Conviver com opostos

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Agora, depois de tudo que ouviste destas que te querem bem, poderás estar mais confuso ainda.
Não imaginavas que pudesses ouvir as coisas que ouviste destas pessoas.

Aprendeste sempre a ouvir tua própria voz, falando todas as coisas que já te falamos e você e, de alguma forma já incor­porou ao teu pensamento.

Ai surgem outras vozes que sempre te falaram coisas di­ferentes; que sempre pediram tua ajuda e, no entanto, agora vêm te ajudar.

Agora, nestes últimos dias, ouviste falar dos dedos das mãos. Certamente refletiste sobre isto. Mas ainda vai levar tempo até que além de entender o significado de conviver com os diferentes possas começar a praticar.

E vais fazer isto mais cedo do que possas imaginar.

Não tenhas pressa. Tua cabeça ajudada por nós te levará a absorver este conhecimento e a prática vai fluir tão calma­mente como tantas outras coisas que já fizeste sem que perce­beste estar fazendo.

Tanto tempo (para ti) já passou desde a primeira mani­festação que nós te proporcionamos.

Outro tempo já passou desde a primeira vez que escreveste um texto que algum de nós te passou. Muitos de nós, você nem acreditou, no primeiro mo­mento, que era quem estava assinando. E, no entanto, foste aprendendo através de nosso convívio até agora. E achas que vamos te deixar logo agora? Muito ainda tens que aprender an­tes que possas começar a fazer aquilo que precisas fazer.

Agora estás passando por momentos de dúvidas. Certa­mente diante de tantos "conflitos" entre o aprendizado destes tempos de convívio com a Doutrina e todas as coisas que os teus olhos e ouvidos têm visto e ouvido.

Aproveite esta oportunidade, por mais difícil que possa parecer, para começar a exercitar estas lições que já aprendes­te. Chega junto aos teus livros. Consulte páginas já lidas e en­contrarás a luz necessária para esta tua caminhada.

Amigo, a caminhada muitas vezes parece árdua para que o Pai possa avaliar as tarefas que pode te dar. Ele está te prepa­rando aos poucos para as tarefas que já acertastes com Ele an­tes desta tua volta. Tens coisas que precisas resgatar de outras passagens ai entre teus companheiros encarnados. Lembras do que já te falamos sobre a convivência com o Filho em sua cami­nhada entre os homens e busca força dentro de ti para perdoa­res todos aqueles que àquela época não perdoaste. Muitos es­tão à tua volta. Não deixes escapar esta oportunidade valiosa que o Pai está te proporcionando. Busca, agora, o entendimen­to necessário. Busca a convivência pacífica com todos eles mes­mo que isto possa te parecer impossível de conseguir. Faz tua parte. Lembra-te sempre de que tua caminhada precisa destas arestas aparadas. Lembra que isto de agora não é nada perto do que já passaste nesta ou noutras passagens.

Lembra-te sempre que as dificuldades são para serem vencidas. Nós daqui estamos atentos às tuas dificuldades. Não pegaremos o teu fardo: afinal ele a ti pertence; mas estaremos sempre junto a ti fazendo o possível para torná-lo suportável. Lembras das palavras que de alguma forma fizemos chegar-te através de outras bocas até teus ouvidos.

Foi uma nova forma que encontramos para te encorajar por agora, quando pareces estar meio descrente das coisas.

Procura conservar tua dignidade. Mas mantém, acima de tudo, tua FÉ. Isto mesmo: FÉ com letras maiúsculas. Esta mes­ma fé que ao longo de tuas caminhadas já provaste que é forte e muito grande no teu coração.

Faz da tua fé o baluarte para que possas continuar a fazer teu belo trabalho de anos a tantos que necessitam. E não são apenas os desencarnados que te ouvem: são também aqueles que há pouco ficaram no silêncio te ouvindo e, mais do que isto, prestando atenção às palavras que estavas proferindo.

Veja quantos param para te ouvir. Veja quantos querem seguir as palavras que pronuncias. Não são apenas estes que aqui encontras nestas reuniões. São todos aqueles que chegam junto a ti, seja na tua família, seja no teu trabalho profissional, seja aqui nesta Casa Espírita.

Observa quantos desejam te ouvir. Presta atenção aos olhares e a atenção que eles prestam as tuas palavras. Já perce­beste o silêncio que eles fazem quando você fala a eles? Talvez não. Talvez ainda estejas preocupado com outras coisas. Talvez ainda esteja "dando ouvidos" a tantas palavras que deves es­quecer; que deves deixar de lado. Deves cuidar para que teu ouvido não te leve à doença que um de nós um dia destes falou ao teu ouvido através de um companheiro desta Casa.

Aproveita esta oportunidade para te reencontrar conosco desta forma que estás fazendo agora. Sentimos falta, não só eu que me acostumei a te ditar muitas mensagens como os outros companheiros que agora estão ao meu lado. Aproveita esta tua faculdade. Tens escapado deste trabalho e te entendemos os motivos, mas pensa o quanto ele foi útil durante toda esta nos­sa convivência.

Volta a estar disponível para que possamos voltar a te "ditar" novos ensinamentos.

Existem outros companheiros com vontade de estar aqui onde estou neste momento usando tuas mãos, teu lápis e o pa­pel para levar até alguns muito descrentes algumas palavras de esclarecimento.

Aproveite, irmão querido.

O Pai fica feliz em te ver nesta mesa trabalhando, fazen­do as coisas que Ele te ensinou através dos livros que já leste.

Um beijo no teu coração: agora sou eu quem diz!

(por João Evangelista, 06/06/2000)


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