04. Estou louca?

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Eu estava confusa, não tenho cem porcento de certeza, mas acho que o dono da Panpion estava dando em cima de mim ontem, o que me deixou desconfortável. Ele era bonito e charmoso não vou negar, se eu tivesse na disposição até daria uma chance para ele, mas eu não estou nessa vibe.

Ultimamente eu só quero focar na minha carreira de jornalista.
Eu poderia ter aceitado trabalhar para o Lorenzo como jornalista, mas eu queria ganhar aquele cargo pela minha competência não porquê um cara queria me dar uns pegas.

O que me deixou ainda mais confusa foi Henri me tratar como se eu devesse alguma satisfação para ele sobre com quem eu flerto ou não. Que cara maluco! E pior que ele me deixa maluca também por não o compreende-lo. Aquele jeito sem noção dele me dá arrepios.

Esse sentimento de falta de compreensão me faz lembrar do meu ex-namorado Chay. Nós nos conhecemos numa cafeteira nos Estados Unidos, ele me pagou um café e então descobrimos no mesmo dia que gostávamos das mesmas coisas, ele não só sabia tudo sobre Star wars como completava até minhas frases. Quando me dei conta já estávamos morando na mesma casa. Eu o amava de toda a minha alma. Amava o jeito dele, como ele jogava seus cabelos loiros para trás sempre que alguém falava sobre o Dark Wader de tão empolgado que ele ficava com o assunto.

Mas não só de amor vive um relacionamento, Chay era muito inseguro por causa do seu relacionamento antigo e ele sempre botava na cabeça que eu o traia, mesmo eu não dando motivos. De início ele dizia que eu não podia ter amigos homens, o que eu fiz já que eu o amava muito, mas depois ele não queria que eu não chegasse perto de nenhum homem.

Foi difícil terminar com ele e me doeu muito, como se uma parte de mim tivesse sido arrancada porque eu dependia dele para ser feliz. Ele era minha alma gêmea, mas não era a minha vida. Só eu podia viver minha vida e nem a minha alma gêmea poderia me tirar isso.

Ok, já basta de lembrar sobre o Chay, isso me trás uma ansiedade. Me levanto da minha cama e vou direto para o banheiro. Primeiro lavo meu rosto na pia e depois uso a privada já que elas ficam em lugares diferentes da casa. Não sei o porquê desse costume Francês.

Antes que eu termine de lavar meu rosto ouço alguém bater na porta de maneira bruta o que me deixou com raiva.

— Já tô indo! — grito ainda do lavatório. Seco meu rosto e vou atender a porta rapidamente.

Levei um susto com a pessoa que estava na minha frente. Esperava até o Tom Holland na minha porta, mas não o Imbecil do Henri.

— Bom dia, petit monstre! — ele diz com um sorriso de lado.

— Como você conseguiu meu endereço? — pergunto diretamente.

— Não vai me dar nem um bom dia, lindinha? — ele fala já emburacando minha casa.

— Ei! Aonde você vai? 

— Me sentar é claro. — ele fala se ajeitando no meu sofá.

Que abusado! Como um homem pode me tirar tanto do sério?

— Você não respondeu minha pergunta. E tira o pé do meu sofá! — exclamo ainda na porta observando ele se apossar da minha sala.

— Essa pergunta é fácil, peguei nos documentos da empresa. — ele da uma pausa para observar minha casa. — Vem cá,você podia me dar um pouco de vinho?

— O que? Você vem na minha casa às sete da manhã me pedindo vinho? Eu ainda estou de pijama! — falo quase gritando.

— Esse pijama de bolinha está lindo em você. — ele diz me olhando de cima a baixo me deixando envergonhada.

Aonde mora o amor?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora