E Agora? - rascunho

Sensível

Não dava nem para acreditar, estava no fim da consulta, e o doutor Eduardo não tinha comentado nada sobre o incidente de hoje mais cedo, até por que ficar de calça arriada no meio do shopping tem de ser considerado um incidente de proporções globais, o mico do ano.

Se bem que eu realmente virei campeã em pagar mico ultimamente, agora mesmo eu ainda estou chorado que nem uma manteiga derretida só de ver meu pequenino borrão no monitor do ultrassom, fala sério, mulher gravida chora pra caramba! Ultimamente tenho chorado até em comercial de margarina, sei que meus hormônios estão a toda e eu estou mais do que sensível, tanto sentimentalmente quanto fisicamente.

Falando no lado físico da coisa, ultimamente estou sempre em ebulição, é claro que quando não estou enjoada vomitando até as tripas, penso muito em sexo, nunca havia me masturbado tanto na vida que nem agora, qualquer toque, um simples roçar acidental nos meus seios hiper sensíveis e eu quase tenho um orgasmo.

E pensando nisso, eu aqui deitada nessa maca com um deus grego todo sorridente do meu lado tocando minha barriga é tortura, minha calcinha já está ensopada só de sentir seu perfume tão perto de mim.  Minha respiração acelerou e eu apertei minhas cochas uma na outra para segurar a excitação.

- Tudo bem? Muito gelado o gel – ele me perguntou se referindo ao gel do ultrassom.

- Não, está tudo ótimo – respondi ofegante.

Seus olhos se prenderam nos meus por um instante e sorriu, e como sempre que ele me encarava desse jeito fico hipnotizada. Fala sério, o cara é de parar o transito, acho que todas as suas pacientes devem ser apaixonadas por ele, quem não ficaria?

Ele terminou de fazer meu ultrassom e limpou minha barriga com um papel toalha, minha respiração ficou um pouco ofegante e eu resolvi levantar logo dali para não pagar outro mico na frente dele. Acho que levantei muito rápido porque tudo rodou na minha frente e perdi o meu equilíbrio.

Cair estatelada no chão do consultório dele realmente seria pagar mico novamente, até mesmo por que nós seres humanos normais não caímos ou desmaiamos bonitinho que nem aquelas atrizes fazem nas novelas com um suspiro e uma queda graciosa. NÃO, se for para cair a gente se esborracha no chão que nem um saco de batatas desengonçado.

Eu estava em uma queda eminente, tudo rodava ao meu redor quando senti mãos fortes me seguraram pela cintura.

- Opa! – ele me segurou forte contra seu peito – acho que você levantou muito rápido.

Olhei em seus olhes e perdi o folego, ele estava muito perto, seu cheiro e seu toque estava me inebriando. Meus seios apertados contra seu peito forte de repente ficaram muito duros e nesse momento eu realmente foquei excitada.

- Doutor Eduardo – sussurrei

O sorriso que estava em seu rosto se desfez lentamente e ele baixou seu olhar para os meus lábios. Ah MEU DEUS! Ele vai me beijar, era a única coisa que eu conseguia pensar!

- Apenas Eduardo – ele sussurrou de volta.

- Eduardo – sussurrei no automático enquanto olhava aqueles lábios magníficos implorando para provar seu sabor.

Ele baixou sua cabeça e encostou seus lábios nos meus.