O caminho

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Depois de todos os procedimentos iniciais de torná-lo à vida, aquele espírito feito à tua imagem chega às mãos da­queles que o ajudaram nesta viagem de volta à carne.

Em alguns casos, este momento final do retorno torna-se complicado exatamente como uma primeira prova que este espírito se propôs a cumprir nesta jornada.

Paradas cardíacas podem significar a redenção de males do coração impostos a outrem noutra jornada. Pode apenas ter sido moral mas pode também ser físico como, por exemplo, um tiro, uma facada, uma flechada... outros, porém, estão ali, neste momento da passagem da vida no útero (penúltima fase) para a vida no plano físico em que viverá.

O caminho estreito é comumente uma prova escolhi­da pela maioria destes espíritos independente da vontade daquela que virá ser sua mãe. Esta, muita (a maioria) das vezes não consegue perceber a existência desta prova e opta, por vaidade ou outra vontade eximir-se do "sofrimen­to" que o parto normal irá causar-lhe. Pobre desta mãe que abdicará do primeiro ato de amor àquele espírito que está retornando para este plano físico para cumprir mais uma etapa na sua evolução.

É verdade, também, que isto que acabo de dizer seja sempre verdadeiro. Existem os casos em que esta viagem precisa ser feita de outra forma. A chegada deve tomar ou­tros caminhos e os proce­dimentos cirúrgicos normalmente são adotados nesta ocasião como forma, até, de preservar esta vida que inicia a caminhada.

Aquele momento em que estão ali reunidos no que chamais comumente de sala de parto, reúne aqueles que as­sumiram na es­piritualidade o compromisso de fazer che­gar à vida física aqueles espíritos. E assim, reunidos em equipe estão disponíveis. Nem sem­pre a vaidade dos pais consegue interferir através de seu livre-arbí­trio nesta deter­minação assumida ainda na espiritualidade encarna­ções anteriores, no início da jornada daqueles espíritos, tal como já foi relatado a vocês.

Após todos estes procedimentos iniciais, aquele es­pírito ago­ra dotado de um corpo físico é submetido aos tra­tamentos iniciais dados ao corpo físico. Estais, portanto, a partir deste momento à disposição de teu "caderno" para que possas seguir adiante. Algum tempo ainda precisarás de ajuda de terceiros até que esta ambien­tação inicial se faça completa.

Normalmente este período dura os três me­ses iniciais da vida terrena. É o período que o espírito preci­sa para se acostumar a todas estas coisas que farão parte de seu cotidiano. E isto vale apenas para aqueles cuja jornada será su­perior a estes três anos que ora vos relato.

Àqueles cuja jornada se interromperá antes deste pe­ríodo, trataremos em época específica.
Estando dentro deste período às interações se realiza­rão de forma adequada que possa ser realizada para estabe­lecer um me­lhor intercâmbio entre ele (aqui encarnado) e a espiritualidade (de onde está afastado temporariamente).

Neste período, independente das necessidades do corpo físi­co, o espírito assistirá à sua integração neste mun­do.

A caminhada que agora começa levará ao conheci­mento des­te espírito todas as "ferramentas" necessárias a prática da teoria que adquiriu em sua passagem pela espiri­tualidade em seu último estágio.

À volta da mãe ao seu lar acompanhada deste novo integran­te de sua família deveria ser feita de forma a man­ter este espírito harmonizado com o ambiente de antes de sua chegada. Ali, naquele ambiente, os espíritos encarrega­dos daquela reencarnação traba­lharam durante o período da gravidez na harmonização do ambien­te, na me­dida do possível, e sempre de acordo com o acertado en­tre aqueles espíritos que agora iniciarão uma nova jornada. A che­gada ao "novo lar" deveria ser momento de festa para todos eles. No entanto, ainda é comum que em muitos lares isto não signifique um grande evento a ser efusivamente co­memorado. Naquela entra­da à nova casa, o espírito logo perceberá o "ambiente" que o es­pera à convivência.

Ali, muitas vezes em condições precárias e de extrema po­breza irá ele exercer a fase que escolheu como aprendiza­do. Assim poderá aprender, por exemplo, a conviver em condições miseráveis pôr em outras épocas não ter dividido sua opulência com aqueles miseráveis que o rodeava. Esta­rá assim a procura do aprendizado de como aqueles miserá­veis conseguiam sobreviver, para numa próxima etapa de sua evolução, estar diante de uma nova prova onde possa dar valor a estas coisas que só se aprende na vida mate­rial.

Outros, porém, que agora chegam em ambiente onde prima pelo asseio, aprenderão a conviver, de forma diferen­te da vivida em outras épocas onde estas coisas não existi­am.

Agora, amigos, estão lendo estas palavras e certamen­te irás questionar muitas delas. Não deverias, no entanto, fazê-lo assim, sem o conhecimento dos ensinamentos que o Cristo te legou atra­vés da Doutrina Espírita.

Ali, naquelas páginas todos os esclarecimentos destas coisas que rapidamente te dou, está relatado de forma bas­tante clara. Se não conseguires, ainda, perceberes a clareza daqueles ensinamen­tos, procura os livros dos outros com­panheiros da espiritualidade de forma que possas melhor entender estas coisas da reencarna­ção, de vidas passadas e de provas vividas na vida física. Não é nos­so desejo nem ob­jetivo estar aqui fazendo tratados de conduta es­pírita.

Esta­mos aqui apenas para estimular cada um de vocês no aprendizado da Doutrina. E é isto, queiram ou não, que es­taremos aqui fazendo todas as vezes que este companhei­ro se dispor a tra­balhar conosco através de sua paciente aceitação da prova a que está se submetendo nesta etapa de seu aprendizado.

Não esperem além disto nestes escritos que temos dei­xado.

(por João Evangelista, 13/06/2002)


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