Segunda Bronca

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O bar está lotado, tem uma fila enorme do lado de fora, mas como convidadas entramos direto e de graça. Fabio, irmão de Robe, vem nos cumprimentar e entrega duas cervejas para nós.

- A Tati está do outro lado do bar -  ele nos aponta nossa amiga e sua namorada encostada no bar conversando com outra mulher – vou cumprimentar outras pessoas e já me encontro com vocês.

Nos jogamos na multidão tentando alcançar nossa amiga, seguro a garrafa de cerveja no alto, depois dou para a Robe ou para a Tati, pois nos próximos meses serei a motoristas da vez, nada de álcool para dona Ali aqui.

Avançamos de vagar esbarrando aqui e ali. Tati nos abraça efusivamente assim que a alcançamos e alisa minha barriga, o que já virou abito estas ultimas semanas.

- Como está meu pequeno sobrinho? – ela me pergunta.

- Com calor – brinco tirando o casaco para ficar com minha bata de alcinha e mini saia.

Ela entrega nossas bolsas e casacos para o barman e troca a minha cerveja por um copo longo de caipirinha.

- Eu não posso. – grito acima da musica.

- Eu sei, é sem álcool – ela responde.

Experimento e sinto que é só uma limonada estilosa, tomo o primeiro copo em uma golada e o barman logo me traz outro. Estou distraída com as meninas conversando futilidades e rindo como bobas quando de repente meu copo é arrancado da minha mão.

Robe e Tati arregalam os olhos para a pessoa que está atrás de mim e eu já me viro furiosa com quer que seja quando me deparo com um deus grego olhando zangado para mim.

- Você não deveria se embebedar desse jeito – ele fala acima da música.

- Doutor Eduardo, eu... – começo a dizer saindo do choque inicial de vê-lo ali de camiseta e jeans.

- É muita irresponsabilidade beber assim no seu estado – ele continua – isso fará mal para o bebe, eu te alertei que álcool é extremamente proibido.

- Mas eu... – tento novamente.

- Quando vi você virando o outro copo de caipirinha de uma vez quase não acreditei em tamanha imprudência, mas não vou deixar você continuar com isso...

Ele fala sem parar, não me dando brecha para explicações, sem alternativa, fico na pontas dos pés e coloco meu indicador em seus lábios para que ele se cale.

- É apenas uma limonada, sem álcool. – sorrio para ele achando fofo sua preocupação excessiva.

E Agora? - rascunhoWhere stories live. Discover now