38. Normandia

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Hoje é o Dia da Bastilha aqui na França. Mais precisamente é um feriado que os franceses comemoram como uma festa para lembrar a tão famosa e importante Queda da Bastilha, - uma prisão antiga que foi derrubada pelo povo francês no século XVIII - o símbolo da Revolução Francesa.

E como é uma data de comemorações a maioria das empresas particulares fecham, inclusive a La Couture. Então todos funcionários ganharam uma folga extra - coisa que nós estávamos precisando urgentemente porque trabalhar com o Matteo significa exercer 10x mais uma função.

- Está animada? - Henri me pergunta enquanto abotoa sua camiseta até a sua metade, deixando uma pequena parte de seu peito amostra.

- Eu diria mais nervosa. - lanço um sorriso forçado. - E se eles não gostarem de mim? - mordo os lábios ansiosa.

- Ah... impossível. Se você conquistou a mim que sou super exigente. - ele ajeita a sua manga. - Vai ser fácil. E meus pais amam qualquer pessoa que coma as comidas que eles fazem. Vai por mim.

Isso mesmo, os pais de Henri vão fazer uma festa pelo feriado no restaurante deles e convidaram nós dois. Significa que irei conhecer toda a sua família de uma só vez. Estou um pouco apavorada, não vou negar, porque não tenho muita experiência com sogros. Quando eu namorava com Chay, ele só me apresentou os seus pais depois que já estávamos noivos e foi uma coisa super rápida, já que Chay não fala com tanta frequência com eles, por achar que eles o travavam mal quando era criança.

- Anotado. - assinto com a cabeça. - Comer bastante.

- Só seja você mesmo, Petit monstre. - Henri envolve suas mãos em minha bochecha, me observa por alguns segundos e toca seus lábios nos meus.

- Tem certeza que não estamos esquecendo nada? Você pegou o meu shampoo no banheiro? - pergunto ao moreno. Ele está botando as nossas pequenas malas no porta mala do meu carro enquanto eu faço uma série de perguntas a Henri para ver se todas as coisas que botei no meu check list estam dentro desse carro.

- Eu botei, relaxa. - Henri sorri para mim entrando no carro. - Só vamos ficar dois dias lá, Petit monstre. Se faltar algo a gente pega com a minha mãe, ok?

- Tem certeza que não está esquecendo de nada, Henrizinho? - pergunto com una voz provocadora.

- Não, meu amor. Podemos ir. E joga essa lista fora. - ele pega o meu check list, o amassa e joga no banco de trás do meu carro.

- Ei! A minha lista, Henri! - protesto. Sempre faço uma lista para organizar tudo e não faltar nada em uma viagem, ou en qualquer outra coisa.

Sim, sou super organizada, ao contrário do Henri.

- Só aproveita esse momento, ham? Tenho certeza que não estamos esquecendo nada. Confia em mim. - ele me lança um sorriso convencido.

- Ah é? E a Lisa? Vai deixar ela sozinha em casa?

- Droga! - Henri exclama abrindo a porta do carro. - Não demoro nem 1 segundo. Me passa a chave, Princesa.

Pego a chave no porta objetos do carro e jogo a ele.

- Graças a minha lista não vamos esquecer a Lisa! Viu aí! - esfrego na cara dele assim que Henri volta com a Lisa no colo.

A cadela late separar, feliz por perceber que vai sair junto conosco. A gente mal fecha a porta do carro e ela já põe a sua pequena cabeça na para fora da janela com a sua língua para fora.

- Eu não ia esquecer a minha bebêzinha! - Henri mente. - Agora vamos logo, não queremos nos atrasar, né?

Ponho a chave no carro e o ligo. Quando vou dar partida Henri sussurra:

Aonde mora o amor?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora