes assim - falou Thaís.

Fomos conversando sobre outros assuntos aleatórios até o nosso destino. Quando chegamos a Pâmela foi muito solícita saindo do carro e abrindo o porta malas pra gente. E nesse processo ela olhava nossas fraldas com um novo interesse. Até que ela não se conteve e pediu:

- Posso pegar na beiradinha da sua fralda só um pouquinho pra sentir o tecido ? Parece tão fofinha.
- Pode - respondo rindo.
- Nossa, que coisinha mais gostosa. Isso deve ser muito confortável.
- Você nem imagina o quanto - digo puxando ela mais pra cima ainda.
- Posso pegar na sua também ? - pergunta olhando pra Thaís.
- Claro...sem problemas.

Ela pega e diz:

- É muito fofa...essa sua é infantil?
- Sim...eu fiz uma adaptação - falou Thaís.
- Ficou linda demais - disse Pâmela ainda olhando atentamente pra fralda da Thaís.
- Obrigada - disse a doce Thaís.
- Nunca peguei umas passageiras tão legais como vocês.
- E nós nunca viajamos com uma motorista tão fofa como você. Muito obrigada pela simpatia - falei.
- Eu é que agradeço. Tenham uma excelente noite.

A história de Alice Onde as histórias ganham vida. Descobre agora