O Beijo

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Sem pensar duas vezes joguei meus braços em volta do seu pescoço e agarrando seus cabelos e aprofundando nosso beijo. Nossas bocas se devoravam em uma batalha entre as nossas línguas, eu nunca havia na minha vida beijado alguém tão profundamente, estava completamente entregue aquele beijo, e me agarrava nele com unhas e dentes, literalmente.

Suguei sua língua e ele gemeu em minha boca me apertando ainda mais contra seu corpo, podia sentir em minha barriga a evidencia de que ele estava tão excitado quanto eu, suas mão vagavam pelas minhas costas até chagar na minha bunda onde ele a apertou ligeiramente me puxando para cima, entrelacei minhas pernas em seu quadril e ele me carregou até sua mesa me colocando sentada lá sem nunca abandonar meus lábios. Estávamos completamente sem ar, sugando tudo o que podia um do outro, não querendo que esse momento acabasse nunca.

Então, cedo demais, ele terminou o beijo e ofegante apoiou sua testa em meu ombro.

- Oh meu Deus, você beija tão bem - Ele diz inspirando profundamente.

- Você também - respondo ainda ofegante.

Suas mãos estão espalmadas nas laterais do meu quadril, seu toque é como brasa em mim, é intenso, marcante, mas de uma maneira boa. Coloco minha mão em seu braço e ele levanta o olhar para mim, me perco naqueles olhos profundos, nos encaramos durante alguns segundos antes de nossas bocas se encontrarem novamente, suas mãos subiram encontrando a bainha da minha regata. Seu toque era como fogo em mim e eu já estava em ebulição quando seu dedos mágicos chegam ao meu seio, brincando com a boda do meu sutiã.

Gemi alto contra sua boca e passei minhas mãos por baixo de sua camisa também, sentindo aquele tanquinho perfeito que é a sua barriga. Deus! Que barriga! Ele também gemeu alto e começou a beijar meu pescoço descendo cada vez mais, sua ereção se esfregava contra o meu clitóris e apesar de ainda estarmos de roupa estou quase lá.

Estamos tão envoltos um com o outro que demoramos para perceber que há um telefone tocando em algum lugar, mesmo depois de ouvi-lo Eduardo não se afasta de mim, deixa-o tocando e continua a me beijar. Já na terceira ou quarta vez que o telefone começa a tocar, não sei quantas vezes ele já tocou realmente, eu estava muito distraída para contar, me afasto um pouco tentando raciocinar.

- Deve ser importante - falo sem folego me referindo as chamadas insistentes.

- É o meu telefone particular, não é nenhuma paciente. - ele responde tentando voltar a me beijar.

- Mesmo assim - tento raciocinar com ele, me afastando mais um pouco dele, por mais que eu não quisesse me afastar, algo dizia que aquele ligação deveria ser importante.

- Ok! Não saia daqui - me diz e respira fundo antes de se afastar.

Ele dá a volta na mesa e abre uma gaveta tirando um celular de lá. Após uma rápida olhada no visor ele levanta um dedo em sinal de que é importante, mas rápido, e caminha até a janela para responder a chamada.

- Alo. - ele fala com a voz rouca - Nada, não atendi por que estava ocupado - ele responde após escutar um pouco.

Seja lá quem for, fala sem para, ele tenta dizer algo várias vezes, mas não consegue, após algum tempo escuto sua resposta baixa ao telefonema.

- Tudo bem Karla, daqui uma hora mais ou menos estarei em casa.

Meu mundo de repente cai e fico gelada que nem uma pedra! PQP ele está falando com a esposa? Engulo seco e saio de cima da mesa, pego a minha bolsa e vou até a porta tentando a todo custo não chorar. Ele está virado para a janela, atento ao que ela está falando do outro lado da linha, dou uma última olhada para ele e saio do consultório de fininho.

E Agora? - rascunhoWhere stories live. Discover now