Capítulo 16

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Eles estavam demorando demais pra chegar e ficar o dia todo com fome estava me dando fraqueza e mais sono. Acabei deitando na cama e me enrolando no edredom e forçando minha mente a permanecer acordada. Ouvi umas risadas no corredor e quando abri meus olhos vi três cabeças sorridentes entrando dentro do apartamento, se eu tivesse com um pouquinho mais de força eu iria pular da cama e correr ao encontro dos três, mas quando fiz força pra levantar fui tomada por uma grande tontura, o que me derrubou novamente.

- Gi? - Ouvi a voz de Gustavo e no segundo seguinte ele estava na minha frente. - Você tá bem?
- Só dormi demais - sorri forçado mentindo descaradamente. - Oi - falei meio boba.
- Oi, princesa - ele riu e beijou minha testa. - Como você tá?
- Melhor agora, babe - eu ri.
- Ok, casal ternurinha, tem como dar um pouco de atenção pra minha pessoa também? Acabei de chegar e to morrendo de saudade da minha amiga - ouvi a voz de Mands absurdamente irritante ao fundo e comecei a gargalhar.

Uma semana que essa menina fica fora e eu já morro de saudades, não deve ser normal isso não. Eu disse pra Gustavo que estava meio tonta porque passei muito tempo dormindo, por isso ele me ajudou a levantar da cama e me levou até Mands, que já estava com o maior sorriso do mundo e os braços abertos. Demos um belo abraço apertado e ela me mexia pra um lado e pro outro gargalhando e eu querendo internamente matá-la, se ela soubesse que eu estava enjoada por não ter comido nada ela não faria isso comigo. Depois de Mands me soltar fui ao encontro de Matheus que estava da mesma maneira, sorridente e de braços abertos me esperando. Depois de nos falarmos, Matheus disse que as fãs descobriram para onde eles tinham ido e que fotos dos dois juntos vazaram pela internet, porém as fãs acharam Mands muito bonita e aprovaram o namoro dos dois, dava pra contar nos dedos o número de fãs que não foram com a cara dela, meio diferente do que aconteceu comigo. Ou eu estou ficando doida demais ou a Mands emagreceu?

- Que cara de morta de fome é essa? - Mands segurou nas minhas bochechas. - Você comeu hoje?
- Ai Mands... - mordi os lábios e meu estômago não se calou. - Eu andei meio enjoada desde o jantar na casa do Tom, então hoje não consegui comer.
- Como assim? Passou o domingo todo sem colocar nada no estômago? - Matheus me olhou quase apavorado, Gustavo fez o mesmo.
- Por que você não me ligou? - Gustavo caminhava até mim. - Tem comida lá em casa pra um batalhão, com todo mundo fora sobra comida demais.
- Desculpa eu, eu acabei me perdendo com as minhas coisas...
- Duas pizzas, por favor. Isso mesmo...
- Hey! - Eu olhava pra Mands, que estava ao telefone e gesticulava demais. - Eu não...
- Não é questão de querer, você TEM que comer - ela me olhou sério. - Uma Coca será suficiente. Quanto tempo? Ah ok, obrigada - e ela desligou. - Duas pizzas pra você, Giovanna, e é bom você comer tudo
. - É tarde, Mands, comer esse horário não faz bem - eu falei.
- E desde quando você se preocupa com o horário em que você vai comer? - Gustavo me encarou, assim como Matheus e Mands.
- Porque eu passei o dia todo sem comer e acho que vou passar mal se comer alguma coisa mais pesada agora a noite - falei apertando meu estômago de forma discreta por cima da camiseta, Mands percebeu.
- Isso é besteira - Gustavo riu. - Amor...
- Matheus, meu bebê - Mands sorriu de forma angelical. - Não consigo achar minha correntinha, será que deixei cair no meio do caminho?
- Quer que eu vá procurar? - Ele perguntou totalmente apaixonado, juro que suas bochechas ficaram até vermelhas.
- Quero sim, ajuda ele, Gustavo?
- Opa, onde você acha que perdeu?
- No meu caminho pra cá, deve estar dentro do carro...
- Ok - Gustavo passou por mim e me deu um selinho rápido. - É bom você comer a pizza.

Assim que os dois saíram, Mands já me encarou daquele mesmo jeito que ela fez quando eu estava vomitando salmão, mas dessa vez tinha algo mais tenro no olhar. Eu joguei meu cabelo todo pro lado esquerdo e abaixei minha cabeça, mordendo meus lábios com um pouco de força e tentando evitar aquele contato, mas Mands pigarreou e acabou me forçando a encará-la novamente. Ela foi até a cama e sentou-se, me chamando para sentar ao seu lado. E assim o fiz.

500 Days in LondonWhere stories live. Discover now