Toque de Gelo

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Vincent soergueu as pálpebras, sentindo-se ainda muito sonolento. Gradativamente, as suas últimas lembranças se assentaram em seu cérebro, deixando-o agitado.

O feiticeiro se sentou de súbito, o que fez sua visão ficar turva e uma tontura invadir sua cabeça, quase fazendo-o desmaiar. Ele se recostou contra a parede e respirou fundo para acalmar seus ânimos. Assim que pôde abrir os olhos novamente sem ver estrelas, percebeu que o quarto onde se encontrava não lhe era familiar.

Estava em uma cama de casal espaçosa, lençóis e cobertores cobriam seu corpo. Havia uma lareira de pedra no meio de uma das paredes, um baixo fogo crepitando fracamente, quase extinguindo-se. Havia alguns quadros nas paredes, todos mostravam florestas em diferentes estações do ano. Um largo baú de madeira se encontrava abaixo da janela, cujos vidros estavam fechados, a neve se acumulando no parapeito. Fora isso, havia apenas uma banheira em um dos cantos do quarto, semiescondida por um biombo de madeira.

Quando Vincent fez menção de se levantar, algo o puxou pelos braços de volta para a cama. Assim que olhou para as próprias mãos, viu que grilhões envolviam os seus pulsos e estavam presos a correntes fixas no estrado daquela cama. O feiticeiro tentou utilizar sua magia para se libertar, mas sentiu o metal queimar sua pele e um símbolo gravado no metal brilhar de forma incandescente. Entalhado no ferro puro e escuro estava um Nó de Bruxa, símbolo que, ao ser empregado em um feitiço especifico, era capaz de erradicar a mágica do usuário de magia que o estivesse usando, nesse caso, nos grilhões.

Vincent não imaginou que Salvatore Lex fosse ser burro o bastante de deixa-lo com seus poderes mágicos, mas, ainda assim, testou a força daquele Nó de Bruxa várias vezes, buscando sua magia em várias tentativas, até não aguentar mais a sensação de...

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Vincent não imaginou que Salvatore Lex fosse ser burro o bastante de deixa-lo com seus poderes mágicos, mas, ainda assim, testou a força daquele Nó de Bruxa várias vezes, buscando sua magia em várias tentativas, até não aguentar mais a sensação de queimadura.

Ele tentou ficar em pé no colchão e forçou as correntes para testar se estavam mesmo bem presas, mas não importava o quanto puxasse, Vincent sabia que não seria capaz de desprende-las do estrado da cama.

Sentou-se novamente sobre a cama, sentindo-se derrotado.

A porta do quarto se abriu e Vincent se empertigou, fechando as mãos em punhos, pronto para um combate, por mais que estivesse acorrentado e indefeso.

A pessoa que cruzou aquela porta fez um frio gélido percorrer sua espinha. Maximus se movia com uma calma felina, cruzando o quarto em passadas suaves e elegantes, a postura sempre altiva. Ao ver que Vincent estava acordado, um sorriso enigmático curvou seus lábios.

– Que bom que acordou, Vincent. Dormiu quase um dia inteiro.

Vincent não respondeu, permaneceu com as costas coladas contra a parede e as mãos cerradas ao lado do corpo. O cenho estava vincado, a raiva cintilando em seus olhos violetas.

Quando Maximus deu mais um passo em direção à Vincent, este tentou se afastar ainda mais.

– Com medo de mim, Vince? – Maximus questionou, sério.

O FeiticeiroWhere stories live. Discover now