· 85 · Bem Me Quer...

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Ele envolveu-a pela cintura e encostou a testa na dela, com um sorriso contido em seu semblante tranquilo. Estavam tão hipnotizados um pelo outro que, se o mundo acabasse ali de repente, sequer perceberiam.

– Você está bem com isso? – perguntou ele. Sua única preocupação naquele momento seria vê-la desconfortável com relação a eles ou ao beijo. Fred só queria garantir que estivesse tudo bem e, logo, ele também estaria.

– Sim. E quanto a você? – respondeu ela, respirando pesadamente. Fred respondeu igualmente e soltou-a, dando alguns passos para trás para poder olhá-la devidamente.

– Sim. Eu estou. – disse ele. – Eu sei que soou como uma coisa vinda do nada e talvez tenha sido mesmo muito repentino para você. Cheguei a pensar que fosse me dar um fora.

– O quê? Claro que não. Eu gosto de você, Fred. Você já sabe disso.

– O que não torna as coisas mais fáceis, de qualquer forma. – ele sussurrou suavemente com um sorriso nos lábios. – Eu também gosto de você.

– V-você gosta? – ela gaguejou e arregalou os olhos, ainda ingênua quanto aos sentimentos dele.

– Claro que sim! Eu gosto de você, Emily. – a voz dele ressoou em um tom perfeito, seguro como o chão sobre seus pés. Sua verdade, era sólida como as rochas e seus olhos brilhantes como as estrelas que incidiam sobre eles nas noites em que dividiam suas confissões mais profundas um com o outro.

Dessa vez, ela deu o primeiro passo. Emily segurou o rosto dele com delicadeza e selou seus lábios aos dele em outro beijo. Ele correspondeu instantaneamente, aproximando seus corpos mais uma vez e beijando-a ainda mais ardentemente do que antes. Parecia natural para Fred, quase como se aquilo tivesse acontecido milhares de vezes entre os dois. Ainda assim, a sensação de frio na barriga, o fez sentir como se fosse o primeiro.

– Uau. Você não deveria fazer isso, pode ser que eu me acostume. – disse ele em tom de brincadeira. Na verdade, ele desejava que ela fizesse isso para sempre.

– Devo parar então? – Emily depositou um selinho malicioso nos lábios dele e se distanciou para provocá-lo.

– Não se atreva. – ele a abraçou e os dois ficaram ali por alguns minutos, com a cabeça dela encostada em seu peito e a mão dele acariciando a raiz do cabelo dela.

– Você está nervoso? Consigo ouvir como o seu coração está acelerado. – ela brincou, deixando escapar uma pequena risada.

– Sim, por você. – a jovem levantou a cabeça para encontrar o olhar dele e este piscou, beijando-lhe a testa. – Acho que ainda não estou pronto para me despedir e levá-la de volta ao chalé.

– Você pode ficar lá, se quiser, no sofá. Eu  posso dividir uma cama com Anabel e Atlas dividirá com a Verity. – disse ela. – Já está acostumado com o sofá, não está?

– Ou podemos ficar aqui.

– Eu não sei...

– Nada vai acontecer, eu prometo. Vou dormir no quarto de George se isso te deixa mais à vontade. – ele sentiu uma profunda necessidade de explicar e justificar a pureza de suas intenções. – Eu só quero passar mais tempo com você.

– Tem certeza de que é uma boa ideia?

– É uma ideia brilhante. – insistiu o rapaz, feliz da vida. – Venha, deixe-me mostrar-lhe as instalações.

Ele tomou a mão dela e guiou-a para o andar de cima, onde estava seu apartamento. Uma vez lá, Fred apresentou-lhe todos os cômodos, bastante empolgado com a presença dela ali. Por fim, se dirigiu ao último dos cômodos, seu próprio quarto. Fred não parou de falar em momento algum, na expectativa de que isso deixasse-a mais confortável com a atipicidade da situação.

The Castle On The Hill | Fred WeasleyWhere stories live. Discover now