Panos Limpos

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- Você não é casado? - pergunto sentindo um misto de confusão e alivio.

- Não - ele simplesmente responde

Como não? Eu vi os dois juntos, a intimidade que tinham, o comprometimento era palpável entre eles, e isso só é conquistado com anos de convivência assídua. Na minha cabeça, eles eram casados, eles pareciam casados, muito bem casados.

- E a doutora Karla? - pergunto - vocês são tão íntimos... Ela tem o seu sobrenome.

Ele sorri, um sorriso lindo de alivio, de quem finalmente compreende uma equação e acha a solução dela.

- A doutora Karla é uma grande amiga, nós estudamos juntos desde sempre e apesar de ser uma pentelha irritante, ela é muito bem casada sim, mas com o meu irmão. - ele diz sorrindo.

- Ai meu Deus, você não é casado. - sorrio de orelha a orelha e me atiro no colo dele - você não é casado!

Ele me agarra pela cintura e dá risada da minha atitude, mas não importa, ele me disse que não é casado e que sente algo por mim, ele quer ficar comigo. COMIGO!

- Não, não sou casado - ele diz sorrindo.

Respiro aliviada, mas a dúvida persiste, é bom demais para ser verdade.

- Nenhuma namorada?

- Não há ninguém a algum tempo - ele responde.

Que o mundo se dane! Começo a beija-lo como uma louca, devoro seus lábios com uma fome arrebatadora, nada, nenhum anjinho no meu ombro direito, podia impedir de eu me deliciar com esse deus grego, e o diabinho, esse sim, estava fazendo uma festa, na verdade os dois estavam de mãos dadas pulando sem parar.

Nosso beijo é desesperado é como se tivéssemos passado um longo período no deserto e agora pudéssemos beber um do outro. Minhas mão estão firmemente enterradas em seus cabelos puxando-o para mim, enquanto suas mãos vagam possessivamente entre a minha cintura e minha nuca. Eu podia sentir sua excitação de baixo da minha coxa e isso me deixava em ponto de ebulição.

Desabotoei sua camisa com pressa, eu precisava senti-lo em mim, precisava sentir que isso era real. Ele começou a beijar meu pescoço intercalando com pequenas mordidas de prazer, suas mãos desceram até a barra da minha regata e tocaram minha pele nua subindo vagarosamente.

- Aline eu quero você - ele fala sem folego - eu quero tanto você, se não pararmos agora vou acabar te atacando aqui nesse carro, no meio da rua.

Um longo arrepio de excitação passou pelo meu corpo. Só de imaginar esse deus na minha cama eu já fico toda molhada.

- Então sobe comigo - digo desesperada.

Ele me olha nos olhos por um longo momento, na hora me arrependo do convite ousado. Será que é muito cedo para isso? Será que ele vai me achar promiscua por ser tão ousada? Não, não pode ser. Apesar de ser a primeira vez que ficamos, nós já nos conhecemos a algum tempo.

- Você tem certeza? - ele me pergunta com uma faísca de esperança no olhar.

Essa esperança que vejo em seu olhar quase me dá um orgasmo, essa esperança só me dá uma opção de resposta, só há um caminho a trilhar. Começo a abotoar sua camisa e saio de seu colo, ele me olha confuso com as minhas ações, então me inclino em sua direção apoiando minhas mãos em seu peitoral definido.

- Sim, eu tenho certeza. - respondo e beijo-o novamente.

E Agora? - rascunhoWhere stories live. Discover now