33. Bandana

515 50 20
                                    

Aprendi algumas coisas quando namorava com Chay, e uma delas foi disfarçar manchas roxas e cicatrizes. Então acredito que vou conseguir omitir as marcas do meu pulso de Henri com... vamos dizer facilidade.

Eu não quero mentir para ele. Me sinto mal por fazer isso porque sei que Henri só quer o meu bem, mas não quero que ele se machuque numa briga com Chay por minha causa.

Enquanto o café não fica pronto me visto com uma roupa confortável, que consiste em uma calça skine com um camisetão branco, na qual enrolo as mangas para dar um charme. No pé ponho um coturno. Bom, agora vem a mágica, prendo duas bandanas floridas, uma em cada pulso.

Me olho no espelho e até que escondeu bem, só tenho que me atentar para que o tecido não suba no meu braço e revele a mancha roxa.

Oi, gatinho. Café?
📸 imagem segurando minha caneca da Rey de Star wars enquanto pisco para a tela.

Seria uma ótima, petit monstre.
Guarda para mim? Chego aí em dez minutos.

Lanço meu celular no sofá. Henri vai chegar aqui em dez minutos e eu ainda nem arrumei a minha bolsa. Corro para fazer isso, a final não quero que Henri fique me esperando e trombe com o Chay no condomínio.

Henri vai me levar para o trabalho hoje. Ele gosta de fazer isso e eu também porque é uma desculpa para eu ficar abraçadinha a ele.

Post it (ok);
Batom vermelho (ok);
Minha caneta personalidzada de Star wars (ok);
Lencinhos umedecidos (ok);

Pelo visto está tudo na minha bolsa. Quando a pego pela alça para levá-la para a sala ouço a campanhia tocar.

Deve ser Henri.

Salto para a porta e assim que a abro Henri me saúda com um beijo.

Isso é bom, sentir sua boca macia na minha.

Enrosco meus braços em seu pescoço o puxando para mais dentro de minha casa.

- Bom dia, Petit monstre. - ele diz assim que o beijo acaba.

- Bom dia, imbecil. - sorrio.

- Sabia que... - Ele beija a minha bochecha. - eu morri de saudade... - Henri beija o outro lado da minha bochecha. - de você, minha menina?

- Esse apelido é novo. Minha menina. - Digo. - E bom... eu acredito que você morreu de saudade de mim a final você está tão na minha.

- Convencida! - ele sorri. - Mas é verdade eu estou muito na sua.

Vejo o olhar de Henri vascular a minha casa.

- Cadê o café que me prometeu?

- Na bancada. Esta quentinho, só colocar na caneca. - dou uma pausa. Acarisseio seu rosto com meu polegar. - Eu ponho um pouco pra você. Se senta aí.

Enquanto Henri se sentava no sofá fui até a cozinha lavar a caneca para que ele pudesse beber o café. Dádivas de morar sozinha, você só tem uma caneca, um copo, um talher e um prato. Faço de tudo para a água não molhar a bandana, mas tomo um susto ao sentir Henri atrás de mim, me abraçando. Ele aperta a minha cintura e beija meu ouvido.

- Droga! - exclamo ao sentir a água molhar a bandana. Sacudo minhas mãos na tentativa de amenizar a situação.

- Algum problema, Petit monstre? - Henri me pergunta tirando meu cabelo do pescoço para beija-lo.

Aonde mora o amor?Where stories live. Discover now